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Curso Autonomia Espiritual ...Módulo Ill - Revisitando a História Antiga e Medieval

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Autor Centro Educacional Paz Cósmica

Assunto Espiritualidade
Atualizado em 29/09/2019 15:44:31


O Final da Idade Antiga e a Alta Idade Média.

Vivemos em uma cultura cristã. Qualquer reflexão sobre autonomia espiritual passa necessariamente pela compreensão do credo cristão original, que sofreu gravíssimas interferências no que ficou denominado Regime de Cristandade. Entre o século IV (Idade Antiga) e a Idade Média a Igreja se tornou um poder institucionalizado - sinônimo de opressão, medo e privilégio. O credo cristão historicisado no Ocidente foi instituído no processo histórico marcado pelo fim da Idade Antiga (queda do Império Romano do Ocidente - 476 d.C) e a Alta Idade Média.

O período imperial romano no Ocidente estendeu-se do século I a.C. ao século V d.C. (O Império Romano do Oriente, com sede em Bizâncio/ Constantinopla {atual Istambul}, se manteve até o ano de 1453). O processo de declínio começou em meados do século IV d.C., sobretudo em razão de uma série de problemas que desde o século III o assolava, como as invasões bárbaras, a crise econômica, a disputa dos militares pelo poder e a crise moral.

A anarquia militar foi resultado das disputas entre os generais romanos pelo trono. Não havia critérios claros para a sucessão do imperador uma vez que não valia a hereditariedade. Normalmente, o imperador indicava o seu sucessor, mas nem sempre os demais generais concordavam com as indicações. As disputas internas criaram um quadro com imperadores sem força política e as conspirações para dar golpes de Estado eram frequentes.

As ondas migratórias dos povos vindos do norte da Europa e de regiões da Ásia em direção a Roma, provocadas por transformações climáticas e outros fatores similares, forçavam o Império a repelir os invasores e a mover progressivamente mais contingentes do exército para a defesa do centro do Império, Roma. Isso contribuiu para afetar a capacidade de conquista e expansão territorial do Império Romano.

Do ponto de vista econômico, o fim das conquistas territoriais e consequente interrupção da obtenção de prisioneiros de guerra foi fatal. Com menos escravos a produção caiu e uma grave crise econômica e de arrecadação se instalou. Além disso, outro fator de importância religiosa contribuiu para a crise escravista. A ascensão do ideário cristão fez com que a escravidão fosse vista de forma negativa. Muitos proprietários convertidos ao cristianismo libertaram seus escravos movidos pela sua nova fé. E os próprios escravos atraídos pela palavra cristã negavam-se a privar-se de sua liberdade.

A solução para o colapso do sistema escravista foi a criação do sistema de colonato, que consistia na relação entre pessoas com precárias condições de subsistência e grandes proprietários de terras, que contratavam seus serviços e, em troca, ofereciam proteção e terras para o trabalho.  Esse processo acabou por provocar a decadência dos centros urbanos e da atividade comercial nas cidades, e a consequente ruralização das cidades.

Outro fenômeno que ganhou proporção grandiosa em meio à crise do Império foi a ascensão do cristianismo. A expansão do cristianismo pode ser visto como um sintoma de crise moral que se instalou no Império.

Os imperadores eram cultuados como deuses. Mas o poder e a riqueza vindos com as conquistas territoriais foram degenerando os costumes; a perversão e a luxúria se espalharam como erva daninha, corrompendo as lideranças e deixando a população com o moral, o ânimo, o estado de espírito, fraco. À crítica a esse estado de coisas e à descrença nas lideranças político-religiosas romanas seguia-se o crescente número de adeptos à nova seita, inclusive entre soldados do exército. O Estado romano percebeu que essas perseguições eram improdutivas e que o povo cristão, talhado e fortalecido na perseguição e no martírio pela fé, trazia o ingrediente necessário para enfrentar os desafios enormes a que estava submetido o Império – o moral elevado.

Em 391, através do Edito de Milão, o imperador Constantino, deu liberdade de culto aos seguidores de Jesus de Nazaré e ele mesmo acabou se convertendo. A partir de então, o cristianismo foi instituído como religião oficial do Império Romano. E as funções de liderança na Igreja nascente foram sendo entregues às elites da nobreza.

Na Idade Média, assim como na Antiguidade, eram poucas as pessoas que sabiam ler e escrever. As pessoas mais instruídas pertenciam a Igreja, que controlava grande parte das atividades artísticas, literárias e intelectuais da época. O controle da leitura e da escrita era uma forma de a Igreja manter seu poder e impedir que as pessoas pensassem diferentemente de seus dogmas.

