É muito bom ser diferente...
Atualizado dia 19/10/2015 18:20:29 em Espiritualidadepor Estrela da Manhã
Verdade seja dita, em determinadas situações, quando existe realmente uma alteração da identidade, quando o indivíduo se confunde com outra pessoa, estamos diante de um quadro patológico. Entretanto, tenho me surpreendido com uma frequência muito grande, com pessoas em franco sofrimento apenas por sentirem que pensam, sentem e gostariam de viver de forma diferente do que a maioria das outras pessoas.
Muito louca essa sociedade fabricante de rótulos que segrega, discrimina e quer encaixotar todo mundo como fosse arrumar em uma estante. Um deslize, uma pequena diferença é o suficiente para ser desigual. E o desigual não é bem-vindo, não é bem visto... Buscamos a homogeneização, a pasteurização, não aceitamos a diversidade.
Quando pensamos essas afirmativas em razão da estética, do modo de vestir, do tipo físico, dos produtos que consumimos porque os meios de comunicação nos empurram pelos olhos e ouvidos já é complicado... Uma pessoa admitir que se sente feliz com seu padrão estético menos malhado, que se aceita com rugas, celulites e outros acessórios que fogem da realidade imposta, da beleza e juventude eternas, provavelmente causará comentários e críticas nada construtivas.
Algumas das estrelas famosas, principalmente as mulheres, têm se rebelado e manifestado contra essa ditadura da fonte da juventude. E as estrelas/atrizes fazem da sua aparência o seu cartão de apresentação. Nós, do outro lado da tela, na platéia, não temos essa necessidade absoluta, mas aceitamos essa imposição.
E a cultuamos...
Se conseguíssemos compreender qual a função real do nosso corpo, cuidaríamos muito bem dele por ser um veículo facilitador da nossa evolução espiritual.
Sim, porque é esse o grande papel do corpo. Favorecer a evolução do espírito.
Bom que eu me cuide da melhor forma possível, garanta saúde, ocasionando longevidade e qualidade de vida para a minha essência. E, sendo o corpo a embalagem do espírito, vale a pena manter uma embalagem bonita... Quando compreendemos que devemos trabalhar essa essência imortal, passamos a valorizar atitudes, comportamentos, sentimentos e emoções.
Um mundo materialista, mesquinho, imediatista, voltado para o ter, não recebe de braços abertos espíritos solidários, justos, que não gostam de tirar proveito das situações, que se incomodam com pequenas dores humanas e até de outros pequenos seres.
Em geral essas pessoas são tidas como tolas, vítimas de piadas, tendem a se isolar do convívio social e por não se identificarem com o comportamento da maioria das pessoas, ficam com a sensação de estarem no lugar errado...
Se em algum momento você se sentiu assim, saiba que não é o único e que o lugar é esse mesmo. Precisamos apenas encontrar o nosso grupo, nos harmonizar e desenvolver a tarefa de trazer um pouco mais de sensibilidade a esse mundo.
Só os diferentes e os rebeldes são capazes de trazer ideias novas, de modificar o estabelecido...
Texto revisado ss
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