Fazer o bem, sem olhar a quem
Atualizado dia 27/11/2014 13:43:40 em Espiritualidadepor Gesiel Albuquerque
A caridade tem sido preconizada por muitas religiões como uma possibilidade de reencontro do indivíduo com a sua porção solidária e misericordiosa. Alguns dizem que fora da caridade não há salvação. São Francisco de Assis praticou a caridade a fim de cumprir o seu mote de vida; e até brigou com o pai para insistir nesta missão.
A questão atual sobre o tema é que as pessoas têm sido tão individualistas que até se esqueceram de agir com caridade perante o próximo, e em relação ao cotidiano. O egoísmo tem se tornado tão forte que a competição, entre aqueles que acham necessário destruir o outro, inibe os sentimentos nobres, e faz o sujeito agir como robô, desinteressado em fazer o bem.
Fazer o bem não significa se rebaixar para ajudar o próximo e nem ser humilhado para “ficar bem aos olhos de Deus”. Significa agir com o seu próximo da mesma forma que você gostaria que os outros agissem com você. Ninguém gosta de ser humilhado ou maltratado. Entretanto, muita gente maltrata e humilha. Uns, intencionalmente, e outros por pura burrice mesmo.
Num sentido mais amplo, fazer o bem representa fazer a caridade. E caridade é uma intenção nobre do sujeito em relação aos fatos e às pessoas que o cercam. Ser caridoso não significa ignorar os erros ou os riscos que o outro representam para nós ou para o mundo. Ao contrário, significa ajudar a quem precisa, dentro das nossas condições e limites, mas saber que isso não anula os erros ou os equívocos cometidos por quem nos dispusemos a ajudar.
Dessa forma, é preciso fazer o bem sem olhar a quem. Ou seja, fazer a nossa parte no conjunto dos nossos deveres. Se podemos ajudar alguém, então devemos fazê-lo sem protecionismos, sem autopromoção, sem intenções escusas, e buscando realizar aquilo que nos é possível, sem alardes. Aos olhos do Criador, já teremos feito a nossa parte, pois ele sabe que a ninguém é dado fazer aquilo que não lhe compete ou não lhe é possível. A estórias a seguir ilustram bem o que quero transmitir:
O ÓBOLO DA VIÚVA: “Jesus observou a maneira como as pessoas doavam seu dinheiro: os ricos doavam grandes quantias e faziam questão de serem notados. Após observar, ele mostrou aos discípulos que os que ofertavam muito, significavam menos que a viúva, que doava apenas uma moeda”.
MATEUS 6:2 a 4: "Por essa razão, quando deres um donativo, não toques trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas, nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Com toda a certeza vos afirmo que eles já receberam o seu galardão. Para que a tua obra de caridade fique em secreto: e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará. A oração modelo".
Os extratos acima possibilitam a análise do que temos feito para servirmos melhor ao ambiente no qual vivemos. Permitem-nos refletir, também, sobre a nossa prática em relação ao nosso semelhante e a forma como recebemos o auxílio externo. Com base nestas reflexões, espero que analisemos as nossas atitudes ao praticar o bem, pois se ele não for bem praticado, não surtirá efeito algum como crédito divino às nossas expriências.
Meu blog: link
Texto revisado
Pesquisador nas áreas ligadas à energia espiritual, emoções, religiões, psicologia quântica e essência da alma. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |