Eu sou Eu. O Outro é o Outro
Atualizado dia 25/01/2010 16:28:32 em Espiritualidadepor Adriana Aguiar Brotti
O famoso conselho socrático Conhece-te a ti mesmo nos revela o primeiro passo para conquistarmos e mantermos nossa auto-estima em equilíbrio. Somente o conhecimento sobre nós mesmos permite-nos saber quem somos e qual o sentido de nossas vidas.
Se formos questionados se gostamos de nós mesmos, a resposta virá imediatamente como um sim mas, considerando que a auto-estima representa o grau de amizade que cada um tem por si mesmo, concluimos que nem sempre somos nossos melhores amigos. Não somos nossos melhores amigos quando nos comparamos com alguém, quando nos deixamos envolver pela tristeza e pela insegurança, quando nos tornamos dependentes da aprovação do outro e quando deixamos para um amanhã incerto o que já estamos aptos a fazer.
Vale dizer que essas são apenas algumas das formas que encontramos para sabotarmos o nosso Eu Superior (que é a nossa essência divina, ou seja, é o amor, a alegria, a coragem e o espírito fraterno). E, portanto, quando nos sabotamos o que permanece em nós é o Eu Inferior (ou seja, a tristeza, o medo, a raiva).
Se traçarmos como objetivo conhecermos e exteriorizarmos a plenitude de nosso ser, será necessário:
- abandonarmos todas as nossas máscaras (comportamentos que adotamos somente para agradar o outro);
- nos interessarmos mais sobre o nosso mundo interior;
- respondermos às seguintes indagações: o que nos faz bem? o que fazemos de melhor? o que admiramos ? O que pensamos sobre nós mesmos?;
- adotarmos pensamentos prósperos para todas as áreas de nossas vidas.
À medida em que passamos a nos conhecer mais, reconhecemos nossas virtudes, nossas habilidades e aceitamos nossas fraquezas. Quando isso acontece, surgem as oportunidades de mudanças de padrão (pensamentos e crenças) e assumimos a nossa individualidade, o que não se mostra uma tarefa fácil.
Na verdade, todos nós temos uma noção de individualidade fragilizada porque acreditamos que interferir na vida do outro ou receber interferências em nossas vidas seja uma demonstração de amor, proteção e responsabilidade. É assim que, muitas vezes, impomos ao outro aquilo que não tivemos coragem de conquistar ou deixamos de atender a um pedido de nossa alma para não desapontarmos o outro.
Assumir a nossa individualidade implica em nos submetermos a um processo de autoconhecimento, de auto-aceitação e de autoperdão. Aqui a submissão merece ser entendida como um ato heróico pois percorrendo todos esses caminhos, será impossível não admirarmos a nossa própria existência.
Perguntando a nós mesmos: Quem sou eu? A resposta deverá ser: Eu sou Eu. Eu sou especial. O outro é o outro. Nas entrelinhas dessa resposta devemos ler a “divina individualidade de cada ser humano” conscientes de que todos nós somos perfeitos e temos o direito de sermos felizes.
Vamos dar adeus ao nosso passado de inseguranças, medos e falta de amor por nós mesmos. Iniciemos um novo ciclo em nossas vidas. Busquemos nosso Eu Superior, mantendo-nos sempre em sintonia com a Lei do Amor e do Merecimento. Busquemos os aplausos de Deus.
Texto revisado
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advogada, mediadora e pós-graduanda em Terapia Familiar E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |