Espiritualidade - o vínculo indissolúvel com a Paz espiritual - 2ª parte.
Autor Marcos F C Porto
Assunto EspiritualidadeAtualizado em 7/28/2013 12:32:31 PM
Iniciamos a segunda parte da reflexão afirmando que Paz é uma experiência espiritual de difícil compreensão pela mente racional.
É inútil procurarmos Paz espiritual seja no mundo comum, ou em nossas vidas pessoais que contêm pouca ou nenhuma estabilidade.
Vamos então continuar a refletir?
Paz só poderá ser encontrada quando for deliberadamente procurada no plano espiritual mais elevado e quando conseguirmos com determinação permanecer nesse nível.
Esse tipo de Paz espiritual - longe de levar à inércia, à tranquilidade estática, ou ainda à aceitação impassível – nos traz nova energia.
É uma Paz criativa, dinâmica!
É a partir da energia deste estado de Paz interior que direcionamos todas as nossas atividades pessoais, tornando-as mais eficazes e construtivas, porque estarão, então, livres da angústia, do medo ou de sentimentos de apego.
Em outras palavras, seremos capazes de viver com poder sobre nós mesmos, e não como escravos das sensações e emoções.
A pedra de toque desta Paz espiritual é nossa vida diária, a maneira como respondemos às lutas contínuas da vida e adversidades, as alfinetadas, as inúmeras irritações que surgem em nosso caminho cotidiano.
Paz espiritual é capaz de resistir e permanecer firme contra os desafios diários do mundo exterior.
Paz espiritual irá coexistir com nossas dúvidas de busca!
Não será um estado de alegria plena, até que nossa personalidade seja autotransformada.
Este é nosso objetivo, e iremos estar bem no nosso caminho quando estabelecermos um "núcleo" de Paz espiritual dentro de nós, capaz de resistir aos testes. Faz sentido?
Este núcleo será nossa fortaleza interior, com o qual iremos intuitivamente dirigir nossas vidas.
O núcleo de Paz espiritual terá o auxílio da atuação de um espectador criado dentro de nós.
O sábio nos diz: “Aprenda a observar-se com a calma de um estranho".
Assim nos tornaremos conscientes do significado de todos os desafios e testes do nosso aprendizado.
Quer estejamos conscientes disso ou não, há situações que produzem amargura, ressentimento, rebelião e fadiga dentro de nós, as quais poderão subtrair nossa alegria e serenidade. Está claro?
No entanto na Paz de Alma onde tudo é aplacado, ponto de convergência da harmonia e iluminação, nos é mostrado o sentido e o valor da vida, tanto nos seus aspectos tangíveis, como nos não revelados.
É quando nossa trajetória se tornará brilhante!
Refletindo como poderemos meditar, a fim de tornar a Paz espiritual uma realidade, será útil começarmos com a ampliação do nosso horizonte interior, autotransformando pensamentos e sentimentos para a contemplação do infinito e da eternidade.
Há assuntos sobre os quais seria interessante nos determos, experimentando o alargamento da mente. que é produzido pela contemplação do infinito.
Eternidade é uma delas, e não podemos fixar nossos pensamentos sobre ela, sem sermos sensíveis a um tipo especial de elevação.
Entraremos então em contato com algo incomensurável - além da estreita faixa de nossas especulações comuns - que é glorificado pela sua própria concepção.
A única maneira que temos de formar qualquer ideia de eternidade é irmos passo a passo, até as maiores dimensões de tempo, e assim por ascendência, até estarmos envolvidos na maravilha da intemporalidade.
Em seguida, lembraremos e perceberemos que somos seres humanos espirituais e que nossa essência espiritual é nosso vínculo indissolúvel com o Ser Maior Criador Deus.
A ampliação dessa nossa perspectiva nos ajudará a restabelecer um verdadeiro senso de proporção, e enxergarmos a importância relativa de muitas das pequenas coisas que nos preocupam e aborrecem.
Desta forma, iremos começar gradualmente, experimentar a verdadeira Paz da eternidade, a Paz do Espírito, a Paz da Unidade Espiritual de Consciência.
Uma das experiências mais significativas na busca da Paz e da consciência espiritual é o sentimento de "unidade".
Unidade Espiritual de Consciência é muitas vezes vivida com a compreensão de que tudo é parte do TODO, ou a partir de uma fonte comum, a qual compartilha um Espírito pertencente a todos.
Vamos então considerar alguns aspectos que nosso espectador espiritual poderá experimentar na Unidade Espiritual de Consciência.
Thomas Merton (1915-1968) monge trapista no livro “Amor e vida” cita o pensamento de Teilhard de Chardin (1881-1955) padre jesuíta e filósofo francês que diz: “Vamos nos estabelecer no meio divino. Lá nos encontraremos em um lugar onde a Alma é mais profunda. Lá descobriremos, com a confluência de todas as belezas, o ponto ultravital, ultrassensível, ultra-ativo do Universo. E, ao mesmo tempo, sentiremos a plenitude de nossos poderes de ação e de adoração, ordenados sem esforço dentro de nossos eus mais profundos”.
Em nossas percepções triviais, o mundo é uma massa de vidas individuais, e se constitui de cada um buscando o seu próprio destino.
Por detrás dessa aparência está nossa natureza essencial de existência - a consciência divina.
Esta consciência divina se manifesta no Universo de várias formas, cada uma com sua própria vontade de ser. Correto?
Mas, na verdade cada forma é uma expressão de alguém que busca sua infinita alegria de existência.
Toda a verdadeira realização da Paz espiritual começa com esta percepção da unidade de essência de todos nós seres vivos.
A experiência da Paz espiritual na Unidade Espiritual de Consciência frequentemente se expressa no sentimento ou entendimento de que somos uma essência ou Espírito com origem na Magnitude Suprema do Ser Maior Criador Deus.
Voltaremos ao assunto.
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Marcos F C Porto – Terapeuta Holístico - Psicoterapia Holística Transpessoal – CRT 44432, Diplomado em ITC - Integrated Therapeutic Counselling, Stonebridge, UK, trabalha auxiliando pessoas na busca da sua essência, editor do OTIMIZE SEU DIA! há 23 anos, autor do livro - Redescobrindo o Eu Verdadeiro, facilitador de Grupos de Reflexão há 20 anos. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |
