Caminho Português de Santiago de Compostela

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Autor Antony Valentim

Assunto Espiritualidade
Atualizado em 3/31/2025 11:02:43 PM


Na alvorada de um sonho antigo, Caminho português se estende, Como um fio de fé que se ergue, Através da terra que o tempo entende.




De Lisboa a Compostela, Siga o pé, sem pressa, mas sem demora, Cada passo é um eco da alma, Que se renova a cada aurora.




A brisa que beija o rosto, É um sussurro das vozes que vieram antes, Os peregrinos que passaram o mesmo caminho, Com esperanças, preces, e olhares distantes.




Nos trilhos de pedras que falam de história, Das eras que marcaram nossa terra, Há um pulsar de vida e memória, Onde o sol e a chuva tecem a guerra.




De Porto a Barcelos, o espírito se afasta, Do mundano, e mergulha no ser profundo, No silêncio da paisagem que encanta, Sente-se o peso do céu e do fundo.




E o rio, espelho de um tempo sem fim, Guarda os segredos dos passos que seguem, O som de uma água que em tudo é assim, A levar e a trazer o que os corações negam.




À medida que as vilas se abrem ao olhar, São rostos que acenam, que falam de esperança, De poças de barro e sorrisos a encantar, Num compasso que embala a alma e dança.




Na Serra da Estrela, o vento é mais forte, A lua mais clara, o mistério mais denso, Cada passo em silêncio é como a morte Que nos aproxima de um futuro imenso.




A fé cresce, mas o corpo se queixa, As dores são alívios e as fadigas são preces, E cada cicatriz é um sinal de que a caminhada É um destino que se reconcilia nas promessas e nas preces.




As igrejas surgem como pontos de parada, São templos de encontro, de partilha e de oração, Onde a alma se acende e se acalma, Num eco profundo de pura devoção.




E ao chegar à cidade sagrada, Onde o apóstolo repousa, em paz, O peregrino encontra sua jornada, Num abraço de fé que o universo traz.




O Caminho Português é mais que uma estrada, É um retorno à essência do ser, Onde a mente se liberta e a alma é elevada, E o horizonte é um convite a se perder.




Em Santiago, onde a vida e a morte se tocam, O peregrino se encontra consigo mesmo, E ao olhar para trás, as trilhas que invocam, Revelam que a jornada é o próprio infinito, o mesmo.




Assim, no Caminho Português, se faz o destino, Entre o corpo e a alma, entre o céu e a terra, E ao chegar, o que restou foi o divino, Que nos guia, nos acolhe, nos espera.


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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Antony Valentim   
Antony Valentim é um ser comum, sem privilégios ou destaques que o diferenciem das demais pessoas. Devorador de livros, admirador de culturas religiosas sem preconceitos, e eterno aprendiz do Cristo. Mestre de nada, sábio de coisa alguma. Alguém como você, que chora, sorri, busca, luta, exercita a fé e cultiva no peito a doce flor da esperança.
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