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Ester, a vítima

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Autor Wilson Francisco

Assunto Espiritualidade
Atualizado em 9/24/2018 2:42:48 PM


"Ester frequentava o Curso Clássico de excelente Colégio, onde se preparava para a Faculdade de Filosofia.
Às 21 horas e 30 minutos, o seu pai o sr. Coronel de Santamaria avisou que a filha seria trazida à sala imensa, preparada para o desfile pessoal da jovem, enquanto um grupo de violinistas, colocados em palco improvisado, dava início à recepção.
Vestindo delicado longo de tulle e mousseline franceses, esvoaçantes, como se fora uma fada mitológica saída de algum recanto paradisíaco, apareceu a debutante.
Os pais exultavam com essa felicidade que todos perseguem, enquanto na Terra.
Logo após, o genitor tomou a filha pelo braço e dançou a primeira valsa.
Ele evocava mentalmente a juventude, os sonhos, as ambições de militar honesto e dedicado, o primeiro amor, o matrimônio, a guerra de que participara — sim, a guerra, veio-lhe à memória, que procurou expulsar, — a realidade, a vida...
Ela, na primavera dos dias, sentia a vida estuar e sonhava que aquele instante se perpetuasse por todo o sempre.
Outros pares se juntaram e a festa tomou corpo entre júbilos e rios de cognac, licores finos, bebidas e acepipes vários.
Nesse instante, o sr. Coronel convidou a filha para tocar um solo ao piano, como  homenagem aos convidados.
— Bravos! — gritaram todos.
A jovem Ester sentou-se e, tomada pela tranquilidade da segurança pessoal, começou a dedilhar suave melodia de Brahms, delicada música de câmara, envolvente e enternecedora.
O teclado submisso fazia com que o poema dos sons cantasse festivo, dominando as atenções.
O casal de anfitriões não cabia de felicidade, de indizível júbilo. O semblante aberto, em sorriso tranquilo, parecia oferecer excesso de prazer.
Àquela hora, suave brisa vinha do mar, diminuindo o calor, até então desagradável.
De repente, tudo mudou.
Foi um impacto, qual um golpe inusitado, aplicado à face de todos.
Ester se perturbou momentaneamente, o corpo delicado pareceu vergar sob inesperado choque elétrico.
Ela se voltou, de pronto, e fixou os olhos muito abertos, quase além das órbitas, no genitor. Estava desfigurada: palidez marmórea cobria-lhe o semblante. Na testa maquilada e por todo o rosto, o suor começou a porejar abundante.
Ergueu-se, cambaleante, fez-se rígida. A aparência era de louca!
As pessoas, tomadas pela surpresa, ficaram sufocadas, inermes. A adolescente avançou na direção do pai aparvalhado, acercou-se dele, estrugindo-lhe na face ruidosa bofetada.
Ele se ergueu, congestionado, ao tempo em que a filha novamente o agrediu por segunda vez.
Armou-se tremendo escândalo. Algumas damas mais sensíveis puseram- se a gritar, e o senhor Coronel, revidou o golpe automaticamente, surpreendendo-se a si mesmo, ante gesto tão infeliz.
A menina, alucinada, pôs- se a gritar, sendo, à força, conduzida ao quarto.
Um médico presente prontificou-se atendê-la. Foram tomadas as primeiras providências e se lhe aplicou um sedativo injetável de quase nenhum efeito imediato.

Agitada, Ester blasfemava, atacando moralmente o genitor, com expressões lamentáveis. Os verbetes infamantes escorriam-lhe dos lábios, insultuosos, desconexos.
A presença do pai mais a exaltava, como se fora acometida de loucura total, na qual se evidenciava rancor acentuado, de longo curso, retido a custo por muito tempo e que espocava voluptuoso,
assustador.
A estranha agressão surpreendeu, transformando em tragédia os festivos júbilos da noite requintada".

No livro Grilhões Partidos, o autor Manoel Philomeno Miranda, descreve com detalhes esse episódio. Um processo obsessivo inusitado e impactante. Onde uma vingança é realizada com sucesso! São as surpresas da Vida, que convocam todos para meditações e inevitáveis buscas espirituais.

Ester, a filha, é vítima e inocente? E o pai contabilizou esse débito na guerra, relembrada?
Philomeno informa que no processo obsessivo comum há uma ação persistente do obsessor, que resulta no anestesiamento dos centros de discernimento do obsediado.
Observe-se que essa ação vai a pouco e pouco tirando da criatura a capacidade de escolher e decidir. Há uma mistura entre a "personalidade intrusa", o obsessor e a personalidade do obsediado.
Por outro lado, a história narrada mostra um ataque maligno, como se o algoz estivesse à procura da vítima para se vingar. E aproveita um momento de emoções e alegrias para atacar.

