Estresse
Atualizado dia 1/23/2012 8:16:34 AM em Espiritualidadepor Paulo Salvio Antolini
Já falamos que nossas emoções são a corporificação de nossos sentimentos e que ocorrem através de descargas hormonais em nosso organismo. Dentre os hormônios que causam o estresse, há três que são muito fortes: a adrenalina, a noradrenalina e a cortisona. Estes causam um aumento da pressão sangüínea, com o objetivo de nos preparar para a ação. Em situações em que a pessoa convive bem, elas agem e pronto, sua energia é canalizada positivamente. Porém, quando são lançadas no organismo sem uma atuação específica por parte das pessoas, geram um estado de excitabilidade nervosa que as vai desgastando física e emocionalmente. Aqui, sim, provocam muitos problemas.
Importante saber que estes hormônios são eliminados basicamente pela urina, fezes e suor. Observem o cheiro do suor quando este ocorre por causa de situações de tensão e não de esforço físico ou calor. É praticamente insuportável. Eles demoram pra serem eliminados do organismo e em situações de exposição constante a estímulos estressantes, tornam-se cumulativos. A pessoa pode recompor-se racional e emocionalmente frente à situação estressante, mas não pode acelerar a eliminação dos hormônios. Então, passa por todos os mal-estares que isso pode lhe despertar. Querem um muito comum? A perda do sono após ter passado por forte situação de tensão, mesmo com tudo resolvido. Ao se deitar, uma inquietude que o impede de soltar-se e dormir tranqüilamente.
Se fisicamente o estresse causa grandes danos: pressão alta, enfarto, derrame, sem contar problemas estomacais como gastrite, úlcera e muitos outros, emocionalmente causa um dano igual ou maior que o primeiro. A pessoa sob tal estado vai se fechando para as situações que se lhe apresentam. Perde a condição de receptividade, torna-se reativa a toda e qualquer coisa que lhe pareça estranha ou não devida, perde seu senso crítico e seu ponto de equilíbrio para avaliar e julgar as situações.
Pronto. Estabeleceu-se a barreira da comunicação consigo mesmo e com o mundo em que vive. Sentindo-se vítima e perseguida por tudo e por todos, com nada dando certo ou saindo como se acha que deveria ser, a pessoa vai cada vez mais se sentindo "apertada", "espremida", "acuada". E a excitabilidade nervosa é cada vez maior. Vocês sabiam que o exagero na ingestão de bebidas, drogas de todos os tipos, inclusive medicamentosa, e mesmo alimentos, é porque quando no excesso, o organismo entra em funcionamento mais lento e diminui o ritmo fisiológico e mental, dando uma sensação de calma? Tudo o que vai ao extremo, precisa se recompor para nova investida e daí o uso de recursos que tentam promover uma aparente calma.
Até aqui tudo bem, mas como fazer para sair disso? Descrever, como o estou fazendo, é fácil. Difícil é a pessoa que se encontra nesse estado interromper o ciclo e iniciar o retorno ao seu ponto de equilíbrio. Por quê? Porque isso exige dela um esforço para que se rompa o círculo vicioso: "estou nervoso porque estou estressado ou estou estressado porque estou nervoso?". A convivência está afetada em todos os níveis, seja familiar, profissional ou mesmo social. A ajuda e a compreensão do outro para com esse seu estado já estão comprometidas pelos desencontros do relacionamento. É preciso começar por você mesmo (a). Respire fundo. Respire mesmo. Exercitar a respiração é um dos primeiro passos para começar a implantar nova vida dentro de si. Lembre-se de que você está pondo oxigênio para dentro - VIDA. Não resolvem ações isoladas como apenas medicamentos, apenas orar, apenas conversar sobre. É necessária uma ação integrada, onde se cuide do corpo e da mente.
Pare de achar que o mundo conspira contra você. É você mesmo que, sem perceber, entrou num processo onde está se ferindo e se maltratando. Se for preciso, busque ajuda. Não se envergonhe de querer cuidar de seu bem-estar. Continuaremos este assunto em outro momento.
Texto revisado
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