Meditação e o Hipercubo
Atualizado dia 6/2/2017 12:14:29 PM em Espiritualidadepor Renato Mayol
Analogamente, qualquer coisa da 4ª dimensão, se fosse possível ser representada na 3ª, ela só poderia ser vista e interpretada como 4ª por alguém da 4ª. Quem é da 3ª, nunca poderia fazer a tradução de qualquer coisa da 4ª que estivesse representada na 3ª dimensão. Portanto, incompreensíveis são as proposições teóricas da apresentação do hipercubo como sendo a representação na terceira dimensão de um poliedro de quarta dimensão. Por isso, pouco importa o quão interessante seja a figura espacial do hipercubo, pois ela estará sempre atrelada à terceira dimensão e não chegará a dar sequer uma pálida ideia do que seja ou do que esteja em outra dimensão. Isso é como tentar fazer uma imagem do próprio tempo. Podemos desenhar um relógio, um bebê, um adulto, um idoso, mas não podemos desenhar o tempo.
Em condições normais de vigília, com uma atividade elétrica do cérebro de ondas do tipo beta, cuja frequência é de 13 ou mais ciclos por segundo, não há como reconstruir na nossa mente algo de outra dimensão. Só podemos perceber outras dimensões se conseguirmos adquirir, ainda que só temporariamente, características dessas outras dimensões. Assim, para irmos além da 3ª dimensão temos que nos abstrair da 3ª dimensão. E a única maneira de fazer isso é deixando a matéria grosseira para trás e seguir refinando-nos e expandindo nossa consciência pela intensificação da nossa frequência vibratória. Isso é o que a meditação, como ferramenta, propicia aos que se encontram na terceira dimensão, e equivale a um processo inverso àquele pelo qual a energia, pela ação do pensamento pode ter a sua frequência vibratória diminuída, materializando o fruto da mente.
Para atingir o objetivo da meditação, que é a expansão da consciência pela comunicação do nosso “Eu Exterior” com o nosso “Eu Interior”, a visão lógica do mundo, criada pela integração entre os lobos frontais do cérebro e o córtex, deve ser desconectada, enquanto que as funções superiores do cérebro devem entrar em sincronia, em ritmo de ondas de poucos ciclos por segundo, tal como o ritmo alfa, de 8 a 12 ciclos por segundo ou, melhor ainda, o ritmo cerebral Theta (ritmo θ), que corresponde a um estado de relaxamento profundo. O ritmo Theta é formado por ondas cerebrais entre 4 e 7 ciclos por segundo e permite experiências e sensações impossíveis de explicar ou interpretar pela linguagem verbal, mas que se incorporam à consciência do indivíduo ampliando a percepção e criando-lhe sua própria realidade.
Na meditação da alma, com o Amor como combustível, levamos todas as células do nosso corpo a vibrarem em uníssono e em frequências sempre mais altas. Com isso, aos poucos, o corpo se torna apto a ser preenchido pela Força Criadora e a ter sua alma arrebatada em seu “retorno ao Centro”. Centro que pertence a todas as dimensões e que é a matriz de tudo.
Veículos capazes de intensificar as vibrações do corpo, tais como incensos, água, cristais, luz, imagens e em especial, sons, podem auxiliar nesse processo. Músicas que com sua vibração e energia podem influenciar beneficamente o estado emocional, espiritual, mental e físico. Imagens e músicas que podem ajudar a compor um ritual onde o relaxamento emocional da mente objetiva e o relaxamento físico passam a ser conseguidos de forma fácil e natural, em preparação ao ritual para a viagem interior.
Meditar é como lançar-se no vazio deixando que o Amor leve você de volta ao seu verdadeiro EU para poder redescobrir que o criador, o ato de criação e a criatura são todos UM. Essa jornada não é para qualquer um. É para aqueles que estão preparados e que não temem a experiência da morte que leva à percepção de que dentro da nossa aparente pequenez, somos infinitos.
A seguir, um vídeo evocador que pode auxiliar na preparação para a viagem ao seu EU interior.
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