Espiritualidade - experiência espiritual da prática do silêncio criativo
Atualizado dia 19/10/2014 12:40:09 em Espiritualidadepor Marcos F C Porto
Vamos então refletir sobre o tema?
Silêncio é ricamente acariciante, embora possamos nos sentir desconfortáveis inicialmente, muitas vezes temendo que memórias e pensamentos indesejáveis possam surgir.
No desenvolvimento da experiência descobrimos que os pensamentos são apenas eventos na mente e não representam a realidade.
Aprendemos a testemunhar nossos eventos interiores, que transformam nossas vidas, não nos envolvendo com eles.
Juntos em unidade, nas reuniões do Grupo de Reflexão criamos um recipiente seguro para o silêncio. No silêncio, descobrimos a profunda conexão com o outro e com a vida. Percebemos que não somos tão separados quanto pensávamos antes.
O calor acolhedor do silêncio nos fortalece, apoiados no nosso relaxamento da quietude interior.
Durante a experiência espiritual da prática do silêncio criativo, percebemos que a quietude que tudo permeia é consciente.
Uma vez que a quietude interior é despertada e reconhecida podemos voltar a ela uma e outra vez, buscando sempre para a orientação na nossa sabedoria intuitiva interior. Faz sentido?
Então nós já não temos que confiar em ideias superficiais ou históricos passados sobre como viver.
A experiência espiritual que advém através da prática do silêncio criativo nos mostra o que é necessário para despertar em nós o potencial espiritual
como Seres Divinos.
Todos nós ansiamos em sermos felizes. As tradições espirituais nos ensinam que a verdadeira felicidade vem do nosso interior. Em silêncio despertamos para a felicidade. Quando entramos em contato com a fonte da felicidade, naturalmente começamos a deixar ir, ou seja, a liberar o que não é necessário e encontramos apoio para sentir, pensar e agir com recursos que expressam a sabedoria e o amor que trazemos no nosso Eu – Self interior.
O silêncio é uma poderosa prática autotransformadora!
Tudo o que é real surge da quietude. A partir do não-manifesto vem o amor, a compaixão, alegria, sabedoria, criatividade e paz que passam a se manifestarem em nossas vidas em íntima relação com o Ser Maior Criador Deus.
Sobre silêncio espiritual Eckhart von Hochheim (1260-1328), mais conhecido como Mestre Eckhart teólogo alemão, filósofo e místico, nos diz: “Nada é tão semelhante a Deus quanto o silêncio”.
O silêncio é o recipiente seguro para as práticas que nos ajudam a nos tornarmos conscientes de que inúmeros hábitos desarmônicos não têm mais utilidade em nossas vidas.
Existem duas coisas as quais de pronto nos tornam conscientes: aquilo que é realidade em nossas vidas e o que é falso resultante de ilusões infundadas. Defesas psicológicas, velhas histórias, crendices, memórias e premeditações são falsas na medida em que signifiquem pensamentos tanto sobre o passado como o futuro.
Eventos na mente parecem reais porque subsistem no corpo / mente e são sentidas como padrões impulsivos e emoções desconfortáveis e se repetem porque não temos consciência deles. Uma vez que nos tornamos conscientes deles, perdem a sua energia vital e seu controle sobre nós. Correto?
Na experiência espiritual da prática do silêncio criativo, aprofundamos vivências que nos ajudam a nos tornarmos conscientes de forma não forçada ou pressionada.
Somos únicos e assim cada um de nós de acordo com seu próprio ritmo, interiormente convida o que está pronto para participar na consciência.
Poderemos identificar o que vem à consciência, porque está sendo realizada no abraço com o aqui agora do momento presente. Permanecendo no aqui e agora, podemos enxergar o que é real ou falso, sem novos sofrimentos.
Através da quietude corporal-mental desbloqueamos a energia represada que inconscientemente perpetuou padrões rígidos e energias emocionais, liberando espaço para expressarmos amor, sabedoria e outras formas do Sagrado. Está claro?
Isso nos permitirá sentir a presença de nossa própria bondade inerente na integração Corpo-Mente-Alma com a Sabedoria Divina do Ser Maior Criador Deus.
O exercício de que somos seres integrados de Corpo-Mente-Alma nos conduz a experiência direta com o momento presente.
Desta maneira percebemos que a forma mais fácil de nos tornarmos conscientes da integração Corpo-Mente-Alma é prestando atenção ao movimento da nossa respiração. Quando nossa atenção está focada no fluxo do ar, inspirando – expirando, os pensamentos diminuem. Corpo-Mente-Alma se torna absorto com a respiração e atingimos a quietude do nosso mundo interior.
Conduzindo nossa consciência para a quietude, perceberemos sensações físicas como o pulsar do coração e a energia que se move através do nosso corpo. Aprendemos a nos refugiar no conforto de estar integrados na quietude da nossa ‘nova casa’ - Corpo-Mente-Alma.
Prestando atenção na percepção sensorial dos nossos cinco sentidos, nos conectamos com o mundo imediato ao nosso redor. Ao invés de nos sentirmos desligados da nossa experiência, estaremos interligados com a vida como ela surge no aqui e agora.
Voltaremos ao assunto.
Texto revisado
Avaliação: 5 | Votos: 4
Marcos F C Porto – Terapeuta Holístico - Psicoterapia Holística Transpessoal – CRT 44432, Diplomado em ITC - Integrated Therapeutic Counselling, Stonebridge, UK, trabalha auxiliando pessoas na busca da sua essência, editor do OTIMIZE SEU DIA! há 23 anos, autor do livro - Redescobrindo o Eu Verdadeiro, facilitador de Grupos de Reflexão há 20 anos. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |
