Espontaneidade, caminho para a evolução
Autor Paulo Zonta
Assunto EspiritualidadeAtualizado em 22/05/2009 06:58:16
Espontaneidade e Liberdade
Por que não nos sentimos livres? Todos nós temos essa sensação de falta de liberdade, e somente em poucos momentos de nossas vidas é que vivemos esse sentimento de liberdade para agirmos espontaneamente. Quando isso acontece, vivemos a sensação de estarmos mais completude, a alegria de estarmos vivos, a verdadeira felicidade, a sensação de estarmos integrados ao mundo e ao universo, uma sensação maravilhosa, mas que não conseguimos mantê-la por muito tempo, e logo voltamos ao nosso estado “normal”!?
Internalizamos ao longo de nossas vidas, certas regras para nos protegermos do mundo externo, e muitas vezes estas “leis pessoais” já não servem mais a seu propósito, porém sem perceber mantemo-las dentro de nós e assim, vivemos em função delas.
As “crenças” de que não podemos nos mostrar como realmente somos, preconceitos que mais do que social é primeiramente pessoal, pois parte do próprio indivíduo e determina “padrões de comportamento” que adotamos e assimilamos tão intensamente que com o tempo achamos que esses padrões são parte de nós mesmos. É preciso desidentificar-se e centrar-se em si mesmo.
Nossas crenças são mentais, criações de nossa mente para nos defendermos na vivência com o mundo exterior e principalmente nas relações com outros seres humanos. O modo como nos vemos a si mesmo, como nos aceitamos ou não, vai definir como seremos aceitos ou não pelos outros no meio social. A imagem pessoal mais espontânea ou menos espontânea influencia também na imagem que os outros fazem de nós. Assim, mantemos uma dinâmica através de um circulo vicioso no qual nos sentimos cada vez mais presos, pois sempre temos a tendência a achar que os outros não aceitariam nossa espontaneidade.
Temos medo de mudar, pois achamos que mudando não seremos mais nós mesmos, temos o medo de nos “perdemos” ou seja, de perdermos nossa identidade, mas na verdade o “nós mesmos” que pensamos ser já é um conceito errôneo, pois nosso ser é mais subjetivo que concreto, e é mais transcendente que nosso corpo físico ou nosso Ego. Nossa essência sim manifesta a nossa verdade, a verdade de nosso espírito e o nosso VERDADEIRO EU.
É preciso meditar constantemente nas seguintes afirmações :
“Meu corpo físico é meu, mas não sou ele”.
“Tenho minhas emoções, mas sou elas”.
“Desejo coisas, tenho desejos, mas não sou meus desejos”.
“Meus pensamentos são meus, mas não sou eles”.
“Tenho uma vontade, ela é divina, e somente ela SOU EU”
A vontade vem da essência de nosso Ser, a centelha divina que dá vida a nosso corpo físico, e através dele que podemos sentir e viver nossas emoções. Estas se manifestam como resultado de nossos desejos, que por sua vez são definidos pela nossa missão de vida ou em outras palavras, pela tendência de nossa alma.
Vivenciar nossa espontaneidade é manifestar a liberdade do nosso EU, é encontrar-se consigo mesmo, com nosso Self , o verdadeiro SER, e o caminho para a nossa felicidade. Mas por que então é tão difícil mudarmos isso? O medo de não sermos aceitos, de perdermos o amor das pessoas, ou o medo de conhecermos nosso “verdadeiro EU”. É preciso ter coragem para enfrentar nossos próprios “dragões interiores”, ultrapassar essa barreira que nós mesmos nos impomos, para chegarmos no alto da montanha onde se encontra o nosso Graal, o tesouro pessoal, a nossa essência como seres espirituais e assim conquistar a verdadeira liberdade em viver nossa ESPONTANEIDADE.
Deixar-se fluir, seguir o fluxo natural de nossas vidas, nossas tendências pessoais, o rio de nossas vidas corre livremente e assim espontaneamente seguimos seu curso no caminho da evolução.
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