Nos casos mais simples, eu indico sempre que você busque com autoridade e amor "chamar" a Alma do obsediado. Tipo assim: EU QUERO FALAR COM VOCÊ, MEU FILHO, QUE EU AMO!
Essa atitude pode quebrar as algemas da obsessão e trazer o Ser Espiritual, seu filho, para o seu domínio, permitindo que ele tenha o controle sobre sua própria personalidade, restaurando o discernimento próprio.
Essa interferência encerra o processo obsessivo? É possível. Eu sigo Jesus, que diz: O AMOR COBRE MULTIDÃO DE PECADOS!
Se o êxito não for completo, você terá por um tempo, desfeito o controle, abrandando o assédio ou o seu efeito.
Kardec diz que o efeito de uma ação fluidica pode ser pleno e instantâneo ou exige a repetição do processo por várias vezes.

Ester, ao contrário, é dominada e acaba se imantando ao agressor através de uma sintonia psíquica profunda.
A "vítima", sempre conserva no íntimo as matrizes de culpa. Essas matrizes constituem verdadeiros plugs que possibilitam a sincronização perfeita.

A respeito destas matrizes, é interessante assinalar conforme nos orienta o autor do livro o seguinte:
“Quando o Espírito é encaminhado à reencarnação, traz, em forma de matrizes vigorosas no perispírito, o que necessita para a evolução.
A pessoa renasce com possibilidades de decidir que rumo vai escolher. Deus anistia você com o esquecimento do passado.
Se você dirigir seus passos para o Bem, desarticula os condicionamentos e restabelece a harmonia nos centros psicossomáticos,
Estes chakras, então, passam a gerar novas vibrações, que se fixam no corpo físico”.
Neste caso, a criatura está realizando um alinhamento, uma limpeza interna e saindo do processo de expiação. Desfaz matrizes predisponentes ao Mal..

Há que se destacar sempre que “O esforço de renovação interior recompõe as paisagens celulares”. E este recurso é inerente, pertence a todo Espírito, pois:

Fomos criados à imagem e semelhança de Deus e podemos fazer tudo que Jesus realizou e muito mais, disse o mestre Galileu.
Há casos em que a pessoa não consegue esta conquista e permanece com idéias fixas de remorso, de culpa ou de medo.
Ou “Os recursos energéticos trazidos para a reencarnação não foram renovados ou foram gastos em exageros.
Explodem as reservas, predispondo a criatura a doenças, crises e desequilíbrios”.

Além de não se transformar, a criatura ainda oferece para seus adversários ou a seres dedicados ao Mal, a possibilidade de atuarem em seu Universo psíquico, dominando-lhe a vontade e fazendo-a sofrer.
Há casos graves em que a ação é tão intensa e longa que produz dilacerações nos tecidos sutis do perispirito. Isso vai requerer do grupo de apoio ações mais amplas
Interessante observar no livro que "a nobreza e a coragem de uma enfermeira que auxiliava no tratamento do obsediado foi essencial para que os maus fluidos que obliteravam o discernimento do diretor da clínica pudessem ser desenovelados, ajudando-o a se livrar de um domínio que provocaria nele uma determinada decisão que iria prejudicar o doente".

Bezerra de Menezes, foi visto ao coordenar uma ação espiritual em favor de um obsedado:
“Seu tórax se transforma num Sol e são liberadas energias que produziam ‘choques’ nos Espíritos levianos, ‘despertando-os’ e ‘expulsando-os’ do recinto e modificando a paisagem fluídica”.
Um médium pode ter essa condicao especial? Sim! Você que está diante de um paciente pode:
1 - Mentalizar ao seu lado um Espírito de Luz;
2 - Pode ativar seu próprio chacka cardíaco transformando-o num Sol e irradiar sua luz própria, como fez o Médico dos Pobres.
3 - Recursos? Coragem, Compaixão, Vontade.

A recomendação do Evangelho segundo o Espiritismo para que a criatura se livre de um processo obsessivo é:
“Mediante o seu bom procedimento, tira-se do agressor, todo pretexto de represália”.

Ao grupo de apoio compete seguir na tarefa, pois deverá continuar atuando:
- junto do Espírito agente do processo;
- e da criatura atingida.

Diz Allan Kardec no Livro dos Médiuns:
O atendimento para um obsediado “é uma conversão a empreender”. E o êxito se dará a partir de um trabalho de paciência, compaixão e energia, sinalizando caminhos e sugerindo decisões para essa criatura.
Porque, a partir desses procedimentos, ambos, o paciente e o obsessor, estarão prontos para se redimir. E seguir uma nova jornada.

O que recomendar para o paciente após o processo?
Jesus diria: ORAI E VIGIAI PRA NÃO CAIR EM TENTAÇÃO!
 

Texto Revisado

 

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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Wilson Francisco   
Terapeuta Holístico. Desenvolve processo que faz a Leitura da Alma; Toque Quântico para dar qualidade à circulação e aos campos vibracionais; Purificação do Tronco Familiar e Cura de Antepassados para Resgatar, Atualizar e Realizar o Ser Divino que há em você. Agendar pelo WhatsApp 011 - 959224182 ou pelo email [email protected]
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