Ao Encontro de Si Mesmo
Atualizado dia 08/03/2012 15:53:04 em Espiritualidadepor Maria Cristina Tanajura
Como compreender a sutil informação que nossa Fonte interior nos envia se estamos constantemente imersos em barulhos, preocupações com problemas do mundo material, buscando uma satisfação fora de nós, como desequilibrados que procuram um remédio milagroso que restaure a própria harmonia instantaneamente?
Somos bombardeados por notícias, frases, conceitos, teorias, vozes e muitas vezes nem percebemos como tudo isto é cultura inútil para nós. Não sabemos ouvir o silêncio. Fugimos dele, pois ele nos assusta mais do que o barulho em torno.
Como sabermos o que precisamos fazer e que caminho seguir, se não nos ouvimos e sempre buscamos respostas fora de nós?
Para sermos aceitos e amados pela maioria, achamos que precisamos ser de tal ou qual forma, vestindo tais roupas e agindo como esperam, e somos levados a nos distanciar de nós mesmos, nosso verdadeiro amigo, nosso grande Amor, nosso Guia, nosso ninho. Podemos conseguir todo o resto: sucesso profissional como espera a sociedade, uma família padrão e dentro dos moldes aceitos socialmente, uma conta bancária que nos permita ter o que pensamos precisar, e não termos nada de real valor que nos faça verdadeiramente felizes e serenos, seguros de que estamos fazendo o que precisamos e no lugar onde devíamos estar naquele momento.
O mundo hoje nos perturba sobremaneira. Não há dúvidas disto. Mas podemos viver nele sem nos anularmos desta forma criminosa e inconsequente. Buscando momentos de silêncio durante nossa jornada diária, para que possamos nos perceber, nos sentir, nos ouvir. Lembrando-nos de que estamos num corpo, mas que não somos ele. Que nossa energia é eterna e se conecta com tudo que existe neste Universo infinito! Que é vital cuidarmos dela e de nossa vivência da forma mais honesta possível, de acordo com os pedidos que vêm de dentro de nós. Ou nos tornaremos mortos vivos que já não sentem, já não amam de verdade, já não enxergam ou ouvem o que é real.
A moda e os costumes nos incentivam a copiar um padrão vigente, que sem sentirmos vai se tornando nosso. A mídia vai se infiltrando em nossa casa mental ditando pensamentos que acabamos por repetir como se fossem nossos. A falta de tempo nos empurra a andar sempre pra frente sem muita noção de para onde estamos indo e do por que disto...
É urgente que possamos dar uma pausa para reflexão, que peçamos à vida, se já não o fizemos, um tempo... Um momento de avaliação, de balanço dos nossos passos, para que possamos depois retomar a caminhada com mais segurança de que estamos em nosso caminho e não no atalho que nos foi imposto pela sociedade onde vivemos.
Mesmo Jesus, ser mais esclarecido e iluminado que já passou por este nosso planeta, precisava muito de momentos de solidão, quando podia entrar em contato consigo mesmo, com o Pai, como ele nos falou. Temos notícia de que chegou a passar 40 dias no deserto, em meditação.
Uma experiência de vida é algo muito valioso, para que a desperdicemos de forma irresponsável. Precisamos ter mais certeza de que estamos fazendo o que viemos fazer, ou não teremos paz! Não importa o quão simples nos pareça a nossa missão. Sendo a nossa, é importantíssima para o mundo todo.
Alguém pode nos dizer o que viemos fazer? Não. Cada um de nós precisa buscar em si mesmo a resposta – que virá, com certeza, se nosso desejo for sincero. O próprio Amor que nos criou, há de nos encaminhar de forma segura para encontrarmos a nossa tarefa de vida, que pode não nos render muito dinheiro, mas que certamente nos fará muito felizes!
Antes de buscar o outro, ou qualquer outra coisa, vamos nos encontrar! A partir daí, tudo vai acontecer, com nossa impressão digital e de forma muito natural. Boa sorte em nossa viagem!
Texto revisado
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Socióloga, terapeuta transpessoal. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |