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Autoestima: Você é bonzinho?

Atualizado dia 2/4/2010 12:01:04 PM em Espiritualidade
por Andre Lima


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Certa vez, atendendo a uma cliente, ela começou a relatar como se relacionava com os familiares e amigos. Se alguém ligava precisando de algo, fosse um apoio emocional, um favor, ou algo financeiro, ela estava sempre pronta para ajudar. Deixava muitas vezes de dar conta da sua vida pessoal e profissional para atender a demanda dos outros, chegando a se prejudicar. Sempre atendendo a todos pra ninguém ficar nem magoado nem frustrado. Existem vários aspectos que levam a esse tipo de comportamento.

Acredito que grande parte das pessoas age dessa maneira com uma pessoa ou outra, variando a intensidade do comportamento, conforme cada indivíduo e a fase da vida que atravessa. É muito comum pais agirem dessa maneira com os filhos. Também se observa esse comportamento entre casais, quando um é muito exigente e insatisfeito e outro fica querendo agradar para manter bem o relacionamento (o que é uma ilusão pois normalmente o relacionamento vai ficando mais complicado).

Um dos aspectos que leva a esse comportamento é o fato de não suportar ver o outro frustrado. Então, sempre que um filho pede algo, ou o companheiro ou um amigo (creio que isso acontece mais em relações familiares mais próximas), a pessoa já antecipa que, se não providenciar aquilo, o outro ficará frustrado, magoado, e muitas vezes até zangado.

E por que será que é tão difícil pra certas pessoas suportar a frustração do outro? Não seria mais fácil simplesmente dizer que não pode atender e deixar o outro se virar, e se sentir em paz mesmo assim?

E aí entra outro aspecto. Medo da rejeição, de não ser amado. A pessoa não consegue ficar em paz se não atender o outro. Pois aquela frustração, o medo que o outro fique com raiva e magoado, desperta no bonzinho o medo de ser rejeitado, de ficar só, de deixar de ter o amor das pessoas. E assim vai sendo criado um jogo de manipulação.

Interessante como as crianças pequenas jogam bem esse jogo se os adultos permitem. É só a criança começar a chorar. A mãe fica angustiada, sente-se culpada ou fica com pena e termina cedendo e fazendo algo que sabe que não deveria: dando a chupeta, cede aos apelos da criança e fica na cama com ela, tira do castigo antes do prometido e etc... Racionalmente, a mãe até pode saber que não está agindo da forma mais correta, mas, emocionalmente, é levada a tomar outras atitudes. A criança, por sua vez, percebe que o jogo funciona e vai continuar fazendo em outras ocasiões, podendo levar esse comportamento pra a vida adulta, com os devidos ajustes.

Os adolescentes e adultos jogam de uma outra forma. Ao invés do choro, o que se escuta são manifestações de raiva, reclamações, insatisfações. O bonzinho, que não suporta ver ninguém insatisfeito, termina fazendo tudo o que está ao seu alcance.

O bonzinho, mesmo quando ele fala que não fica esperando reconhecimento, no fundo ele espera sim. Magoa-se facilmente quando os outros o frustram não realizando seu desejo, não retribuindo.

Vou contar outro caso para exemplificar. Uma cliente contou que tinha uma grande amiga. Essa amiga começou a namorar, mas continuava levando e convidando a minha cliente sempre para vários programas. O namorado muitas vezes ficava chateado porque gostaria de fazer programas a dois em certas ocasiões. Mas a namorada falava: "mas fulana tá lá sozinha, vamos chama-la..." Isso gerava insatisfações no relacionamento.

Estava, então, minha cliente contando essa história, falando que essa amiga era muito evoluída espiritualmente, muito altruísta porque agia dessa forma, que abria mão pelo outros, e que isso era muito bonito. Pois bem, continuando a história, a cliente falou que, certa vez, por não estar se dando bem com o namorado dessa amiga (tem uma razão plausível por trás), não a chamou para uma determinada comemoração, pois caso a chamasse certamente o namorado viria junto. Pronto... a amiga, que ela dizia ser muito evoluída, espiritualizada e altruísta, ficou com raiva e jogou tudo na cara: eu fiz isso e isso por você, agora
não faço mais, você não me dá a importância nem tem a consideração que eu tinha por você e blá, blá, blá..."

Veja só a cobrança. Quando nos sacrificamos pelos outros, esse tipo de cobrança e frustração é muito comum. A amiga sentiu depois o prejuízo de ter prejudicado seu namoro. O bonzinho normalmente é assim, ele cobra, fica frustrado, espera retribuição, ou seja, não é tão bonzinho assim.

As pessoas se sacrificam pelas outras por pena, por achar que o outro não vai ficar bem ou não conseguirá lidar com uma situação mais difícil. Mas o fato é que todo mundo acaba se virando. Seria um crescimento para a minha cliente, naquele momento, ficar sozinha e arranjar outras amizades. E foi o que ela acabou fazendo. Foi bom para todo mundo. Ninguém precisaria se sacrificar por ninguém.

Resumindo o assunto. O bonzinho normalmente tem autoestima baixa. Tem medo de ser rejeitado, de ficar sozinho, de perder o amor das pessoas. A ideia de pensar que alguém não gosta mais dele causa-lhe um sofrimento horrível. Fica frustrado por se sacrificar pelas pessoas, mas guarda isso até o momento em que percebe que não é retribuído, é aí que ele vai cobrar. Se ele for visto como alguém que é muito "gente boa", uma pessoa muito legal e evoluída, isso o envaidece. Ele normalmente vai criar um apego a essa imagem e fará de tudo para que as pessoas não percam essa visão a seu respeito.

Interessante observar a descoberta da primeira cliente que citei nesse texto. No início, ela se achava a boazinha, a vítima, e a incompreendida. Depois de algumas sessões passou a enxergar que era extremamente carente, com um medo enorme de ser abandonada e rejeitada, que manipulava para que as pessoas precisassem sempre dela, que cobrava muita retribuição e atenção de volta. Era isso que estava por trás de tanta bondade...

Com a *EFT (técnica para autolimpeza emocional, baixe o manual gratuito aqui)é possível trabalhar os sentimentos de rejeição, a insegurança, o medo do abandono, que pode ter inúmeras causas. Cada pessoa terá a sua carga emocional acumulada por diferentes motivos. É preciso investigar individualmente, aplicar a EFT para dissolver os sentimentos guardados e restaurar a autoestima.

André Lima

*EFT - Emotional Freedom Techniques - Técnica que ensina a desbloquear a energia estagnada nos meridianos, de forma fácil, rápida e extremamente eficaz, proporcionando a cura para questões físicas e emocionais. Você mesmo pode se autoaplicar o método. Para receber manual gratuito da técnica e já começar a se beneficiar, acesse este link

Texto revisado
 


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Conteúdo desenvolvido por: Andre Lima   
André Lima é engenheiro e trabalha exclusivamente com autoconhecimento desde 2006. Vem divulgando e esinando em palestras e cursos presenciais e online sobre a EFT - Emotional Freedom Techniques, uma técnica revolucionária, simples e eficaz, para limpeza e cura de todos os tipos de emoções, pensamentos e crenças limitantes.
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