Espiritualidade - solidariedade e a nova ordem do espírito
Atualizado dia 8/29/2010 1:15:10 PM em Espiritualidadepor Marcos F C Porto
No entanto, seria ilusório afirmar que este procedimento seja suficiente para o desempenho pleno de nossas vidas.
De forma constante e persistente o mundo exterior exige maior desprendimento nosso, no sentido de sempre darmos respostas positivas às imposições, e até mesmo aos constrangimentos.
Eu estou bem; o mundo como está?
Cada vez mais somos solicitados a nos colocar diante desta pergunta, refletindo o que e como, nossos conceitos e vivências deverão ser aprofundados e reciclados, para que nossos objetivos de vida plena, não desabem em nós mesmos.
Em relação à solidariedade sabemos que nascemos com a semente dessa virtude, cabendo a nós desenvolvê-la.
Vamos, então, refletir sobre o tema?
Em qualquer relacionamento, duas forças deverão estar em saudável equilíbrio: autossuficiência, ou seja, nos bastarmos a nós mesmos e simbiose resultando no entendimento íntimo entre nós como seres humanos espirituais. Este equilíbrio deverá acontecer harmoniosamente. Faz sentido?
Na batalha entre o medo e a esperança, que é o que se apresenta no cotidiano do mundo no momento, teremos que reunir toda energia desenvolvida em nós pela confiança, amor e anseio de estarmos disponíveis em solidariedade ao próximo.
Esta é atitude importante a ser mantida, ou seja, fortalecer o sentido moral que nos vincula ao próximo, à vida, aos interesses, ao aprofundamento da espiritual, às responsabilidades e ao comprometimento com o grupo social de nosso país, e da própria humanidade.
Para o entendimento da postura solidária, é importante estarmos cientes de que o mundo está geograficamente descoberto e preenchido.
As guerras ocorridas através dos séculos até os tempos atuais e, infelizmente, continuamos ainda a conviver com elas, determinam mudanças, transferências de territórios, até mesmo de países inteiros, para a posse dos vencedores. Assim não há territórios sem posse. Este fenômeno não é só geográfico, mas também social e sentimental.
Como exemplo do sentimental, na nossa cidade de São Paulo, uma das maiores do mundo, este aspecto torna-se bem evidente na nossa acolhida, como paulistanos, aos brasileiros de todas as regiões do país.
Até me permito afirmar, que estando o mundo completamente preenchido, isto significa, que a característica egoísta de estar isolado para fazer o que quiser, considerando todo o resto como sem importância, não encontra mais condição prática. Correto?
Esta é a parte da globalização diretamente relacionada à solidariedade.
Vivemos o momento do Planeta, nestes dez primeiros anos de início de milênio, não mais baseados em expansão geográfica, mas muito mais na consciência da existência temporal, cada um de nós encurtando distâncias pela sensibilidade comunicativa, extrassensoriais e empáticas.
O novo espaço é a velocidade/espaço em tempo real e não mais o espaço/distância.
O que significa isto?
No exato instante em que está ocorrendo qualquer que seja o fato de importância, essa ocorrência estará sendo transmitida em som e imagem digital diretamente do local para todo o Planeta.
Solidariedade com o próximo, no aqui e agora, passa por esse caminho.
Sem precisarmos dar margem à imaginação, e não se tratando de utopia, o conceito moderno de solidariedade é nos colocarmos na postura de considerar o próximo em igualdade, não importando constituição física, sexo, raça, cor de pele, idioma, cultura, condição financeira, ou país, enfim todos os perfis que outrora poderiam significar distanciamento e discriminação.
Solidariedade é pensar “nós somos” e não “eles são”; é assumir a responsabilidade de sermos “cúmplices” e não permanecermos como “vítimas”.
Para nos engajarmos neste diálogo, necessitamos nos sentir seguros, reconhecendo nossa integridade e consciência, respeitando o próximo como a nós mesmos.
Solidariedade é acima de tudo sentir que as oportunidades de vida são iguais para todos!
Sabemos que muitas dessas condições deixam de existir, quando nos confrontamos com os temores do descontrole da nova ordem da globalização.
Por outro lado globalização tem a vantagem de nos colocar mais perto da realidade mundial, derrubando os muros da utopia, e da esperança vã.
Todos aspiramos por viver com dignidade, libertos do medo, prosseguindo no processo da felicidade espiritual autêntica.
Este é o terreno comum de todos nós seres humanos espirituais, filhas e filhos de Deus praticando solidariedade.
Quando João Batista, melhor conhecido como “o preparador do caminho de Mestre Jesus” em 5 A.C nos disse: “Arrependei-vos porque é chegado o reino dos céus!” Mateus 3:2, devemos entender estas palavras no sentido de metamorfose, ou seja, como sendo nossa transformação interior, cuja imagem mais realista é a da borboleta na metamorfose genética que decorre dentro de uma crisálida rígida, para criação do novo delicado e belo organismo.
Metamorfose na forma de ser, pensar, sentir e agir!
Assim, a única forma de atingirmos condição autêntica de solidariedade humana é assumirmos no coração esta forma de ser, pensar, sentir e agir, porque para isso a nova ordem do espírito, já está nos desafiando.
Voltaremos ao assunto.
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Texto revisado
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Marcos F C Porto – Terapeuta Holístico - Psicoterapia Holística Transpessoal – CRT 44432, Diplomado em ITC - Integrated Therapeutic Counselling, Stonebridge, UK, trabalha auxiliando pessoas na busca da sua essência, editor do OTIMIZE SEU DIA! há 23 anos, autor do livro - Redescobrindo o Eu Verdadeiro, facilitador de Grupos de Reflexão há 20 anos. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |
