Espiritualidade - experiência espiritual da nossa autotransformação - 1ª parte.
Autor Marcos F C Porto
Assunto EspiritualidadeAtualizado em 8/5/2018 12:40:08 PM
Nesta reflexão em duas partes iniciamos por colocar a pergunta: Por que nossa autotransformação vem antes na nossa jornada espiritual? Voltando a falar sobre nossa infância, para muitos de nós, ela poderá ter-se constituído, não deixando de considerar o amor de dedicação de nossos pais, de experiências algo confusas, nos colocando em dúvidas entre amar e sermos amados, regras, crenças, tradições, castigos, proibições, às vezes humilhação ou até abuso. Então, que conclusões tiramos desta mistura de mensagens conflitantes? Bem, poderemos chegar a interpretações muito pessoais de como funciona a vida - o que definirá como percebemos a realidade conosco mesmo, com os outros e o que nos tornará aptos para amar.
Vamos então refletir sobre o tema?
Qualidade essencial para aprendermos a nos equilibrar e harmonizar no processo chamado ‘vida’ é nossa intuição, ou seja, nossa introspecção natural com o que parece certo-errado, nosso barômetro pessoal contendo a chave da nossa harmonia, como seres integrados Corpo-Mente-Alma, envolvendo o sentido holístico do nosso sentimental, emocional, físico e espiritual. Faz sentido?
Ao invés disso, aprendemos que atender necessidades e expectativas externas vem em primeiro lugar, e que estabelecer mecanismos na conquista de nossas necessidades individuais nos levará adiante.
Então, aprendemos a usar de pretextos, perdendo noção do que somos no interior do coração-Alma.
Concentrarmo-nos em nossa conscientização, portanto, torna-se prioridade, em vez de muito cedo aspirarmos em adotar filosofias ou ensinamentos espirituais, na ilusão de nos sentirmos elevados. É claro que há muito a se beneficiar com a reunião de conhecimentos como leitura de livros, palestras, cursos, retiros e a aprendizagem do legado dos grandes Mestres poderá orientar nossa verdade interior.
Em nada poderemos realmente substituir a experiência espiritual direta, sendo necessário nestes casos múltiplas vivências e profundo entendimento para autotransformar nossa forma de como percebemos a realidade da vida.
Tal opção honesta e sincera conosco possui coragem, mas também abre o caminho para práticas espirituais que nos favorecerão momentos de despertar.
Para que essa autotransformação aconteça, é necessário nosso profundo comprometimento, na promessa de recuperarmos a compreensão de quem realmente somos, além de todas as proteções e defesas que coletamos e fortalecemos ao longo de décadas.
Precisamos estar prontos para nos sentirmos profundamente em nós mesmos, encarando nossas crenças.
Carl Jung (1875-1961) médico psiquiatra suíço nos diz: “Quem olha para fora sonha, quem olha para dentro desperta”.
Ao trabalharmos com nossa compreensão mais profunda, será benéfico darmos a devida atenção especial a certas áreas de nossas vidas e personalidades.
Aprofundando alguns aspectos desta nossa reflexão a experiência espiritual da nossa autotransformação tem nos revelado alguns caminhos, por exemplo, os de como praticarmos nossa forma autêntica de ser.
Na maioria dos casos entre nós, aonde me incluo, autenticidade e liberdade de expressar emoções e o que sentimos não foi prioridade durante nossa criação e educação, até por falta de clareza de entendimento cultural da questão. Aqui o que precisa de um novo olhar é como "nosso eu" se sentirá sobre a manifestação da nossa verdade interior - não sendo a favor ou contra do gosto ou não gosto, mas apenas tendo como ponto de referência de como nos sentimos em determinado momento diante de circunstâncias agradáveis ou desagradáveis. Correto?
Como obtivemos nosso senso de merecimento, e neste aspecto consciência desse nosso valor é fator importante para acompanhar nossas ações. Poderemos agir de diferentes formas inclusive as que não se alinham com nossos valores fundamentais, mas o medo de não pertencer ou de não sermos amados poderá ser mais forte do que qualquer compreensão cognitiva, ou seja, percepção das justificativas mentais que possamos ter, as quais nos valemos ao utilizarmos nosso entendimento, memória, razão, entre outros todos importantes.
A experiência espiritual mais importante de nossas vidas será a nossa autotransformação.
O que define esse estado importante do ‘meu eu’ e quanto está relacionado ao que os outros pensam?
O que precisamos na autotransformação é de quanta predisposição interior será necessário para sentirmos nosso senso de dignidade na vida.
Muito do nosso íntimo até então desconhecido de nós mesmos, nos coloca na busca de respostas de como nos relacionarmos com o nosso lado sombrio os quais denotam tristezas. Está claro?
Somos bons ao expressarmos partes da nossa personalidade que consideramos boas e bem-vindas pelos outros. Estas poderão incluir nossa inteligência, desempenhos, bondade e outros traços positivos.
No entanto as partes que criticamos e não gostamos, colocamos no nosso ‘porão pessoal’.
Não queremos enxergá-las e, certamente, não queremos que os outros deem uma olhada nelas, o que será perigoso e inquietante, podendo nos colocar em risco de perdermos nosso status de pertencer.
Autotransformação começa pela busca da Luz Sagrada em nossa essência genuína, gerando elevação nos nossos níveis de consciência.
Continuaremos na próxima edição.
Com essa edição iniciamos o décimo oitavo ano ininterrupto das reflexões quinzenais da publicação Otimize Seu Dia! Agradeço muitíssimo a consideração, interesse e apoio de todos vocês Queridas Leitoras e Caros Leitores!
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Marcos F C Porto – Terapeuta Holístico - Psicoterapia Holística Transpessoal – CRT 44432, Diplomado em ITC - Integrated Therapeutic Counselling, Stonebridge, UK, trabalha auxiliando pessoas na busca da sua essência, editor do OTIMIZE SEU DIA! há 23 anos, autor do livro - Redescobrindo o Eu Verdadeiro, facilitador de Grupos de Reflexão há 20 anos. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |
