Meditação para um Mundo Bem Melhor
Atualizado dia 1/26/2017 8:03:43 PM em Espiritualidadepor Renato Mayol
A meditação e a visualização curativa tem em comum a fase inicial de relaxamento autógeno. Depois disso, ou se prossegue com a visualização curativa para o restabelecimento da energia vital ou então se prossegue tentando atingir um estado alterado de consciência onde se busca a vivência da Unidade. Portanto, meditação, no sentido estrito, é para a alma enquanto que a visualização curativa é para o corpo. Para atingir o estado meditativo, o corpo e a mente devem ser deixados para trás.
Pouquíssimos são os que conseguem realmente vivenciar o estado meditativo da alma, pois este não depende apenas da execução de alguma técnica. Além da técnica, depende de um trabalho ativo que provoque profundas mudanças interiores e depende, principalmente, da vivência do mais sublime amor, pois o amor é a força que impulsiona o ser para um estado de consciência onde ocorre a fusão e a perda no Todo. E isso requer muita coragem.
Inicialmente, para meditar, você tem que se preparar. Isso equivale a aquecer-se para executar algum exercício físico. Só que nesse caso você fará um exercício mental. Você ira harmonizar-se, isto é, irá fazer com que sua mente comande todo o seu corpo a vibrar numa mesma frequência. Depois, você vai elevar essa frequência a níveis sempre mais altos. Assim procedendo, você despertará o Mestre que há em você e receberá inspiração sempre mais sublime. À medida que você progredir, menor necessidade de criar o ambiente você terá. Seu estado de ser se tornará meditativo. Será como respirar: um ato natural e vital. Mas no início, não. O começo será difícil, mas só com dedicação e esforço se atingem os mais importantes objetivos.
Das muitas técnicas de meditação existentes, sugere-se que pratique inicialmente a descrita a seguir e que compreende três fases fundamentais: a fase de relaxamento físico, a fase ativa de emoções e sentimentos, e a fase passiva ou intuitiva, onde não há mais sucessão de estados de consciência. No começo, dedique pelo menos dez minutos a cada uma dessas fases, depois passe a dedicar a cada fase o tempo que você puder e desejar.
Para relaxar, escolha um local e um horário que lhe sejam convenientes e assegure-se de que ninguém irá incomodá-lo. Em seguida, em um quarto silencioso, com pouca luz ou com luz de vela, sente-se confortavelmente em uma cadeira, com o tronco ereto, os pés ligeiramente afastados e as mãos repousadas sobre as coxas, com as palmas viradas para baixo. Desaperte o cinto, afrouxe o colarinho e tire o relógio. Se você usar óculos, tire-os também. Deixe uma vareta de incenso do aroma de que você gostar – rosa, jasmim, sândalo, ou outro qualquer – queimando, desde que isso não lhe causar ardor nos olhos e lacrimejamento.
Em seguida, feche os olhos e preste atenção à sua respiração. Sinta o ar entrando pelas narinas. Sinta o ar saindo dos pulmões. Lentamente. Junto com o ar, sinta a energia vital entrando e saindo. Você sabe que a sua energia vem do alimento que come, da água que bebe e do oxigênio que respira. Saiba que também os seus pensamentos são uma fonte importante de energia. Quanto mais você estiver consciente disso, mais essa energia o revigorará. Portanto, respire lentamente e visualize seu corpo sendo revitalizado por essa energia sutil focalizada através do seu pensamento, em cada um dos seus membros, em cada um dos seus órgãos. Inspire e expire. Profundamente. Lentamente. Permaneça nesta fase até sentir as pálpebras relaxadas; os músculos das pernas, dos braços e do tronco, relaxados; sua mandíbula ligeiramente caída e formigamento leve nas mãos e nas plantas dos pés. Uma sensação de estar se tornando mais pesado ou de estar aumentando de tamanho poderá ocorrer-lhe, às vezes. Não se assuste: é sinal de que você está fazendo o exercício de relaxamento corretamente. Se lhe der vontade de se coçar ou de tossir, não se reprima: tussa, alivie-se e recomece, com calma, sem tensão, sem ansiedade. Procure sentir somente a sua respiração e pensar na energia que está infundindo todo o seu corpo. Continuando com o mesmo ritmo respiratório, passe para a fase seguinte.
Naturalmente, com sinceridade e do mais fundo do seu coração, perdoe a todos que o tiverem ofendido e perdoe-se por ter ofendido os outros, seja por palavras, por gestos, por atitudes, por pensamentos ou por omissões. Nesta fase ativa, de emoções, dedique-se a pensar em sentimentos altruístas. Pense no Amor. Pense na Felicidade, na Paz. Imagine um mundo melhor, sem guerras, sem ódio. Emocione-se com a Fraternidade. Emita vibrações de Paz, de Amor, de Saúde, para toda a humanidade. Em seguida, você deve abandonar qualquer tipo de pensamento e passar para a terceira fase: a fase passiva, o despertar da intuição. Agora, não pense absolutamente em mais nada. Respire normalmente, fique atento apenas à sua inspiração e expiração e - deixe acontecer. Se alguma sensação de desfalecimento, ou algum medo do desconhecido se apossar de você, e você desejar que isso não prossiga, é porque você está ainda muito apegado à terceira dimensão e não está pronto.
Tudo o que você precisa fazer é dedicar alguns minutos do seu tempo, diariamente, a esse processo de harmonização. E aos poucos, pode ser que você consiga dar o grande salto para uma dimensão sem limites de tempo e de espaço, pois você terá estabelecido canais de comunicação com o Deus que está dentro de você e o seu Deus Interior se manifestará sempre mais e mais, através do seu Eu Exterior, por pensamentos, por palavras, por ações. Por amor. Por altruísmo. Então, e só então, você se transformará em um Adulto apto a ensinar e a orientar as crianças deste Mundo. E a humanidade precisa muito de verdadeiros Adultos. Adultos artífices de Um Mundo Bem Melhor.
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