Hércules contra a Hidra - A força da humildade
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Autor Paulo Tavares de Souza
Assunto EspiritualidadeAtualizado em 25/03/2016 09:03:13
Um dos trabalhos de Hércules (Herácles na Mitologia Grega) foi enfrentar a Hidra de Lerna.
Conta o mito que na cidade de Argos havia um pântano fétido conhecido como Lerna onde uma terrível hidra da nove cabeças aterrorizava o local. Uma das cabeças era imortal e todas as vezes que se cortasse qualquer uma delas, duas nasceriam no lugar.
O semideus Hércules recebeu a tarefa de destruir o monstro e levou, como única arma, um conselho de seu mestre: "Nós nos elevamos nos rebaixando".
Diante do monstro teve início o embate. Hércules, seguindo seus instintos, partiu para luta desferindo golpes e mais golpes de clava e percebeu, rapidamente, que era inútil, pois a cada cabeça destruída, duas nasciam no mesmo lugar. A hidra crescia em tamanho e força, demonstrando-se poderosa e indestrutível. Hércules, depois de insistir estupidamente na estratégia guerreira de combater insistentemente o monstro, começou a perder forças e, aos poucos, desfaleceu-se.
Ajoelhado embaixo do monstro, em pleno pântano, lembrou-se do conselho de seu mestre e resolveu tentar levantá-lo. Fora do pântano que nutria as suas forças e recebendo uma lufada de um ar mais puro, o monstro começou a ficar fraco e diminuir o tamanho. Hércules, então, começou a cauterizar as cabeças cortadas com um tocha e o monstro foi, finalmente, vencido.
Esse é um resumo rápido de um mito que reúne grandes ensinamentos ocultos, pois cada trabalho de Hércules faz referência às nossas lutas internas, às conquistas que serão necessárias para que possamos transcender a nossa natureza animal e sair da escravidão dessa realidade corpo-mente.
A hidra representa o nosso ego cheio de imperfeições onde cada cabeça simboliza um vício. Todas as vezes que lutamos contra aquilo que estruturou-se de forma negativa em nosso ser e passou a fazer parte do nosso caráter, sem perceber, estamos fortalecendo esse inimigo, pois estamos dando vida e combustível para aquilo que precisa ser ignorado. Viver atrás de trincheiras em luta contra nós mesmos é uma estratégia equivocada, pois não percebemos que apenas estamos dando cada vez mais importância e significado para aquilo que precisa ser enfraquecido.
Esse é o significado das cabeças que se multiplicam. Hércules só conseguiu vencer o monstro quando, desanimado, pôs-se de joelhos e ficou por baixo. O ato de ajoelhar-se representa uma atitude de humildade, significa rendição, entrega, aceitação e, portanto, uma mudança de postura. Percebeu que fora do pântano o monstro perdia as suas forças e assim pode vencê-lo. A pântano que nutre os nossos vícios e inclinações negativas é o próprio mundo e, portanto, será necessário sair dele, ou seja, deixar de envolver-se tão intensamente com essa realidade.
O ato de ajoelhar-se nos tornará extremamente poderosos, pois não existe um poder maior do que a humildade, apenas deixando de lutar inutilmente, rendendo-se aos imperativos universais que nos conduzem é que iremos nos desidentificar de nossa postura guerreira. Enquanto insistirmos no embate estaremos fortalecendo e promovendo o inimigo. Através de reforços constantes estaremos carregando de importância e significado tudo aquilo que existe em nós que precisaria ser tratado como ilusório.
Só a humildade poderá nos tirar desse campo de batalhas da existência, e apenas quando deixarmos de lutar é que a nossa vida poderá alcançar uma sintonia maior com a natureza.
Lembremo-nos do Nazareno: "Digo, porém, a vós que me ouvis: Amai os vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam, bendizei aos que vos maldizem, orai pelos que vos insultam. Ao que te bate numa face, oferece-lhe também a outra; e ao que te tira a capa, não lhe negues a túnica. Dá a todo o que te pede; e ao que tira o que é teu, não lho reclames. Assim como quereis que vos façam os homens, assim fazei vós também a eles.» (Lucas 6:27-31)
Vejam que em momento algum Jesus nos insitou a lutarmos ou reagirmos contra os nossos pretensos inimigos, pelo contrario, pediu apenas para fluirmos com a vida e confiarmos no Universo, deixarmos a o terreno de lutas da existência, simplesmente, pelo caminho da renúncia.
Isso é humildade!
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