Cocriadores do reequilíbrio planetário
Atualizado dia 9/26/2022 5:41:15 PM em Espiritualidadepor Íris Regina Fernandes Poffo
A terra deslizou em Minas Gerais, em Mariana, em 2015, e em Brumadinho em 2019, quando barragens de uma mineradora se romperam, e um rio lamoso destruiu tudo por onde passou. Também em 2019, no Brasil, as fortes chuvas derrubaram morros, alagaram ruas e avenidas, invadiram casas e lojas. Arrastaram e afogaram pessoas e animais de estimação.
Grandes tragédias socioambientais se repetem. Até quando? Paralelamente a isso, observamos grandes ondas de solidariedade se formando para ajudar aos necessitados, incluindo o resgate e tratamento de animais.
O fogo destruiu florestas e animais na Amazônia, no mesmo ano, com labaredas ardentes, as quais se espalharam 60% mais intensamente do que o registrado nos três anos anteriores. Quem mandou jogar o fósforo aceso na mata conseguirá dormir? O que sabemos é que mutirões de voluntários surgiram para combater o incêndio e ajudar aos animais e as pessoas.
O mar, de onde surgiu a vida na Terra, tem merecido o devido respeito? Quantas vezes tem ficado coberto por manchas de óleo, que sujam as praias, afetam a fauna, e contaminam os manguezais, o berçário da vida marinha.
Enquanto as notícias destas tragédias pipocam nas redes sociais, muitos se manifestam contra o petróleo e derivados. E, nos momentos seguintes vão abastecer seus carros e seus barcos.
Do petróleo surge o plástico. Manchas de lixo plástico, incluindo redes de pesca, deslocam-se pelas correntes de rios e mares, causando a morte de aves, peixes, tartarugas, golfinhos, baleias, e outros mamíferos marinhos. Poluição visual e "assassina".
Pior ainda é o micro plástico, poluição invisível que se mistura ao plâncton e passa pela cadeia alimentar, prejudicando inúmeros seres vivos, até mesmo os humanos. Adicionemos as pequeninas embalagens que os usuários de drogas descartam por aí. Quem consegue se libertar da dependência plástica?
Quão injustamente temos afetado a natureza que nos dá a essência da vida com esse insano modo de vida que levamos?
Tragédias socioambientais vêm crescendo e se multiplicando no Brasil e em todos os continentes, envolvendo incêndios colossais, chuvas torrenciais e inundações, deslizamentos de terra, ventanias de força impressionante, pandemias transmitidas pelas vias aéreas como o Covid 19*.
Traduzindo em poucas palavras, temos o desequilíbrio ambiental dos quatro elementos: fogo, água, terra e ar. E, quem está no eixo deste quadrilátero? O Homo sapiens sapiens!
"Terra, é o mais bonito dos planetas, estão te maltratando por dinheiro", canta o mineiro Beto Guedes, na atemporal música "O Sal da Terra", de 1981.
O amor ao dinheiro, ao poder (político, religioso, governamental), ao umbigo (egocentrismo) está acarretando todo este desequilíbrio planetário. Mas, quanto vale o ar, quando não se consegue respirar?
Os quatro elementos têm sido manipulados por mentes e corações desequilibrados (desequilíbrio emocional e espiritual, nos planos físico e espiritual).
São seres infelizes e desordeiros, peritos em propagar notícias falsas e alarmistas, semear discórdia, espalhar cinzas nuvens de medo, que desencadeiam doenças psíquicas como: depressão, pânico, ansiedade, insônia, e até o suicídio. Isto afeta principalmente pessoas insatisfeitas com suas vidas e com este mundo.
Cientes disso tudo, que tal sermos cocriadores do reequilíbrio planetário, usando inteligência e altruísmo juntos, por um mundo melhor? Mais feliz?
A natureza nos ensina. A água demonstra humildade. As raízes e galhos das árvores tropicais formam redes de cooperação aos seres de outras espécies.
Quando aprenderemos que o mais importante é ser bom, e não aparentar ter bondade? Entender que isso não é questão de religiosidade, mas de humanidade?
A caridade se espalha como perfume pelo ar, motivando a solidariedade, ajudando a quem precisa de alimento, de verba para construir sua casa e sua dignidade. A solidariedade faz arder o fogo da compaixão que abriga e cuida de animais de quatro patas e duas pernas abandonados pela sociedade.
A compaixão nos faz ver, no próximo, um irmão, seja de qualquer cor e preferência sexual, oferecendo acolhimento e oportunidade para voltar a firmar seus pés na terra, para se libertar da depressão e das drogas.
Podemos ser cocriadores evitando o desperdício de água e comida. Colaborar na distribuição de alimentos saudáveis a quem tem fome.
Assim como cobrando dos governantes e políticos que elegemos, ações de reflorestamento, recuperação de área degradadas; investimentos em saneamento básico, saúde e educação; respeito aos povos indígenas e às suas terras, etc.
Reforçando a frase de Shakespeare, no início do texto: "... o amor grande se prova todos os dias, nas pequenas coisas!"20/03/2020
Texto Revisado
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Conteúdo desenvolvido por: Íris Regina Fernandes Poffo Bióloga, espiritualista, terapeuta holística e escritora. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |