As ações de hoje serão as lembranças do amanhã
Atualizado dia 12/01/2014 14:06:45 em Espiritualidadepor Bernardino Nilton Nascimento
Não há nenhuma razão para não gostar do ser humano, tão sofrido é sua história na trajetória da nossa evolução. Há pessoas que não gostam de uma, duas, três ou até mais pessoas, isso pode parecer até normal pelo fato da convivência, porém, não representa o ser humano como um todo.
É assim que deveriam pensar todos aqueles que, de uma maneira ou de outra, explicam o aparecimento das lembranças em função das boas ou más ações, essenciais da personalidade de cada um de nós. Se nos indignarmos a entender por pessoa, o próprio ser, no mundo de cada um, o conjunto de suas intenções, atitudes, complexos primitivos e sistemas de valores, pode-se dizer que a memória significa e revela quem realmente somos.
Certamente, ela põe em jogo a imaginação, a inteligência, porém, estas são subtendidas por funções essenciais, tais como as funções afetivas e voluntárias.
Será preciso querer estruturar as lembranças para fixá-las adequadamente; ora, o querer entranha-se no mais profundo do eu. É preciso desejar evocar o passado, para que nos volte à imagem, sem motivações, conscientes ou inconscientes. Não há vinda natural do que desejamos lembrar. Ora, nossas tendências somos nós mesmos; nossa personalidade de hoje são as lembranças do ontem, isso deve ser utilizado para cada pessoa, para cada conjunto de pessoas, como para toda a humanidade.
Transformar nossas memórias, como devem ser vistas, na “expressão da vida pessoal de cada um”, porque o caminho da humanidade já é mostrado pela sua própria evolução, o "todo" caminha mais certo do que o individual.
Em todos os sentidos, toda memória fica guardada em nosso subconsciente, isso é, um computador simples transfere tudo para um computador de maior potência. Então, toda memória envia a uma “supermemória”, pois invoca incessantemente uma transcendência, uma grande-história, um destino, o único capaz de fornecer a razão dos efeitos observadores na vida das lembranças.
Fico meio contraditório quando me pergunto: de que maneira o presente pode ser simultaneamente passado? Será que uma solução conveniente ao problema maior do “Tempo” poderia trazer alguma luz às contradições das minhas lembranças? Segundo meus estudos sobre o oculto, a memória fundamenta-se pouco a pouco sobre a passagem contínua de um instante a outro e sobre o encaixe de cada um com todo o seu horizonte na profundidade dos seguintes.
Com todo esse trabalho contínuo das retenções, conservo minhas mais antigas experiências, mantenho-as exatamente como foram. Simples, porém algumas doloridas, por isso, as preocupações das ações de hoje eu dobro em cuidados, para superar as lembranças do passado, isso invoca até mesmo outras vidas. Se essa for minha última oportunidade na Terra, que seja ela a melhor de todas. A quem pertence à verdade a não ser a mim mesmo?
O meu mistério, assim como o seu, pertence às memórias consciente e presente, porém, minha consciência presente de um objeto passado, sem ser a consciência perceptiva que, no passado, consciencializava o objetivo como presente, este mistério é exatamente o mesmo da condição do ser humano, em sua essencial dúvida, entre o tempo e a eternidade.
O que me pertence em relações às minhas lembranças são as mesmas coisas que pertence a cada um. Lembranças boas e ruins; aprendi a conviver mais com as boas, com elas traço meus dias de hoje. Certo que muitas das lembranças estão guardadas e que não vem à tona a toda hora, isso inclui ainda as lembranças de outras vidas em outros tempos.
Um sagrado e gostoso mistério para viver se preocupando somente com que estamos fazendo no agora. É certo que estas lembranças vão continuar um mistério, enquanto não houver esclarecimento do escândalo supremo, minha dupla natureza ao mesmo tempo vai vivendo entre carne e espírito.
Buscando uma vida de equilíbrio entre a minha natureza e o oculto, porém, sempre aproveitando os dois lados bons da vida. A minha memória atual e a memória da humanidade como um todo. Isso me mostra um pouco mais do que é certo ou errado para seguir meu caminho. Certo que o melhor das minhas lembranças está em ver a alegria de quem esteve em minha volta, e de quem está no momento presente.
BNN
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