Buscando o Imensurável



Autor Marcos Spagnuolo Souza
Assunto EspiritualidadeAtualizado em 4/25/2014 11:41:43 AM
Vivemos dentro de uma matriz que é uma forma cultural controlando todos os nossos pensamentos, palavras e ações. A matriz impede que nossa essência divina, que é o nosso verdadeiro ser, possa emergir para vivenciar a plenitude do universo original. O ego, por mais virtualizado que seja, deve chegar ao ponto ômega em que compreende que ele é um produto, uma sombra, um pó.
O ponto ômega do ego é quando ele atinge a sabedoria egótica que é o ato de compreender que ele deve morrer para que a semente divina em nós possa aflorar. Enquanto o ego não atingir o ponto ômega ele fica inconsciente de sua estrutura virtualizada e vivencia plenamente sua emersão na matriz.
O ponto ômega é a compreensão que todos os pensamentos, palavras, sentimentos e ações estão relacionados com o contra-movimento ou vivência plena na artificialidade, sendo necessário o morrer, o desaparecer para esse mundo plenamente artificial.
No ponto ômega, o ego devido ao entendimento que sua natureza e o mundo em que vive são artificiais, assume os seguintes posicionamentos.
Primeiro: procura conhecer a relação existente entre matriz e ego e quanto mais nítido é esse conhecimento maior é a sua decepção em existir.
Segundo: o ego escolhe um estilo de vida que possa viver com a menor tensão possível.
Terceiro: sente-se e procura aquietar o corpo e a respiração ao máximo.
Quarto: procura não pensar em nada se tornando uma tábula rasa ou uma folha de papel em branco nulificando todo conhecimento, buscando o vazio absoluto.
No vazio absoluto, a consciência, que é o nosso verdadeiro ser, inicia seu processo de despertar ou manifestar-se. Agora, temos no interior do corpo um ego que se nulifica e uma consciência que emerge. Nesse viver dualístico ocorre uma morte cada vez mais profunda do ego resultando o seu desaparecimento e a consciência emergindo.
A consciência, substituindo o ego, é o ser verdadeiro que inicia sua trajetória em direção ao infinito, sendo que a condição inata desse ser é a paz profunda ou o eterno êxtase devido sua comunhão com o Logos.
Texto revisado









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