Insensibilidade
Atualizado dia 14/03/2013 11:58:39 em Espiritualidadepor Teresa Cristina Pascotto
Antes, tínhamos uma hipersensibilidade a qualquer dor, sofríamos por nós e pelos outros, envolvíamo-nos demasiadamente em nossas questões emocionais mais dolorosas. Agora, com a capacidade de compreendermos a vida e aceitarmos mais as condições que ela nos traz, não nos sensibilizamos tanto com os eventos dolorosos, sentimos algo totalmente diferente de tudo o que sentíamos antes, uma sensação de indiferença, e isso é bom, porém, o ego acha isso estranho demais, e pensa que há algo “errado” acontecendo conosco, que estamos muito frios, pois acha que temos que sentir dor, desespero e sofrimento.
Se nos distanciarmos da mente e elevarmos a nossa consciência, perceberemos nitidamente que essa insensibilidade está acontecendo somente no plano da mente e isto é extremamente necessário e saudável, pois nunca sentimos nada de verdade, tudo o que acreditávamos sentir antigamente, nada mais era do que impulsos instintivos e forças emocionais desequilibradas, controlados pelo ego.
Quando deixamos de ser tão passionais, emotivos e impulsivos, não nos reconhecemos nessa nova condição e tudo fica muito estranho dentro de nós.
Afirmo que está tudo perfeitamente certo, que isto é o melhor que pode nos acontecer. Este esvaziamento de impulsos mais primitivos é tudo o que precisamos para começarmos um processo de desintoxicação e descontaminação das energias negativas das forças emocionais desequilibradas. Este processo nos leva de verdade a um esvaziamento e experimentamos a sensação de insensibilidade profunda. Ficamos até meio apáticos e desanimados, vazios mesmo.
Enquanto houver em nós toxinas das energias emocionais mais viscerais, ainda estaremos muito suscetíveis ao retorno ao velho padrão, por isso, é necessário que aceitemos a apatia, usando-a como um recurso para não cairmos nas “ciladas emocionais” que o ego irá preparar para nos capturar de volta ao estado anterior, onde ele tem mais poder sobre nós; quanto mais passionais e impulsivos somos, mais o ego nos domina. A apatia nos deixa sem “vontades” e isto é bom, pois se continuarmos a ter as velhas vontades, que eram somente os desejos do ego, continuaremos a sofrer em busca da realização dessas vontades, que nunca se realizam de verdade. Quando abandonamos as vontades do ego, ficamos vazios, passamos quase que literalmente a não querermos mais nada da vida, novamente aqui, instala-se a vontade de desistir de tudo.
Se todos os nossos movimentos na vida eram impulsionados pelas vontades do ego e se nossa vida se tornou insatisfatória e frustrante, o passo fundamental para termos uma vida mais satisfatória, é abandonarmos os desejos do ego. Só que como isso nos leva ao vazio e à apatia, ficamos inquietos, resistindo ao fluxo natural desse processo.
Perder as velhas vontades do ego, com aceitação, leva-nos ao SENTIR verdadeiro. Isto nada tem a ver com o sentir do ego, este é o sentir da alma. Como tudo isso é novo, quando começamos a ter sentimentos mais “saudáveis”, isso nos parece vago demais, pois não tem a intensidade do ego. Este novo sentir nos levará a experimentarmos os desejos da alma, os sentimentos da alma, o amor incondicional que tanto buscamos.
Então, se queremos sentir verdadeiramente, se queremos viver de forma mais saudável, precisaremos passar por essa fase estranha de esvaziamento, apatia, desânimo, indiferença e insensibilidade. Devemos deixar ir tudo aquilo que não tem mais função em nossa vida; o apego ao “sentir do ego”, como forma de nos sentirmos (falsamente) vivos, só nos leva ao tormento.
O sentir do “novo ser humano” será forte e poderoso, porém, sutil e suave. Não sentiremos mais essas forças emocionais desequilibradas. Mas antes disso acontecer, precisaremos passar por várias etapas de esvaziamento de impulsos emocionais, a cada fase de liberação mais profunda dos sentimentos e emoções aprisionados, se seguirá uma fase de prostração, desesperança, desânimo e apatia, provenientes do processo natural de desintoxicação das energias atreladas aos conteúdos liberados. Só que cada vez que vencemos uma etapa e alcançamos um novo nível de consciência, tornamo-nos mais fortes e mais equilibrados, o que nos coloca muito mais prontos e sábios para as próximas etapas de liberação de cargas emocionais.
A vida é um processo, não adianta querermos encontrar um jeito mágico de nos livrarmos de todas as questões, dores e condições de nossa vida. Dentro do processo de vida, na busca pela autotransformação, passaremos por várias etapas que serão muito parecidas com as etapas anteriores, o que nos dá a sensação de estarmos estagnados, trabalhando sempre as “mesmas coisas”. Quando há um verdadeiro empenho no processo de despertar de consciência, chega um momento em que finalmente compreendemos e aceitamos o processo e isso nos leva a viver cada etapa com a consciência de que é uma NOVA etapa, mas com condições e questões aparentemente muito iguais às anteriores. Em cada etapa, trabalhamos um novo nível de consciência, nunca estamos “girando em círculos”, mas sim, “espiralando” no processo de ascensão.
Texto revisado
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Atuo a partir de meus dons naturais, sou sensitiva, possuo uma capacidade de percepção extrassensorial transcendente. Desenvolvi a Terapia Transcendente, que objetiva conduzir à Cura Real. Atuo em níveis profundos do inconsciente e nas realidades paralelas em inúmeras dimensôes. Acesso as multidimensionalidades Estelares. Trago Verdades Sagradas. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |