GERAÇÃO CANGURU
Atualizado dia 16/08/2010 21:38:33 em Espiritualidadepor fatima bittencourt
Isso se dá por vários fatores desde a libertação da mulher até o uso da tecnologia numa sociedade que se tornou globalizada. Numa mesma década, ouvimos desde a orientação em criar os filhos para o mundo, como também protegê-los de um mundo injusto, competitivo e violento.
Dados de uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2008, apontam que cerca de 8 milhões de pessoas entre 25 e 40 anos residiam na casa dos pais. Na década de 70, isso era impensável. Hoje, a idade média do primeiro casamento (época em que geralmente os filhos deixam a casa dos pais), é de 26 anos, quatro anos mais do que há três décadas. Surge aí a “geração canguru”.
Uma vantagem dos integrantes da Geração Canguru é que eles estão ficando um tempo maior na casa do pais, mas, com a economia que fazem, investem nos estudos. Essa é uma Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED)do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socio-econômicos (Dieese).
Essa nova organização passou a existir de forma natural a partir do momento em que os sonhos, os objetivos de independência tradicionais dos jovens - autonomia financeira, casa própria, casamento, filhos deixaram de ter o mesmo peso de antes. Os filhos estão casando mais tarde e a maternidade adiada em quase 10 anos.
Em tempos de liberdade total, não faz mais sentido ter que se mudar para conquistar espaço e privacidade. Mas os jovens que permanecem na casa dos pais não podem se acomodar, e nem o pai ou a mãe devem passar a mão na cabeça deles. Não é interessante para nenhum dos dois lados. Eles devem traçar metas, contribuir em casa. O filho não pode se sentir dono do espaço, como geralmente acontece com quem tem mais de 30 anos e ainda mora com os genitores.
Aprender a gerenciar a vida é possível, isso inclui em preservar a individualidade necessária a cada um para não cobrar dos filhos e de ninguém a responsabilidade do bem estar que merecemos ter na vida.Por isso temos que preservar a transmissão de valores humanos podem ser uma das maiores manifestações de amor possíveis.
O perigo é somente a acomodação dos “cangurus”, considerando-se que muitos deles acabam sabotando tanto a vida afetiva como a profissional. Neste caso, já caem na chamada síndrome de Peter Pan - aqueles que têm medo de crescer por não se sentirem preparados para a vida e para a construção de suas futuras famílias.
O melhor mesmo é os pais investirem desde a infância em definirem valores que se perpetuam na vida como amor, respeito, responsabilidade consigo e com o outro, paciência, compaixão e quilíbrio entre outros.
Se esses valores são respeitados todos são beneficiados e formas harmônicas de convivência com bom senso surgirão.
Texto revisado
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Psicóloga há mais de 25 anos, Fundadora do Grupo Sanare, Casa Azul e Solar dos Budas. Sua base teórica e vivencial reúne a filosofia oriental, neurociência e psicologia integrada. Oferece consultoria e atendimento psicoterápico clínico. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |