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CARTA AO IDOSO

Atualizado dia 12/06/2009 09:54:28 em Espiritualidade
por Deborah Valente B. Douglas


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Olá, como o senhor ou a senhora estão?
Espero que estejam bem com toda a sabedoria, dores, alegrias, problemas e felicidades por que têm passado durante todos esses anos.
Ah! Você está se olhando no espelho? Sua pele está enrugada e sem elasticidade, não é? Seus movimentos são lentos porque as articulações não permitem movimentos rápidos. Mas você já é mais sincero em dizer aquilo que pensa. Já não tem mais pudor de saber o que os outros vão achar de você. Tem gasto muito dinheiro com remédios, não é? Muitas vezes isso tudo é superado pelo beijo e abraço apertado que o netinho dá em você. Mas tem aqueles que nem os filhos nem os netinhos lembraram do seu aniversário. E tem aqueles que deixam de tomar o remédio necessário porque não têm dinheiro para comprar. A aposentadoria é pouca.
Muitas vezes, você pensa que já viveu tudo que poderia. Outras vezes, anseia por novidades.
A paciência já não faz mais parte das suas qualidades principais. E a memória anda meio fraca, não é? Mas ainda sobra muitas palavras para contar aquela sua história de infância, aquele casamento maravilhoso que durou mais de 40 anos, aquelas palavras que contavam como era sua juventude.
O mundo mudou muito rápido aos seus olhos, não é? A juventude anda incompreensível. Mas você mima como pode o seu netinho, afinal de contas, você não tem mais a obrigação de educar ninguém.
Sabe, outro dia estava prestando atenção na minha mãe e nos meus sogros. E estava imaginando como eu seria quando fosse velha. Será que teria a sabedoria acumulada como você? Será que minha vida seria só de descanso, coisa que o idoso não quer ter. Sim, pois todos os idosos que conheço gostam de ter ocupações. Não digo jogar dominó na praça da esquina. Digo ocupações produtivas, reais oportunidades de mostrar seu potencial, de mostrar que ainda têm muita vida para dar.
Eu não sei como serei quando envelhecer mais um pouco. Só sei que atualmente para se chamar alguém de velho, precisa ter pedras no coração, pois a velhice é bem diferente nos dias de hoje do que era há 30 anos. Velho, hoje em dia, é aquele jovem que tem preguiça de caminhar algumas quadras a mais ou que tem preguiça de estudar. Você, meu idoso querido, ainda tem que mostrar muita coisa ao mundo injusto que o acolhe.
Sua vida não está acabando, ela só está mudando.
Espero que sua saúde esteja bem e que você possa ser a âncora do navio do mundo, para que ele não afunde de vez.
Um abraço apertado para você.

Texto revisado por: Cris

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Conteúdo desenvolvido por: Deborah Valente B. Douglas   
Comecei no Stum em 2001. Escrevia artigos como forma de desabafo, mas vi que a qualidade não estava boa. Estudei bastante e me aperfeçoei na poesia. Hoje tenho dois livros editados, O UM e ATOS REVERSOS, sob o pseudônimo de Alma Collins. Escrever é a sublimação do pensamento posto no papel. Espero que gostem
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