Amor, a porta principal da união
Atualizado dia 05/01/2011 22:09:45 em Espiritualidadepor Bernardino Nilton Nascimento
O nosso verdadeiro progresso material e espiritual deve estar a serviço do amor. Só pode haver uma verdadeira evolução do ser se nós formos embriagados pela seiva do amor. É isso que levamos como o grande impulso da vida, e está na linha de conduta pela qual o ser humano há de pautar todas as suas atitude e atividades. O verdadeiro ideal que está dentro de cada um de nós incide na liberdade de escolher amar a todos ou viver um grande amor.
O primeiro grande progresso de nossas vidas é o despertar da espiritualidade. O corpo significa a casa temporária do espírito, mas a posse definitiva desta casa está na consciência livre de cada um de nós. Esse estado único de si mesmo possui todas as possibilidades e todos os valores contidos no mundo.
Não podemos deixar que a “alma” perca o valor do eu consciente e livre. O ser humano que diz a si mesmo um sim consciente e livre, diz também um sim à sua unidade com os outros, e passa a enxergar a luz no âmbito coletivo. Isso não exclui nada da criação.
A nossa evolução, em todos os sentidos, está no poder de amar, que é menos mensurável que o crescimento da capacidade de pensar. O amor apresenta todas as possibilidades de ser aprendido, que com muita razão, é impossível duvidar que ele seja capaz de iluminar a alma e o coração de cada um de nós. Mas também se pode defender a tese de que todo crescimento da humanidade foi mesmo no exercício e na luta constante pelo amor. Para isso, foi necessário, de um lado, compreender que o amor é o amém voluntário à solidariedade do ser humano; do outro lado, que ele faz parte da plenitude entre um homem e uma mulher, entre todos os seres e, acima de tudo, entre nós e Deus.
Os meios livres de comunicação permitem a fala silenciosa dos corações compreender melhor a solidariedade universal. Cada um de nós pode ser testemunha da alegria de quando estamos vivendo em pleno amor. Porém, existe o fato de que ainda existem pessoas egoístas, cruéis e insensíveis para com os seus semelhantes. O ser humano ainda não dispõe da verdadeira capacidade de enxergar a necessidade do outro e lutar para aliviar um coração em sofrimento.
O reino do amor se realiza pela união de todos os seres entre si, numa comunhão universal e livre, ao sabor dos ventos. No amor particular, permanece sempre a união mais pessoal do coração de cada um. Permanece voluntário estar diante de uma escolha. Na Terra, o ser humano sempre pode recusar o amor. Este, sem a sua a magia, torna-se um visitante sem importância. Com o poder de amar, cresce igualmente o poder da alegria, do saber, do equilíbrio e da cura.
Cada um de nós deve compreender que a atividade humana, finalmente, há de se conduzir à união derradeira do amor entre si, realizada pela última união ao sacrifício da morte e a iluminada ressurreição de Cristo. Por sua pregação e por sua conduta, o Cristo nos ensinou resumindo tudo em uma só palavra, Amor.
A fórmula ou imagem que merece toda nossa meditação, encontrará lugar no tesouro das grandes palavras inspiradoras em que a espiritualidade depositou na sua experiência de vida e nas relações com a energia limpa e pura do amor. O esforço de cada um de nós, até nos nossos domínios, impropriamente chamados profanos, deve ocupar, na vida amorosa, o lugar de uma operação santa e de união. Ele é a colaboração trêmula de amor, que emprestamos às mãos divinas, ocupadas em nos alinhar e em nos preparar para a união final através do aprendizado, do sacrifício, do ceder a uma escolha. Só há um motivo para alcançarmos a felicidade plena, que é através do amor único da união.
Que o propósito da vida não seja só a procura dos bens materiais, mas que o esforço esperado de nossa constância deva se consumar além de uma total transformação de nós mesmos e de tudo o que nos envolve, para que possamos, definitiva e livremente, escolher o amor como a principal raiz da vida.
BNN
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