CAMINHOS DO CORAÇÃO
Atualizado dia 24/08/2009 19:27:06 em Espiritualidadepor Vera Godoy
Como seguir os caminhos do coração, se neste mundo vivemos a maior parte do tempo, sob o comando do ego? O ego é o caminho da mente racional, e ela, quando repleta de conhecimento, se confunde, se ilude. A chave da felicidade está dentro do coração, mas, o colocamos sempre a frente de tudo que fazemos?
O ego é a identidade que usamos para nos manifestar aqui nesse plano, que só tem sentido se for bem estruturado, porém, se estivermos sob seu domínio, não permite que saibamos que somos amados. É importante nos livrarmos do comando dessa identidade ilusória, para nos relacionarmos bem. A natureza do ego é divisão, e os pensamentos separam pessoas e idéias e, não colaboram com a unidade.
O caminho do coração é o da CONFIANÇA em nós mesmos, na força e na sabedoria que trazemos dentro de nós. Para segui-lo é preciso humildade, persistência, compreensão, amor e, acima de tudo: aceitação. Entender que todos nós somos únicos, e, portanto, diferentes.
Isso nos dará o alicerce que precisamos para mudar o resultado de nossos relacionamentos, com a família, amigos, companheiros de trabalho, etc., e também a compreensão que a vida é feita de parcerias, de relações. Aprender a relacionar-se não significa somente "eu e o outro", é uma condição muito mais complexa e profunda, e, está além da compreensão egóica . Interagimos o tempo todo, e, com tudo a nossa volta. Com a natureza, com a filosofia de vida que aceitamos, com a sociedade, com a política de nosso país, do mundo, com a profissão que escolhemos, com os papéis que representamos, mas, raramente, interagimos bem com a nossa própria essência, e, com o coração que a representa.
No entanto, esse é "o único relacionamento capaz de harmonizar todos os outros".
A finalidade de conhecer os caminhos do coração, é orientar o ser humano para o reconhecimento de sua divindade, e, a partir daí, fazer as escolhas certas quando interage com a vida e a humanidade. Cada pessoa se identifica com os pensamentos que tem, e, se quisermos nos comunicar com elas, temos que reconhecer e respeitar suas idéias. E como iremos conseguir isso, antes de estabelecermos um contato claro e honesto conosco mesmo?
Conviver pacificamente é dar prioridade para o que nos une e não para o que nos separa. Na unidade respeitamos as diferenças, pois, elas são saudáveis. Fomos educados para a tentativa de nos igualar, de competir, de impormos nossas verdades, e o desrespeito às diferenças interfere nas relações cordiais e na intimidade.
Na sociedade existe o certo e o errado. Os que acertam são recompensados, e os que erram são punidos, esse é o mundo do ego e não do coração. O que é certo e o que é errado, se tudo sofre alteração de pessoa para pessoa? Essas são as leis válidas somente para quem não se conhece.
Os caminhos do coração podem parecer estranhos, mas, aqueles que os conhecem são livres e se entregam a eles, sem se importar com as expectativas do outro. Se aceitarmos percorrer este caminho, a força, a confiança, o amor e a fé, nos farão companhia.
Acharemos em nosso íntimo tudo que precisamos e, assim, estaremos prontos para tudo que virá ao nosso encontro, inclusive para sentirmos que somos realmente amados, pois, estaremos confiantes numa realidade além do medo, numa verdade infinita, maior que todas as nossas dificuldades, e, um dia, ao olharmos para trás, para nossa vida, poderemos dizer com dignidade: vivi em plena harmonia todos os meus relacionamentos...eu soube amar!
VERA GODOY.
Texto revisado por: Cris
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