Espiritualidade - identificando nosso núcleo espiritual.
Autor Marcos F C Porto
Assunto EspiritualidadeAtualizado em 05/05/2013 12:02:28
Nossas mentes podem alcançar altos níveis de discernimento espiritual, e esferas correspondentes de divindade de valores, porque não são totalmente materiais.
Há três evidências distintas de que o Espírito reside em nós: comunhão humanitária — Amor - a mente puramente animal pode ser gregária por autoproteção, mas apenas nosso coração manifestado pelo Espírito é altruísta e de um modo não egoísta ama incondicionalmente;a interpretação do Universo — Sabedoria - apenas nossa mente residida pelo Espírito pode compreender que o Universo é amigável para conosco; avaliação espiritual da vida — Adoração - a nós apenas nos é dado a condição do Espírito poder compreender e realizar a presença Divina, buscando atingir uma experiência de vida mais plena.
Vamos então refletir sobre o tema?
Há um núcleo espiritual abrangente nas nossas mentes e corações — manifestado pela presença Divina.
Mente - pensamento e coração – sentimento - constituem um sistema que existe em torno do Espírito.
Tal relação de mente-coração- Espírito nos dá potencial para a nossa personalidade eterna.
As dificuldades na aceitação de problemas, decepções, perdas, derrotas, ou medo da inevitável morte do corpo físico, só poderão advir se perdermos de vista o poder do nosso núcleo espiritual central.
Nossa pessoalidade funciona na união de mente coração e Espírito, não necessitando do corpo físico.
Há algo real em nós, algo da nossa evolução humana, que subsiste à morte; esta entidade é a Alma, e sobrevive à morte do corpo físico.
A Alma é Verdade, discernimento e Espírito, que sempre nos eleva acima do nível do mundo material e representa o valor potencial de sobrevivência da nossa experiência humana. Faz sentido?
A Alma engrandece o Ser Maior Criador Deus, portanto tudo que satisfaça a Alma será parte essencial da Verdade Suprema.
Quando mente e coração mortais são subservientes à matéria, estaremos destinados a nos tornarmos cada vez mais materiais e por consequência sofrermos a morte da pessoalidade.
Nossa mente-coração estando em acordo com o Espírito estaremos destinados a nos tornar
cada vez mais espirituais e, desta forma, atingirmos a sobrevivência e eternidade de existência do núcleo espiritual.
Carl Gustav Jung (1875-1961) médico psiquiatra fundador da psicologia analítica e estudioso do tema nos diz: “Sempre que há um aprofundamento para a experiência mais íntima, para o núcleo espiritual, a maioria das pessoas é vencida pelo medo e muitos desistem. . . O risco da experiência interior, a aventura do Espírito, é, em qualquer caso estranho para a maioria dos seres humanos”.
Tendo sobrevivido à vida da existência material, torna-se possível para nós podermos continuar por toda a eternidade.
Amor da aventura, curiosidade e medo da monotonia – são traços inerentes à evolução da natureza humana, e não foram colocados em nós apenas para agravar e nos irritar durante nosso curto período de tempo na Terra, mas sim para nos sugerir que a morte é apenas o começo de uma interminável carreira de aventuras, uma vida eterna de antecipações, uma viagem eterna de descobertas.
A experiência extraordinária e transcendente de amar e de ser amado não é apenas uma ilusão psíquica, porque é puramente subjetiva.
Nosso contato com a realidade objetiva mais elevada do Ser Maior Criador Deus, se dá apenas por intermédio da experiência puramente subjetiva de conhecê-Lo, de adorá-Lo, e de realizarmos nossa filiação à Ele.
A verdadeira adoração espiritual não é um monólogo fútil de autoenganação.
A adoração é uma comunicação introspectiva e pessoal com o que é divinamente real.
Por intermédio da adoração, aspiramos ser melhores e por meio dela finalmente alcançamos o melhor. Está claro?
As projeções feitas pelo nosso intelecto podem de fato originar falsas ilusões.
A consciência do Ser Maior Criador Deus habita em nós, na presença do Espírito.
Sri Ramana Maharshi (1879-1950) mundialmente conhecido como um dos principais gurus hinduístas dos tempos modernos nos diz: “O coração é apenas outro nome para o Espírito Supremo, porque Ele está em todos os corações. O Universo inteiro é condensado no corpo, e do corpo inteiro no coração.
Assim, o coração é o núcleo espiritual de todo o Universo”.
Muitos dos sistemas religiosos vêm de formulações do intelecto humano, mas a consciência do Ser Maior Criador Deus não vem necessariamente como parte nesses sistemas religiosos.
A Imagem Divina não é uma mera invenção do nosso idealismo; Ela é a fonte de todos os nossos discernimentos e valores humanos. Assim sendo não é uma hipótese formulada para unificar nossos conceitos humanos da verdade, da beleza e da bondade; Ela é a personalidade do Amor, de Quem provem todas as manifestações do Universo. Correto?
A verdade, a beleza e a bondade do nosso mundo são unificadas pela espiritualidade crescente da nossa experiência como mortais, que ascendem às realidades do Ser Divino em nós.
A unidade na verdade, na beleza e na bondade só podem ser realizadas na experiência espiritual da personalidade conhecedora do Ser Maior Criador Deus.
Voltaremos ao assunto.
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Marcos F C Porto – Terapeuta Holístico - Psicoterapia Holística Transpessoal – CRT 44432, Diplomado em ITC - Integrated Therapeutic Counselling, Stonebridge, UK, trabalha auxiliando pessoas na busca da sua essência, editor do OTIMIZE SEU DIA! há 23 anos, autor do livro - Redescobrindo o Eu Verdadeiro, facilitador de Grupos de Reflexão há 20 anos. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |
