Cadeia Produtiva
Atualizado dia 2/18/2021 1:57:56 AM em Espiritualidadepor Daniel Ferreira Gambera
Na média, somos muito ignorantes da complexidade e grandeza que é o encadeamento de todas as cadeias produtivas que permitem que tenhamos acesso às coisas mais básicas que a nossa sociedade pode oferecer.
Podemos pegar, por ilustração, um simples lápis, que pode ser comprado, hoje, com alguns poucos reais a unidade. O primeiro ponto que podemos observar, é que esse instrumento, primeiro, atende a várias necessidades humanas, relacionadas a registrar e reproduzir informações. A indústria de lápis, também, está estreitamente relacionada com a indústria do papel, com uma afetando a outra, ou seja, quem compra um lápis, via de regra, irá precisar de papel para escrever.
Para produzir um lápis é necessário o grafite. O grafite precisa ser minerado e transportado até a fábrica, sendo necessárias máquinas diversas. Neste ponto, precisaríamos incluir a cadeia produtiva de cada uma das máquinas utilizadas nesse processo, mas, vamos simplificar isso. Basta saber que cada uma das máquinas é feita de múltiplas peças, que são compostas, cada uma por diversos materiais: aço, plástico borracha, que consomem combustível, que foram criadas utilizando máquinas, que, por sua vez possuem peças.
Tanto as máquinas que extraem o grafite quanto as máquinas que foram utilizadas para criar as máquinas que extraem o grafite tiveram a participação de pessoas para operá-las, para administrar a produção, para fazer o pagamento dos funcionários, para pagar as contas, para comprar os materiais.
Além do grafite, o lápis depende da madeira, que vem das árvores que tiveram que ser plantadas e teve-se que esperar alguns anos até que as árvores tivessem atingido o tamanho ideal para corte. Várias pessoas estiveram envolvidas na plantação, manejo, corte das árvores, transporte e preparação da madeira. Outras máquinas e veículos fizeram parte desse processo também.
Outros materiais utilizados foram a argila, para produzir, junto com o grafite, a massa que vai no miolo do lápis e que a gente chama de grafite. Normalmente, também, o lápis vêm revestido por uma tinta ou verniz, que teve que ser produzido, também, composto por diversos outros materiais.
Uma vez produzidos, em máquinas especializadas para esse propósito, eles precisam ser embalados para serem vendidos no atacado. Toda a estrutura envolvida na compra, transporte, armazenamento e subsequente venda ao varejo envolve outro tanto de pessoas, máquinas, infraestrutura de comunicação, computadores, etc.
Na papelaria, que é o varejo, a existência do lápis é tão banal para nós, que é como se achássemos que o lápis vem de lá, tanto quanto a criança acha que o leite vem do supermercado.
Se pensarmos na quantidade de ramificações e relacionamentos que a indústria de um produto relativamente simples possui, podemos ter um pequeno vislumbre da complexidade que uma indústria que lida com produtos mais complexos possui. Pense na indústria civil, na indústria automobilística, na de informática.
Pense, também, na complexidade, que vai aumentando quando aprofundamos mais nas atividades do comércio e dos diversos serviços relacionados (bancários, financeiros, legais, burocráticos, etc.). Poderíamos falar a vida inteira e provavelmente não daria tempo para descrever todas as partes e interações que estão trabalhando juntas, de forma harmônica para permitir que eu tenha a tranquilidade, a facilidade e a segurança de que, se eu precisar de um lápis, basta ir até a papelaria ou equivalente mais próxima de minha casa, que eu vou encontrar, a um preço bem acessível.
Não, o lápis não vem da papelaria...
Vem do trabalho e dedicação de milhares de pessoas. Isso tem um valor que vai muito além do simples objeto.
Texto Revisado
Avaliação: 5 | Votos: 12
Conteúdo desenvolvido por: Daniel Ferreira Gambera Visite o Site do autor e leia mais artigos.. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |