Inimigos: modos de usar
Atualizado dia 7/22/2010 4:11:00 PM em Espiritualidadepor Marina Gold
Em diferentes circunstâncias da vida, acabamos por encontrar alguma pessoa com quem não conseguimos nos relacionar de forma positiva, desde o primeiro contato.
Em geral, esse inimigo é alguém que pode, por laços familiares, profissionais, ou mesmo de convivência social, nos prejudicar, nos diminuir ou nos causar aflição.
Os inimigos fazem parte da vida, assim como os amigos - que, felizmente, sempre nos auxiliam nas dificuldades, acolhedores e gentis. São coisas normais, dentro das expectativas da vida.
Mas, há inimizades que escapam dos parâmetros esperados: não nasceram e não podem ser explicadas pelas relações cotidianas. Tal ódio, de natureza mútua, não pode ter sido adquirido apenas na vida atual. Só se explica se pensarmos num passado mais abrangente, em uma ou inúmeras vidas que antecederam a esta, porque não se encontra outra explicação plausível, embora se possa perceber a outra face da moeda: em vez de ódio, às vezes, uma pessoa é tomada por um amor intenso, também inexplicável, profundo, que só pode ser compreendido se acreditarmos na possibilidade de outras vidas antes dessa existência.
Uma inimizade forte, condensada em lances de perseguição e injustiça, sem razão aparente, pode ser a grande testemunha de uma vida passada, porque o ódio é radical - e não opera aos poucos como o amor. Ele é contundente e de difícil superação.
Apenas uma vantagem pode vir da inimizade: nos aponta, com vigor, a vida passada. Nos confirma as múltiplas facetas da vida terrena, muitas delas vindas de circunstâncias que a nossa mente não consegue lembrar. A maior verdade é que não devemos odiar os inimigos, pois o ódio se espelha e retorna para nós.
Texto revisado
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