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CELEBRANDO O PLANETA TERRA

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Autor Oliveira Fidelis Filho

Assunto Espiritualidade
Atualizado em 7/6/2010 11:00:46 AM


"... tira as sandálias dos pés, porque o lugar em que estás é terra santa." Moisés 

A Terra continua santa!

Não me refiro à propalada e disputada "terra santa" com seu centro nevrálgico em Jerusalém, sede das três maiores religiões e palco dos maiores absurdos e monstruosidade que a religiosidade é, também, capaz de protagonizar. Refiro-me a Terra, este exuberante Planeta Azul - a mitológica Gaia filha de Caos - esta sim, continua santa, linda e apaixonante.

A instrução para que Moises se livrasse das sandálias, quando atraído pelo visível fogo sagrado no arbusto "que ardia e não se consumia", é rica em simbolismo, desafios e ensinamentos, que em muito extrapola o espaço, o tempo e as contingências daquele significante momento.

Metaforicamente a sandália pode, também, ser entendida como um artifício humano a nos separar da terra, uma tentativa de isolamento de não identificação, de distanciamento, de recusa em comungar com a natureza.

Os artifícios que nos levam a perder o contato com a Terra claramente se percebem nas mais variadas áreas; da tecnologia mecanicista, oriunda de uma ciência fragmentada e esvaziada do Mistério, às alienantes e retrógadas crenças religiosas que, à semelhança de Pilatos, lavam covardemente as mãos diante da venda, da traição, do sofrimento, do abandono, da morte que as multidões impõem a Terra.

Semelhante a Jesus, o Cristo, a Terra segue mutilada, em decorrência da cega ferocidade de muitos que, destituídos de Sabedoria e Amor, gritam e agem impondo-lhe sacrifício e morte. Entretanto, Gaia continuará a ressurgir em Novas Eras, novas espécies e com novo sonho. Sonho de gerar filhos que verdadeiramente a amem e dela cuidem.

Nessa corrida insana, impulsionados pela ganância, se por um lado somos alimentados pela miragem de ganhar o mundo, por outro, assassinamos a Vida e ficamos esvaziados de alma.

Neste distanciamento da essência, chegamos a crer que somos diferentes da Terra, de origem alienígena, de tal forma que ao perder o contato com a Terra perdemos também o amor e, conseqüentemente, a veneração, a gratidão, o cuidado e o respeito.

Bons tempos aqueles em que a Terra era percebida como Gaia, "elemento primordial e latente de uma potencialidade geradora quase absurda". Digna de veneração, pelo Mistério que esconde, pela Magia que revela, e pela irresistível Força.

Os aspectos divinos da Terra são de fácil verificação: geram e provêem sustentabilidade às mais variadas formas e expressões de vida. Na verdade, a vida é sua mais encantadora forma de expressão.

A vida adorna a Terra, proclamando que a Terra é viva. Se lhe faltam veneradores, não é porque faltem predicados que ratifiquem sua divindade e sim por faltarem sentimentos e atos que comprovem uma verdadeira e relevante espiritualidade.

Tal como Moises, a humanidade precisa restabelecer o contato com a Terra, reencontrar-se com a Natureza, interna e externa. 

Precisamos urgentemente "... tirar as sandálias dos pés..."

Necessitamos retomar a comunhão com a Terra, senti-la o mais próximo possível, não só com a desnudada sola dos pés mas com todos os órgãos dos sentidos. Sentir ainda sua alma, sua prodigalidade, suas leis. Amá-la e reverenciá-la como a Mãe Gaia que sempre foi.

Precisamos urgentemente "... tirar as sandálias dos pés..."

Tirar as sandálias significa ainda romper com a indiferença. Livrar-nos da insensibilidade, da ausência de percepção, do descaso, do desrespeito. Em relação à Terra, precisamos ser reconhecidos como seres que cuidam. "Os céus são os céus do Senhor, mas a Terra deu-a Ele aos filhos dos homens." Deus outorgou para que fosse cuidada por jardineiros amorosos, sensíveis e plenos de encantamento.

Muito mais que de políticos, religiosos ou cientistas, a terra carece de homens e mulheres com almas de artistas, pois é, inquestionavelmente, a mais extraordinária obra de arte a ser admirada e restaurada.

Precisamos urgentemente "... tirar as sandálias dos pés..."

Livrarmo-nos de todo o pensamento, sentimento e atitudes que nos distanciam da Terra. Urge sentirmo-nos mais unidos a ela, parte dela, vivendo em harmonia, sintonia e sinergia com suas Leis e sua Graça. Pois a Deusa Gaia é feita de Graça e de Leis. Ser gratos diante de sua Graça e ajustados às suas Leis, é sinal de sabedoria, de verdadeira expansão de uma espiritualizada consciência.

Precisamos urgentemente "... tirar as sandálias dos pés..."

Tirar as sandálias dos pés é, sobretudo,  deixar-nos seduzir pelo mistério, magia, encanto, devoção que a Terra inspira e merece. É perceber o cordão umbilical que nos mantém ligados e alimentados pela Mãe Gaia.

O contato amoroso com a Natureza vivifica e gera felicidade. Ao subirmos uma montanha, em contado com as árvores sentimo-nos mais vivos, "pois lá no fundo somos apenas arvores que andam com raízes no ar, não na terra. O mesmo acontece quando vemos o oceano, sentimos mais vivos porque a primeira vida nasceu no oceano. Na verdade, no nosso corpo ainda temos a mesma composição de água como o oceano e a mesma quantidade de sal." (Osho).

Enfim, tirar as sandálias é dar prova de que ouvimos a voz do Criador, que nos sentimos atraídos e movidos pelo fogo sagrado, que assumimos nossa intransferível responsabilidade de cuidar da Terra e resgatá-la do cativeiro a que foi submetida.

A Terra continua santa e Deus continua a nos convidar para nos desvencilharmos dos artifícios - sandálias - que dela nos separam, submetendo-nos à vontade primeira de Deus, ou seja, cuidar do Jardim do Éden, do Paraíso misteriosamente singular, deste minúsculo e mágico Planeta que chamamos de nossa Terra.

O Criador espera que realizemos o seu primeiro desejo e a Terra aguarda ansiosamente pela redenção dos filhos dos homens, ou seja, que nos reconciliemos com a Natureza.

 

 

 


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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Oliveira Fidelis Filho   
Teólogo Espiritualista, Psicanalista Integrativo, Administrador,Escritor e Conferencista, Compositor e Cantor.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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