 

Baixa Idade Média

No século X, com o fim das invasões, o continente entra em um período conhecido como a "paz medieval", a qual ocasionou mudanças que provocaram transformações no panorama europeu. No período que vai do século XI ao século XV (Baixa Idade Média) percebe-se uma decadência no feudalismo. O aumento populacional provocado por essa fase de estabilidade levou à necessidade de mais terras desmatadas para agricultura e desenvolvimento de técnicas agrícolas. Em torno dos castelos começaram a estabelecer-se indivíduos que comercializavam produtos excedentes locais e originários de outras regiões da Europa. O sistema feudal começa entrar em crise.

Neste contexto nascem uma nova camada social, a burguesia, e as universidades.

As universidades nascem dentro da Igreja Católica e sua organização estava orientada e administrada pelo corpo eclesiástico.

O século XIII foi uma época de avanços tecnológicos na área agrícola, trazendo um aumento significativo na produção.

Este clima de paz em conjunto com o aumento na produção de alimentos resultou em um significativo aumento populacional no continente europeu. Esse crescimento demográfico foi interrompido em meados do século XIV com a grande fome e a peste bubônica, que matou mais de um terço da população européia. Cidades inteiras foram dizimadas.


Tormentas Medievais

Durante a Idade Média (século V ao XV), a Europa foi palco de inúmeras guerras sangrentas que levaram à morte milhares de pessoas. Estas guerras aconteciam por diversos motivos - disputas territoriais, saques, questões políticas, rivalidades familiares e aumento de poder; aconteciam entre feudos (unidade territorial típica da Idade Média), reinos e até mesmo religiões. Neste último caso, podemos citar as Cruzadas, que foram batalhas entre cristãos e muçulmanos. A Guerra dos Cem Anos foi a mais longa de toda a Idade Média. Ocorreu entre os anos de 1337 e 1453, envolvendo os reinos da França e da Inglaterra. A Grande fome de 1315-1317, na Europa, foi a primeira de uma série de crises em larga escala que atingiram a Europa no início do século XIV, causando milhões de mortes no decorrer de vários anos e determinando, assim, o fim de um período de prosperidade. Foi um período marcado por níveis extremos de crimes, doenças, mortes em massa e infanticídio.

A Peste Bubônica, apelidada pelo povo de Peste Negra, matou cerca de um terço da população europeia. A doença mortal não escolhia vítimas. Reis, príncipes, senhores feudais, artesãos, servos, padres e o populacho... todos foram pegos pela peste.

Nos porões dos navios de comércio, que vinham do Oriente, entre os anos de 1346 e 1352, chegavam milhares de ratos contaminados com a bactéria Pasteurella Pestis. Esses roedores encontraram nas cidades europeias um ambiente favorável, pois estas possuíam condições precárias de higiene. O esgoto corria a céu aberto e o lixo acumulava-se nas ruas. Rapidamente a população de ratos aumentou significativamente. As pulgas destes roedores transmitiam a bactéria aos homens através da picada. Os ratos também morriam da doença e, quando isto acontecia, as pulgas passavam rapidamente para os humanos para obterem seu alimento, o sangue.

Esse contexto estimulou o fanatismo religioso. Era preciso encontras explicações para todo esse sofrimento. A causa é explicada pela punição divina mediante a conduta tida como desviante. Esse é o contexto da Inquisição e a mortífera perseguição a homens e mulheres tidos como adoradores do demônio.

Neste ponto vale voltar  a aula do professor Viktor D Salis

Filosofia Medieval

Podemos chamar de Filosofia Medieval a filosofia que se desenvolveu na Europa durante a Idade Média (entre os séculos V e XV). Como este período foi marcado por grande influência da Igreja Católica nas diversas áreas do conhecimento, os temas religiosos predominaram no campo filosófico.

Os principais estágios da Filosofia Medieval foram a Patrística, na transição para o mundo cristão (século V e VI) e a Escolástica (século IX ao XIV) que pretendia usar os conhecimentos greco-romanos para entender e explicar a revelação religiosa do cristianismo.  Para os filósofos escolásticos a Igreja possuía o importante papel de conduzir os seres humanos à salvação.

Esta visão panorâmica do período tem a finalidade de apresentar o terreno em que foi constituído o arcabouço teológico e dogmático do cristianismo no Ocidente.

No próximo artigo sobrevoaremos a História da Igreja.

Boa jornada!

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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Centro Educacional Paz Cósmica   
Graduada em Filosofia, Teologia e História e Especialista em História do Brasil. Sou formada em Cinesiologia Aplicada pelo Three in One Concepts e em Radiônica pela Escola do Ségio Nogueira, Presidente da Associação Brasileira de Radiestesia e Radiônica (ABRAD)
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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