Brasil: Arena do Pão e Circo
Atualizado dia 7/10/2014 12:09:56 PM em Espiritualidadepor Wilson Francisco
A emoção da Copa do Mundo estava no ar...
O Brasil, designado por Humberto de Campos, pela psicografia de Chico Xavier, como o celeiro do mundo e Pátria da Boa Nova (evangelho), abriu seus braços para abrigar uma multidão de torcedores oriundos de países em crises financeiras, aquartelados para se defender de ações terroristas ou pouco envolvidos por emoções.
Não há dinheiro no mundo que pague o preço da emoção que o futebol causa. Às vezes, gera violência ou tristeza imensa, como a que se sente agora pela derrota contra a Alemanha.
Este esporte também pode se transformar num processo terapêutico. A Dercy Goncalves dizia que a multidão, que xinga o juiz e sua linda mãe, está fazendo algo bom, porque não estivesse ali, certamente estaria xingando filhos, mulheres, vizinhos. A catarse nos estádios, digo eu, é importante.
Há os que condenam e entendem que se esbanjou milhares de reais, com a Copa. Confesso, e te falo isso, colocando a mão espalmada na boca para que não façam a leitura labial, abro aspas: você acha que toda essa fortuna iria para a saúde e educação?...
O Brasil é um país abençoado e abre seu coração simples e brejeiro para flexibilizar com o Olodum, com o encanto de suas praias e com a amistosidade peculiar de nosso povo, que sabe ser um bom anfitrião e não tem vergonha de amar.
O Papa Francisco orienta que devemos ir para a comunidade, misturar-se com o povo.
Em 2014, o planeta Terra revive a saga dos circos romanos!
Eu sonho que depois de todo esse vinho que embriaga o povo, teremos o pão, materializado na mesa dos pobres, organizado em programas efetivos de saúde pública e na realização de leis e ações que inibam e punam a violência. Seria o resgate da consciência e dignidade nos homens públicos. Nós temos o dever de escolher, e entendo que, no mínimo, os políticos (administradores públicos), têm o direito e dever de agir com inteligência e dignidade nos seus cargos.
Esta Copa do Mundo está diferente, emoção e lágrimas no hino, estratégias interessantes (um goleiro para defender pênaltis).
A alegria dos estádios contagiou o mundo e poderá repercutir na vida de toda a humanidade, nas empresas e nos lares.
Infelizmente, o Brasil perdeu, de forma contundente. É preciso converter a derrota numa oportunidade de se reconstruir o futebol por aqui.
O Brasil foi um celeiro de craques e anunciou para o mundo o surgimento de um novo e bonito jeito de jogar e durante anos foi assim, jogava-se por pura paixão. Essa época se foi, agora impera o vigor físico e a inteligência das estratégias. A Alemanha deu uma aula, reconstruindo-se e desenvolvendo ações perfeitas.
Políticos e dirigentes, de nossa pátria, rendam-se às evidências, e com compromisso e determinação, restituam para o povo a alegria do futebol, a saúde, a educação e a liberdade de ir e vir, pelas lindas ruas e avenidas de nosso país.
Texto revisado
Avaliação: 5 | Votos: 8
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