Intuição. Razão. Supertição
Atualizado dia 31/01/2011 09:27:01 em Espiritualidadepor Marcos Spagnuolo Souza
A intuição é caracterizada pelo fluxo de conceitos originários de níveis superiores que são captados pelo "eu" ampliando seu nível de conscientização. A intuição somente é possível quando o "eu" elabora exaustivamente determinados conceitos chegando aos seus limites. Os limites estabelecidos pelos conceitos fixam fronteiras com o desconhecido e quando o "eu" se esforça exaustivamente para romper seus limites conceituais o desconhecido se abre permitindo seu desvelamento em relação ao ponto de aglutinação existente na fronteira. A intuição é acompanhada pelo estado de êxtase, ou seja, alegria interior, encanto, júbilo e não podemos deixar de ressaltar que o progresso pessoal e da humanidade possui sua origem nas revelações ou intuições. Inúmeros metafísicos, isolados em seus espaços, vivenciam constantemente o êxtase intuitivo que é uma graça divina.
As nossas idéias são racionais quando observamos o nosso entorno, seja ele no nível microcosmo, meso ou macrocosmo e elaboramos conclusões harmônicas com nossas experiências vivenciais. O melhor exemplo é o ato de possuirmos a idéia que Deus existe, pois, as nossas experiências indicam que nada surge do nada, ou que, o existente não é produto do acaso. Uma árvore não apareceu subitamente do nada ou não se tornou visível devido à junção de coisas desconexas, sendo que a árvore possui sua causa originária em uma semente e esta semente, sabemos, surgiu devido a leis naturais. Deduzimos que os princípios que regem a natureza procedem de uma inteligência que extrapola todas as nossas percepções. O acreditar em uma inteligência metafísica geradora das leis naturais é um ato racional, pois, estamos presenciando empiricamente que nada possui existência sem um criador e a lógica nos indica que se o ser humano é um criador das coisas que satisfaçam suas necessidades, logo, existe um criador da natureza que denominamos Deus. A razão nos mostra com evidência que nada existe sem um criador.
A superstição é fundada naquilo que pensamos que é verdade, mas que não é; acreditamos no falso levando-nos adotar práticas inúteis como se fossem práticas indispensáveis. O melhor exemplo da superstição é pensar que o ato de ir à igreja ou participar do culto nos aproxima de Deus. Pensar que na hóstia está presente o corpo de Cristo ou quando pensamos que relíquias, doações, flagelações e orações representam coisas verdadeiras.
Conclui o velho ancião que o maior perigo para os seres humanos é vivenciarem ações ou pensamentos alicerçados nas superstições e entre elas acreditar que podemos ter uma filosofia de vida sem os reflexos dos nossos corpos, ou seja, falamos que seguimos os ensinamentos de Cristo, mas não adotamos as atitudes indicadas por ele quando salienta para cada pessoa não acumular tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntar tesouros no céu, porque onde está o sentido de tesouro, ai está também o coração do ser humano. O velho ancião olhando no fundo dos meus olhos salientou que o cristão é aquele que não acumula tesouros na Terra.
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