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Esteja mais presente em sua própria vida

Atualizado dia 30/11/2013 15:49:03 em Espiritualidade
por Leandro José Severgnini


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Você já parou pra pensar no quanto a gente se preocupa à toa? No quanto desperdiçamos energia preocupando-nos com a vida de outrem em detrimento da nossa própria existência? É claro, sem que nos demos conta disso, a nossa mente irrompe em mil artifícios para prestarmos mais atenção fora de nós do que naquilo que realmente deveria nos interessar: nós mesmos! E, esta conclusão, podemos tomar de forma muito simples sem irmos muito longe. Mas se tomarmos como princípio a continuação da vida da consciência em dimensões não-físicas, veremos que o fato toma proporções que têm fugido do controle da humanidade ao longo das eras, e talvez as grandes responsáveis por isso tenham sido as religiões. Se voltarmos na história das religiões mais remotas desde a Antiga Grécia, vamos perceber que os cultos de adoração aos deuses eram sempre baseados no medo e na culpa. Algum sacerdote dizia que se um só indivíduo desagradasse a um dos deuses, toda a comunidade iria pagar por isso – algo semelhante ao que vemos hoje com a história de Adão e Eva. Ou seja, as religiões dependiam do medo e do sentimento de culpa de seus “fiéis”.

Mas infelizmente nada mudou. Em meio a esse enxame de cegos, havia Sócrates que dizia que deveríamos nos focar em nós mesmos e não fora. Até hoje a mensagem não foi entendida. Batizamos nossos filhos para livrá-los do pecado original; nos confessamos ao sacerdote para nos redimirmos de nossos erros; fazemos ofertas e sacrifícios aos santos para recebermos um milagre que na maioria das vezes não somos merecedores. Enfim, como é fácil chegar ao reino dos céus, não?

A grande questão, volto a salientar, é que tudo isso cumpre apenas o papel de tirar o foco de nossas próprias vidas, daquilo que precisamos mudar em nós para que a nossa vida pessoal mude. É muito mais fácil ficar imaginando o que deus espera de nós do que ouvirmos a nossa própria consciência. Perdão, mas eu não posso acreditar em um deus assim. Não que eu seja um ateu absoluto, de forma alguma, mas a minha ideia de deus transcende qualquer condição humana inferior, como por exemplo, a necessidade de ser agradado. E, creio, não conseguiremos transcender sem compreender que estamos aqui para aprender e evoluir, não pelo medo ou pela culpa, mas pelo entendimento de que a nossa felicidade, bem-aventurança e evolução só dependem de nós mesmos desvendando o infinito que você é.

O fato de eu não acreditar em um “deus pessoal, vingativo e punidor” não me exime das minhas obrigações éticas e morais, afinal, a lógica é que qualquer atitude deliberadamente negativa que eu praticar para prejudicar o outro, eu estarei prejudicando a mim mesmo. Isso é crença? Não, é a ciência através da física quântica provando aquilo que os orientais dizem há milênios: todos nós formamos uma unidade cósmica. Eu não acredito em pecados. Na minha opinião, o grande pecado é o de negligenciarmos a nossa condição divina, a nossa condição de fazermos da nossa vida o melhor possível. O tempo passa e nós continuamos sonhando com uma vida nova, sem fazermos nada além de esperar uma intervenção divina. Eu posso estar errado? Claro que sim, mas tudo o que eu faço de bom nesta vida eu o faço por ser a coisa certa a se fazer e não por medo de ser castigado.

Leandro Severgnini

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Conteúdo desenvolvido por: Leandro José Severgnini   
Palestrante espiritualista e escritor. Autor dos livros intitulados "Dias de Luta, Dias de Glória", "Liberdade - Nada Menos Que Tudo" e "Em busca do infinito".
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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