Espiritualidade - experiência espiritual da nossa humanidade individual - 1ª parte
Autor Marcos F C Porto
Assunto EspiritualidadeAtualizado em 14/06/2015 12:05:40
Nesta reflexão em duas partes iniciamos por afirmar que muitos de nós seres humanos espirituais estamos diligentemente procurando, nos nossos diferentes níveis de evolução respostas para os significados de humanidade pessoal e interpessoal, ou seja, de nossa verdadeira natureza humana.
Ainda mais do que isso muitos de nós insistimos buscar crescimento pessoal e espiritual, mas não muitos suspeitam que um eficiente, porém pouco utilizado recurso, está bem próximo de nós e dentro de nossos corações: a experiência espiritual da nossa humanidade individual.
Vamos lá refletir sobre o tema?
Quando refletimos sobre o significado de humanidade, percebemos que as primeiras causas de nossas dificuldades não estão na inveja, ira, ódio, geradoras de sofrimento e violência, mas na falta de nosso entendimento de quem somos nós, e consequentemente não vivermos como somos.
Considerando o ‘Princípio do Mentalismo’ do livro ‘The Kybalion’ de Hermes Trimesgistos: “O Universo é Mental – mantido na Mente do O TODO” – O TODO significando o Ser Maior Criador Deus na concepção de agora, e nós seres humanos fomos criados na Sua imagem e semelhança pois da mesma forma que o Ser Maior Cria Mentalmente, a nós por herança é dado também o recurso de criarmos universos próprios na nossa mente finita.
Isto estabelece a responsabilidade de sermos Divinamente perfeitos. Fomos bem-criados para sermos emissários da criação Divina, e aperfeiçoados na forma de amar, nos cuidar, e também em expressar nosso amor aos outros e ao planeta.
Jean-Jacques Rousseau, (1712 –1778) filósofo nascido em Genebra assumindo depois a nacionalidade francesa, em suas reflexões postulava que “o ser humano é bom por natureza, quando no estado natural de sua humanidade antes da criação das civilizações, mas que após passa a ser corrompido pelas sociedades”.
Talvez venha daí a percepção de que muitas vezes nos sentimos imperfeitos, feios e até maus. Esses infortúnios de julgamentos nos distanciam do Sagrado nos dissuadindo, ou seja, tirando nosso propósito, de nos assumirmos como Seres Divinos.
Resultado: um mundo abundante de seres humanos sem humanidade. Faz sentido?
Vivemos aparte do nosso necessário preenchimento espiritual. Longe inclusive de vivermos como fomos criados para sermos: autenticamente puros, generosos, amorosamente apaixonados, ou seja, seres humanos espirituais verdadeiros.
John Locke (1632 – 1704) filósofo inglês nos diz que: “o ser humano tem perfeita liberdade de agir de acordo com as leis da natureza, sem precisar pedir permissão a quem quer que seja. As pessoas são iguais em valores, e tratam os outros como gostariam de ser tratados, e somente deixam o estado de natureza, quando consentem em tomar parte das normas da comunidade, para protegerem seus patrimônios”.
O que significa ser humano? Ao refletirmos sobre as autênticas qualidades de nós seres humanos, a primeira que se revela é a intenção de amar, sendo talvez nossa expressão natural mais evidente, a qual nos conduz ao resultado positivo de superação e liberação da nossa transcendência, ou seja, libertação do conjunto de atributos a nós Divinamente transferidos e que revela nossa superioridade como criaturas. Está claro?
Que magnífica qualidade! Com certeza o mundo necessita muito desta qualidade – e nós poderemos manifestar o amor com abundância, bastando sermos nós mesmos - seres humanos espirituais criados para ser!
Qual a importância da humanidade? Quando nos esforçamos para sermos seres humanos autênticos, este investimento em energia tem seu preço.
Em todas as partes deste planeta e também em nossas vidas pessoais, testemunhamos o alto custo da hesitação em sermos autênticos, de amarmos sempre e profundamente, de servir incondicionalmente, de viver apaixonadamente.
Quando iremos reconhecer e identificar que esta poderá estar sendo uma das principais causas tanto do nosso desalento como o de tantas outras pessoas?
Talvez um ponto inicial fácil de entendermos seja o da desumanidade, ou seja, a crueldade gerada no distanciamento de nossa humanidade. Correto?
Claro que deploramos a desumanidade, porque ela agride todas nossas qualidades como humanos, não é verdade?
Não podemos aceitar vivermos o reverso do que fomos criados. Como crianças filhas – filhos do Ser Maior Criador Deus nós naturalmente dependemos do apoio Divino.
O que é depender do apoio Divino? Nosso bem estar próprio e compartilhado ambos dependem em vivermos a experiência espiritual da nossa humanidade individual.
Será que existe uma missão cósmica nos convocando para sermos humanamente autênticos?
Vejamos: nossa condição de seres humanos espirituais nos abre um amplo caminho de estreita comunicação cósmica – nossa espiritualidade.
Através deste mágico recurso nos transportamos para lugares ou situações que muitas vezes nossa mente finita não atinge.
Este aspecto nos faz ficar bem próximos da experiência espiritual da nossa humanidade, a partir do instante em que vivermos positivamente como sendo nós mesmos; e de idêntica forma voltarmos nossa atenção à pessoa do próximo, ambas circunstâncias como sendo criações Divinas, e desta forma nos referir à Magnitude da Divina Criação do Universo.
Estaremos então efetivamente assumindo nossa condição de seres humanos espirituais autênticos na sua beleza, bondade e valor cósmico.
Continuaremos na próxima edição.
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Marcos F C Porto – Terapeuta Holístico - Psicoterapia Holística Transpessoal – CRT 44432, Diplomado em ITC - Integrated Therapeutic Counselling, Stonebridge, UK, trabalha auxiliando pessoas na busca da sua essência, editor do OTIMIZE SEU DIA! há 23 anos, autor do livro - Redescobrindo o Eu Verdadeiro, facilitador de Grupos de Reflexão há 20 anos. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |
