EXU, ENGANOS NO ENTENDIMENTO DESSE ORIXÁ
Atualizado dia 16/09/2008 00:42:37 em Espiritualidadepor Maria Goret Xavier
Dessa forma, a religião oriunda dessa terra veio impregnada de "pré-conceitos" e, ao longo dos anos, vem ainda sendo encarada como algo inferior. Dentro dessa interpretação o Orixá Exu foi o que mais sofreu deturpações, pois ao sofrer a interferência do sincretismo, ficou comparado ao Diabo, ao coisa ruim. Por ser uma religião pagã, o Candomblé não concebe a noção de Bem e Mal tal qual a Igreja Católica professa. Portanto só existe a vida e suas várias formas de manifestação.
Olorun é o Deus supremo e não existe um opositor a ele. Existe, sim, um conjunto de divindades (os Orixás, os Irunmales, os Eboras) que O auxiliam a governar o Ayié (A Terra). Exu é um desses orixás.
Exu é o orixá mais perto dos seres humanos. Ele contém vários defeitos "humanos" apresentados em seus arquétipo. Ele é também senhor da ordem e dos caminhos. Os seres humanos possuem esse livre arbítrio, o de comandar seus próprios caminhos.
Exu foi a primeira forma dotada de existência individual. Não se sabe ao certo sua região de origem na África, pois em todos os lugares se presta culto a Exu. Sabe-se, no entanto, que chegou a ser rei de Kêtu. Exu renasceu várias vezes e sua história revela que ele pode ser filho de Orunmila, Oxum, Ifa, etc. Muitos religiosos confundem Exú Orixá com as entidades que vem trabalhar nas giras de povo de rua (Tranca Rua, Veludo, Caveira, Maria Padilha, Mulambo, etc) como eram chamados pelos mais antigos, que são as entidades que incorporam para prestar caridade.
Exu, de acordo com várias lendas é a primeira matéria do Universo que possui consciência. Possui uma individualidade. Representa o Eu diferenciado.
"Olórum representa o princípio da existência genérica; Èsù é o princípio da existência diferenciada. Assim foi criado Exú por Olódumarè, complexo e o grande arcano do culto Eró (segredo), guardado a sete chaves até hoje." (J. ELBEIN DOS SANTOS ): "Fora esse complexo papel de Exu acima citado, ele exerce as funções de mensageiro entre o Orun e o Ayiè (Ojisé), a boca que tudo fala (Exu enugbarijo); ele é o carregador de Ebós (Elebó), guardião do sitema divinatório de Ifá (Agbo); é o Senhor dos caminhos (Onã), Senhor do fogo (Iná); faz as coisas darem certo, estabelece a ordem (Odara), Exu que cuida do seu corpo (Bara), etc."(
Segundo J.Elbein dos Santos : "Fora esse complexo papel de Exu acima citado, ele exerce as funções de mensageiro entre o Orun e o Ayiè (Ojisé), a boca que tudo fala (Exu enugbarijo); ele é o carregador de Ebós (Elebó), guardião do sitema divinatório de Ifá (Agbo); é o Senhor dos caminhos (Onã), Senhor do fogo (Iná); faz as coisas darem certo, estabelece a ordem (Odara), Exu que cuida do seu corpo (Bara), etc."(J. Elbein Dos Santos) Como se pode perceber, o conceito desse Orixá é complexo e cheio de mistérios.Há muitos mal entendidos a acerca de seu arquétipo. Faz-se necessária uma investigação mais profunda sobre esse arquétipo e uma desvinculação dele com a figura do diabo. Apesar de seu lado irascível, brincalhão, vingativo, ele exerce funções importantes e significativas no complexo mundo arquetípico e mítico, funções essas que enriquecem o cabedal de conhecimento sobre o Ser Humano.
Maria Goret Xavier
Psicóloga
Estudiosa do Candomblé
Texto revisado por Cris
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Conteúdo desenvolvido por: Maria Goret Xavier Psicóloga Psicóloga Clínica Pós- graduanda em Psicossomática. Pós-graduada em Psicopedagogia. Cursos de Especialização em Programação Neurolingüística, Gestalt-terapia, Bioenergética. Taróloga, Runóloga, Radiestesista; Trabalho com a Mesa radiônica; Mestra de Reiki E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |