Espiritualidade: auto-realização da satisfação espiritual
Atualizado dia 4/8/2012 10:27:34 AM em Espiritualidadepor Marcos F C Porto
Espiritualidade não é produto da razão, e não se deriva da lógica da filosofia humana, mas, como uma experiência mortal, é profundamente intuitiva.
Assim é a experiência da divindade efetuada pela nossa consciência de seres humanos espirituais de origem evolucionária, e representa a verdadeira experiência com suas realidades eternas, como sendo auto-realização de nossas satisfações espirituais, enquanto ainda ocupando o corpo físico.
Vamos, então, refletir sobre o tema?
Auto-realização da satisfação espiritual surge ao atingirmos nossos propósitos interiores, e objetivos mais íntimos.
Não deverá ser confundida com metas imaginadas ou definidas externamente.
Isso seria o mesmo que a seringueira majestosa aceitar a visão encolhida do jardineiro de bonsai.
Da mesma forma, nós seres humanos espirituais temos um sentido de vida, Luz própria que nos guia, invisível ao olho normal.
É essa orientação interior, a ser honrada pela auto-realização da satisfação espiritual. Faz sentido?
Gay Hendricks, psicólogo americano contemporâneo, escritor e praticante na área de crescimento pessoal, e conexão mente – corpo – espírito, nos diz: “O maior objetivo da espiritualidade é a auto-realização, mas o que isso significa? Significa sentir o seu Eu como uma realidade viva, no momento, e há sempre apenas este momento”.
Tais experiências se tornam disponíveis por meio de atributos de dotação natural da nossa mente mortal.
O Espírito Divino faz contato conosco, não por meio de sentimentos ou emoções, mas através do domínio do pensamento elevado e espiritualizado.
A natureza divina pode ser percebida apenas com os olhos da mente, o que conhecemos como terceiro olho.
São os nossos pensamentos que nos conduzem ao Ser Maior Criador Deus.
No entanto, a mente que realmente discerne o Ser Maior Criador Deus, é a mente pura.
A comunhão interior e espiritual é nosso discernimento espiritual.
Tais experiências resultam da impressão feita em nossas mentes por meio das atuações do Espírito da Verdade, funcionando entre nossos ideais, e sobre nossa visão interior e esforços espirituais como filhas e filhos em evolução do Ser Maior Criador Deus. Está claro?
A ressurreição de Mestre Jesus que comemoramos no domingo de Páscoa, é a grande prova do amor e da justiça divina, que eleva os que são puros de coração.
Nas palavras do Evangelho de Thomas: "Desde que Cristo se humilhou até a morte na cruz por amor e obediência a Deus, Ele foi exaltado por Deus, na sua ressurreição dentre os mortos”.
Nossa espiritualidade vive e prospera, por meio da fé e do discernimento interior.
Sendo assim, não consiste de acontecimentos novos, mas antes na descoberta de significados espirituais novos nos fatos já conhecidos da humanidade.
A mais elevada auto-realização da satisfação espiritual não depende de ações anteriores, de crenças, tradição e autoridade; nem é resultante de sentimentos sublimes ou de emoções puramente místicas.
É, antes, uma experiência intuitiva profunda e factual de comunhão espiritual, com as influências do Espírito em nossas mentes.
Na medida em que essa prática seja definível em termos de psicologia, é simplesmente a habilidade de vivenciar a realidade de crer no Ser Maior Criador Deus, como a grande auto-realização desse nosso evento puramente pessoal e único.
Bhagavad-Gita em sânscrito: "Canção de Deus" é um texto religioso hindu, relatando o diálogo de Krishina com seu discípulo guerreiro Arjuna e diz em um dos capítulos: “Quando o seu intelecto, que está confuso com as opiniões conflitantes e a doutrina ritualística, ficar firme com o Eu, então, você deverá alcançar a auto-realização”.
Conquanto a espiritualidade não seja produto de especulações racionalistas, de uma cosmologia material, ela é, entretanto, a criação de um discernimento interior que se origina na experiência das nossas mentes humanas.
A fé une nosso discernimento interior à distinção conscienciosa dos valores, e o sentido do dever evolucionário preexistente dando complemento à origem da auto-realização da satisfação espiritual.
A experiência espiritual, finalmente, resulta em uma consciência firme do Ser Maior Criador Deus e em uma segurança inquestionável da sobrevivência da pessoa que acredita.
Assim, pode-se perceber que nossas aspirações e impulsos espirituais não são de natureza tal que nos levariam meramente a querer crer no Ser Maior Criador Deus, mas, antes, são de uma natureza e poder tais, que nos tornam profundamente comprometidos com essa convicção. Correto?
O sentido do dever evolucionário e as obrigações consequentes da iluminação pela revelação, causam uma impressão tão profunda sobre nossa natureza moral, que finalmente alçamos à posição de mente e postura de Alma.
Nossa sabedoria mais elevada esclarecida e disciplinada nos instrui, em última análise, que duvidar do Ser Maior Criador Deus, não confiando no Seu Amor e Bondade, seria uma prova de infidelidade para com a existência mais real e mais profunda dentro de nossas mentes e Almas.
Voltaremos ao assunto.
Texto revisado
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Marcos F C Porto – Terapeuta Holístico - Psicoterapia Holística Transpessoal – CRT 44432, Diplomado em ITC - Integrated Therapeutic Counselling, Stonebridge, UK, trabalha auxiliando pessoas na busca da sua essência, editor do OTIMIZE SEU DIA! há 23 anos, autor do livro - Redescobrindo o Eu Verdadeiro, facilitador de Grupos de Reflexão há 20 anos. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |