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É amor ou apego?

Atualizado dia 8/20/2012 9:02:28 PM em Espiritualidade
por Fernanda Luongo


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A força magnética que o conduz em direção àquela determinada pessoa pode partir de dois centros básicos: do ego ferido ou do eu saudável. Quando a motivação parte do ego ferido, você está "amando" o que a outra pessoa tem a lhe oferecer, o ouro que ela carrega e que pode tirá-lo da miséria, por assim dizer. Dessa forma, você condiciona a sua felicidade e preenchimento e entrega a responsabilidade para esta outra pessoa. Nesse caso, você não ama a pessoa de fato, você gosta da sensação de conforto que ela lhe traz, da segurança e do alívio que ela lhe proporciona. Você só se sente especial, forte e confiante, se a pessoa lhe lembrar disso, se ela fizer com que se sinta desta maneira.

Se corresponder a todas as suas expectativas (carências) ótimo! Mas, se do contrário, ela lhe decepcionar em algum aspecto, se lhe faltar com alguma coisa que julgue fundamental você começa a ficar indignado, como se ela não estivesse sendo responsável com você. O problema é que você criou uma relação de dependência e apegou-se. Você buscou uma muleta, um band-aid. Você buscou saciar sua falta de amor próprio e de autorrespeito, e procurou uma forma de justificar sua vida de fugitivo e de alimentar a sua irresponsabilidade para com você mesmo. Tudo o que você não se deu, tudo o que não julgou capaz de prover a si mesmo, foi encontrado no outro. Bingo! Problema resolvido? Errado! Problema prorrogado, isso sim... Amor de verdade? Não. Dependência, certamente...

Quando a força magnética o conduzir a outra pessoa a partir do eu saudável, o tipo de relacionamento que você atrairá será totalmente diferente. A pessoa nessa condição percebe (sabe) que somente ela pode ser a fonte de nutrição e preenchimento que ela mesma busca. Ela se autovaloriza, se autorrespeita e, acima de tudo, sabe que ela é responsável por seus sentimentos, pensamentos e ações. Portanto, ela não sairá em busca de algo que lhe falte, não sairá em busca de uma complementaridade. Enquanto o relacionamento baseado no ego ferido soma duas metades resultando num inteiro (0, 5+0, 5=1), o relacionamento baseado no eu saudável soma dois inteiros (1+1=2). Observe que a separação de dois inteiros não causa a sensação de falta, de vazio, de buraco. "Juntos somos 2, porém, sozinhos continuamos a ser 1 inteiro".

Para formar um inteiro, egos feridos se unem. Cada qual buscando aquilo que lhe falta. Eles não são inteiros em si mesmos, eles formam uma unidade quando se somam. Porém, quando se separam continuam a ser apenas um frágil meado e isso causa a sensação de vazio e falta.

Não podemos dar aquilo que não temos. Por isso metades sofrem, elas não possuem tudo que necessitam. Metades procuram receber; e quem vive de recompensas condiciona o amor. O amor jamais poderá ser incondicional neste aspecto. Ele precisa de preenchimento.

Inteiros procuram compartilhar. Numa relação de inteiros, a troca é extremamente benéfica, pois os 2 possuem em si mesmos aquilo que precisam. O amor não é uma condição, o amor é uma realidade vívida, independente e incondicional. Se estes dois inteiros escolherem trilhar caminhos opostos, não haverá sensação de falta, nem dor imensa, muito menos vazio...

Se você estiver tão apegado a uma pessoa que pensa que não pode viver sem ela, tente aprender a dar a você mesmo aquilo que tanto precisa. Se você exige que seu parceiro (a) seja amoroso com você, seja amoroso você com você mesmo. Tudo que você espera dos outros dê a você mesmo. Assim, você será capaz de amar as pessoas pelo que elas realmente são e não pelo que elas têm a lhe oferecer.

Retire seus band-aids e olhe para os seus machucados, carências, dificuldades...

Coragem! Encare o vazio!

O que é que está faltando aí dentro?
Em vez de precisar de amor, e sair por aí mendigando, você pode preencher-se de amor e compartilhar. Afinal, a gente só dá aquilo que tem...

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Conteúdo desenvolvido por: Fernanda Luongo   
Cantora, escritora, autora de três obras literárias já publicadas no país, terapeuta holística, registrada no Conselho Nacional de Terapia Holística CRT: 46.801 e originadora do Método Akhenaton®.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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