Isso é amor ou é doença?

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Autor Flávia Sant Anna

Assunto Espiritualidade
Atualizado em 30/10/2012 20:04:28


Recentemente escrevi um texto falando sobre a importância do desapego em todas as áreas, inclusive nos relacionamentos. Recebi depois um email de uma leitora dizendo o seguinte:

"Porque você não entende nada de amor! Você não está apaixonado! Na vida e na guerra o tempo conta, as estratégias são necessárias muitas vezes pra não perder quem você ama ou para mostrar aquele ser amado que você existe  e que o ama. Aí sim a decisão é dele!"

Alguns confundem o sentimento de necessidade de ter que ter aquela determinada pessoa, com amor. Tem pouco a ver com amor pelo outro, e sim com a nossa própria insegurança e problemas de auto-estima. Ao invés de curarmos nossas feridas emocionais, pensamos que precisamos encontrar alguém que nos traga segurança e conforto para acabar com a nossa infelicidade. O outro se torna a fonte que irá nos preencher. É uma receita certa para sofrimento.

Quando conseguimos um relacionamento dessa forma, por um tempo podemos nos sentir bem, normalmente, logo nas primeiras semanas ou meses da relação. Mas logo virá a insegurança, pois teremos sempre um medo inconsciente latente de perder aquela pessoa.

Na verdade, temos medo de perder a sensação de paz e segurança que o relacionamento nos traz. Essa sensação de segurança não é verdadeira, é algo apenas superficial, pois nossos problemas de insegurança mais profundos não foram curados, ficaram apenas temporariamente encobertos com o relacionamento. A nossa paz está nas mãos de outra pessoa.

Esse medo de perder leva a dependência e alguns chegam ao desespero. Criamos jogos de manipulação e chantagem, no intuito de ter a outra pessoa de qualquer forma, pois é nela que projetamos a nossa felicidade. Pessoas que agem dessa maneira estão sempre tensas de alguma forma. Normalmente são pessoas ciumentas. Tendem a ser rejeitadas nos relacionamentos. Elas se tornam muito desinteressantes. Quanto mais projetamos necessidade e insegurança, mais o nosso valor diminui perante os olhos das outras pessoas. Essa forma de se comportar é causada pela falta de amor próprio.

 Pessoas mais seguras são as que nos parecem as mais interessantes. É algo natural se sentir atraído por pessoas que passam nas suas atitudes uma boa auto-estima. Elas não precisam fazer esforço para atrair um bom relacionamento; as coisas simplesmente acontecem. Parece sorte, coincidência, mas não tem nada disso.

Gostamos mais das pessoas que gostam de si mesmas. Quanto melhor a nossa auto-estima, mais conseguimos nos valorizar, nos impor, colocar limites e dizer não quando necessário. Nos fazemos respeitar  e assim os outros acabam também nos respeitando e valorizando. A qualidade dos nossos relacionamentos é sempre um reflexo direto da qualidade da nossa auto-estima. É tudo muito simples e lógico.

Liberando os sentimentos negativos que guardamos, ficamos mais livres e desapegados. E assim aquela "paixão", aquilo que parecia amor, se enfraquece. E nosso foco se volta para nós mesmo. Passamos a ser a pessoa mais importante da nossa vida. É como se voltássemos para casa. Quando estamos tentando controlar o relacionamento através do controle do outro, estamos viajando mentalmente tentando adentrar e manipular a mente alheia. E assim não fica ninguém em "casa", ou seja, em nós mesmos. É sempre doloroso agir assim.

Se sentir como a pessoa mais importante da nossa vida pode soar para alguns como egoísmo. Mas se trata de amor próprio. E esse é, na realidade, o único amor verdadeiro. Nesse estado conseguimos nos relacionar muito melhor com os outros, sem a necessidade de controlar. Ficamos na verdade muito mais generosos quando perdemos o medo. Tratamos bem os outros, mas não nos deixamos cair em jogos de manipulação nem perdemos nossas vontades. Relacionamento egoísta é aquele em que usamos artifícios para fazer com que pessoas fiquem ao nosso redor. E muitos acham que isso é sinal de amor.

Atendendo uma cliente que já morou fora do Brasil, ela contou que um ex-namorado ligou pra ela perguntando se poderia viajar para visitá-la. Ela falou que não, que não tinha mais nada a ver, mas ele insistiu e foi mesmo assim. Ela tinha noção de que esse não era um comportamento saudável. Mas, em algum nível, na percepção da minha cliente, parecia que ele agia dessa forma por gostar ainda muito dela. Na verdade, ele agia assim por não gostar de si mesmo, devido a vários sentimentos que acumulou durante a vida. Mas ele também não conseguia enxergar isso. Na sua visão, ele pensava que se comportava daquela maneira por amor.

O pior é que ainda ficamos envaidecidos quando alguém se comporta dessa forma. A atitude dessa pessoa não tem nada a ver conosco. Tem a ver apenas com a falta de amor próprio dela para com ela mesma. Mas, como também temos nossos problemas de auto-estima, nos apegamos a esse tipo de situação (mesmo quando não queremos ter nada com o outro) para sentir que temos algum valor, já que alguém "gosta" tanto assim de nós.

O gostar demais, sentir ciúmes, vontade controlar, manipular os relacionamentos, achar que o outro é mais importante, que é tudo na nossa vida, é fruto da mesma doença: dificuldade de amar a si mesmo.

 (Andre Lima)


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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Flávia Sant Anna   
Formação em Parapsicologia e Psicoterapia Reencarnacionista. Trabalho com regressão terapêutica, hipnose clínica, mesa radiônica e meditação orientada. Sala na Tijuca, pertinho do metrô .
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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