EXPECTATIVA - Energia que Bloqueia
Atualizado dia 12/1/2011 8:02:51 AM em Espiritualidadepor Sissi Semprini
Dentre todas as expectativas que criamos em nossas relações, a que mais nos aflige é aquela em relação aos nossos familiares, principalmente aos pais.
Dentro da Terapia Sistêmica Fenomenológica criada por Bert Hellinger, podemos observar que um grande remédio para nossas dores existenciais é o aprendizado e a prática de dizer SIM. Dizer sim às nossas origens sejam elas quais forem, dizer sim aos nossos pais sejam eles como forem.
Dizer SIM é aceitar sem ressalvas a vida que recebemos dos pais que temos e de toda a nossa ancestralidade por trás deles. Dizer SIM é conseguir perceber que nossos pais não correspondem ao nosso modelo interno de como deveriam ser, ou como gostaríamos que fossem, mas que eles, assim como todos nós são pessoas humanas que sentem e olham a vida com o seu sentir e o seu olhar.
Cada um de nós olha e sente a vida de uma forma peculiar. Sentimos a vida acontecer à nossa maneira, dentro e fora de nós.
E essa expectativa primeira temos em relação a eles, e esse modelo transferimos para todas as nossas relações. E sequer tomamos consciência que também frustramos as expectativas de muitas pessoas ao nosso redor, inclusive de nossos pais.
Se os meus pais não correspondem às minhas expectativas em relação a eles, quanto eu correspondo à expectativa deles em relação a mim?
Estar em expectativa é criar o falso, o ineficaz, é perder a capacidade de tentar ver com os olhos do outro, de entender que sentimos diferentemente, e de que somos todos peregrinos em jornada.
Criar expectativas é viver frustrado na esperança de que o outro me perceba como eu quero ser percebida, sendo que na grande maioria das vezes eu não me expresso dando indicativos e muito menos verbalizo, e é aí, que o diálogo é a grande cura de muitas relações. Criamos expectativas de que o outro adivinhe como eu quero ser vista e sentida, como eu quero ser tratada, e eu me recolho nesse sentimento sem perceber que ele ou ela estão a espera de que eu faça o mesmo.
A partir daí, começamos a nos desconhecer, e a leveza da vida e a possibilidade de conviver vão dando lugar ao vazio, à solidão, à angústia e à desistência da beleza da vida. Eu quero que o outro me enxergue, mas eu não me vejo mais, e descarrego nele a responsabilidade de meus infortúnios.
Essas expectativas nos afastam do contato com o eu profundo e verdadeiro e, em alguns casos, vamos buscar movimentos que criam sofrimento aqueles dos quais esperamos muito na tentativa ineficaz de ser percebido e, muitas vezes, essas escolhas pioram tudo, porque a frustração só aumenta. Vemos isso muito intensamente quando há a fuga pelas drogas, ou a queda em depressão, ou a angústia existencial.
É quando o olhar se perde no vazio da expectativa de que as pessoas com as quais convivemos se moldem ao que esperamos e queremos delas, sem o movimento eficaz e curativo de olhar para dentro e dizer SIM.
SIM à vida, SIM à nossa família, SIM a nossos amigos e SIM a nós mesmos e, então, deixar a vida fluir no ritmo inquestionável do que podemos e do que não podemos intervir. Mas tendo sempre a possibilidade de administrar todas as nossas relações com sabedoria e discernimento.
Texto revisado
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Facilitadora Constelações Sistemicas - TSFI - Terapia Floral, Mesa Radionica-Radiesteisa, Cone Hindu, Cura Pranica. Escritora. Palestrante. msn:[email protected], e.mail: [email protected], skipe sissigraal, ou fone 19 92837256. site:www.sissisemprini.com E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |
