Mentes vazias, relações pobres
Atualizado dia 14/02/2010 23:47:47 em Espiritualidadepor Flávio Bastos
A futilidade é uma característica humana que pode levar um relacionamento à paralisia evolutiva. Mentes vazias de conteúdo profundo e que captam – ou percebem – somente o supérfluo das relações interpessoais, onde, geralmente, o social vira uma jogatina de interesses, e os “amigos”, peças importantes nesse esquema, na verdade, são espíritos afins que se encontram e se identificam numa mesma faixa de vibração ou sintonia.
A vida, percebida através das sensações físicas, torna-se indispensável ao ser humano. No entanto, quando somos dependentes das sensações físicas como única forma de sentirmos prazer... a experiência vital torna-se limitada e vazia de valores que elevam os espíritos envolvidos em uma relação de amor.
Independente da condição sócio-econômica, muitos casais, por sintonizarem numa faixa superficial de energia, aproximam-se por afinidades, carências afetivas ou pela atração física. Tem filhos, mas sem a consciência do significado de uma família. Os filhos terminam virando um “estorvo” e são, em muitos casos, maltratados. O casal, em constante desequilíbrio emocional devido à falta de valores espirituais em seu relacionamento, acaba vendo a vida passar através de acontecimentos superficiais, resultado de uma consciência que travou o seu processo de evolução...
Muitas separações de casais com filhos ainda pequenos são o resultado de uma relação que por ter paralisado na futilidade, chegou ao seu máximo de sensações físicas, empobreceu e esgotou-se em si mesma...
Os valores que precisamos desenvolver, em prol de nossa expansão consciencial, encontram-se internalizados na própria consciência. Basta-nos para isso, acessá-los através do processo de autoconhecimento.
Tratei casais – em terapia de casal – cujos vícios de comportamentos cristalizados durante muitos anos de relacionamento, foram determinantes nas “recaídas” que resultaram na repetição dos mesmos vícios comportamentais que acabavam por contaminar a relação. E assim, sucessivamente, formava-se um ciclo vicioso... até tornarem-se intratáveis devido ao elevado grau de dependência e obsessão mútua.
Quanto mais dependente de sensações físicas que proporcionam prazer – ou a ilusão de prazer – menos o indivíduo evolui em busca de sua felicidade possível, pois toda forma de vício ou dependência, torna-o cativo de si mesmo, ou seja, prisioneiro de suas próprias sensações às quais não consegue se libertar...
Mentes vazias de valores que estimulam o crescimento combinam com relações pobres, onde o aprendizado consciente praticamente inexiste. Paradoxalmente, o homem é grande demais para contentar-se com uma existência em que o cultivo de valores ético-espirituais não tem vez e a alienação comanda os seus desígnios ao bel prazer...
Por este motivo, as sucessivas reencarnações do espírito que precisa aprender na escola da dimensão física. Percebendo o que ainda não percebeu para ter condições de retomar a sua lenta caminhada evolutiva; recomeçando do ponto onde parou ou desistiu pelo livre arbítrio; tentando, mais uma vez, sair do marasmo de uma experiência anterior vazia de conteúdo, onde a superficialidade das relações limitou a sua percepção e travou, consideravelmente, o seu processo de autoconhecimento.
Somos, acima de tudo, seres direcionados para a expansão consciencial e vocacionados para atingirmos a iluminação espiritual. Mas, antes disso, precisamos lutar para superarmos a nós mesmos, ou seja, a alienação que paralisa e o superficialismo das relações que embota mentes e corações.
Psicoterapeuta Interdimensional
flaviobastos
Texto revisado
Avaliação: 5 | Votos: 17
Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |