Meu encontro com o Dharma, em 2023, no Khadro Ling
Atualizado dia 9/11/2023 11:38:30 PM em Espiritualidadepor Lucya Vervloet
Desde que ele fez sua passagem (Parinirvana) em 2002, que sua esposa e discípula, Lama Khandro vem palestrando e ensinando o Dharma (viver de acordo com o seu verdadeiro “eu”) a várias pessoas em todo o Brasil e pelo mundo. Além de ainda ser a responsável pela administração do Templo e organizações de todas as atividades neste Centro de retiros auspiciosos e carregados de energia positiva, benesses e aprimoramento pessoal.
Conta também com uma equipe de voluntários que se revezam para manter o local limpo, a manutenção dos dormitórios e alojamentos, a alimentação e preparação do ambiente externo ao Templo para a visitação de turistas, como o café, a lojinha de produtos tibetanos, como vestes, estátuas, incensos, imagens, sadhanas (livretos de acompanhamento dos ensinamentos), jardinagem etc.
Obviamente não poderia deixar de mencionar com mérito a discípula brasileira do Mestre Rinpoche, Lama Sherab Drolma, a qual além de tê-lo como professor e fazer as traduções dos ensinamentos para o Inglês, o acompanhava em toda a sua jornada espiritual pelo Brasil e exterior. E foi com ela que, uma vez em Vitória, pedi Refúgio na Bodhicita, o que significa que recebi um nome espiritual no Budismo Tibetano. Comparada à religião católica poderia ter o significado das palavras de Jesus` Deixe tudo do mundo e me acompanhe, ou seja, esteja no mundo mas não pertença a ele. Mais profundamente podemos dizer que fiz votos de renúncia às paixões, desejos e apegos da mente ordinária para priorizar o desenvolvimento de uma mente mais virtuosa que se volte para o Dharma.
Temos uma oração, que no meu entender significa e traduz muito ou quase tudo sobre o compromisso que fazemos ao aceitarmos este propósito. Querendo referir me a algo inerente aos desígnios da alma em seu estágio atual de desenvolvimento. Nesta espiral da Mandala da vida e morte seguimos em busca de libertação de tudo que nos aprisiona nos planos ou condições inferiores de existência.
Enquanto escrevo este artigo, estou trabalhando a minha conexão com o mundo capitalista ao qual estamos todos envolvidos e cada um à sua maneira tentando sobreviver. Dentro de um local como este que descrevi acima, podemos contar com vários tipos de pessoas, pois a busca por alívio de aflições internas e externas não tem nacionalidade, raça, gênero ou condição social. Faz parte da condição de todos os seres sencientes. No entanto, a mente está em julgamento o tempo inteirinho... Frisem bem a palavra INTEIRINHO. Sabem o porquê? Em milésimos ou em uma medida até inferior, nossa mente não pára! Quer ver quando nos deparamos inevitavelmente com algumas situações onde Marte está agindo em nossos mapas...Aff!
Há bem pouco tempo, meu amor, energia e compaixão, eram destinados aos outros seres. Praticamente quase nada era dedicado ou dirigido a mim. Estranho perceber isto tão tarde na vida! Talvez a minha criança interior ficasse muito mais triste e deprimida diante de cenários tão grotescos como os que sempre tivemos em nossas vidas, sejam as formas que tomaram ou continuem a tomar. Daí, eu acabava por me proteger dos excessos de tudo o que me rodeava através de mecanismos de defesa, ora floreando, ora ignorando as situações. Muitas das vezes, como toda a maioria dos seres, reagindo verbalmente de forma mais rude. Não me lembro de ter reagido em algum tempo de forma física, mas confesso que bem mais na idade adulta resolvi fazer caratê e capoeira por conta do histórico do local em que vivia. Digo, vivia, porque não tenho a mínima intenção de por lá permanecer!
Tenho a consciência de que o Brasil e o mundo estão em vias de grandes mudanças. Poderemos ter revoluções e revelações bombásticas por toda a parte a todos os momentos. Lógico que a Internet, que nos conecta a quase todos, a maioria dos seres pelo menos, proporciona o conhecimento de grande parte dos eventos, senão em tempo real, pelo menos armazenado por longos períodos.
Neste um mês que resolvi passar longe da minha casa e afazeres mil, estou me proporcionando ler, escrever, meditar, dormir e acordar no silêncio, contemplar este espaço privilegiado, e, obviamente, fazer conexões com pessoas afins. Minha situação está insustentável há anos. Pelo menos há uns 10 anos, desde o falecimento de minha Mãe, que compunha toda a família. Nunca foi inconsciência de nossa parte sobre como eu ficaria após a sua partida. Tão dolorosa partida, que ainda arde o peito... E sim, não tínhamos os meios hábeis para transformar a situação. Nem pretendo alongar-me mais neste assunto, por hora.
No momento, aqui, da salinha do wifi, acabo de escrever este artigo bem curto para ao menos dar vazão aos meus sentimentos e pensamentos nestes instantes tão prazerosos e distantes, pelo menos fisicamente, de grande parte da toxicidade lá de baixo da cidade. Tenho ainda muito conteúdo e informações sobre minha conexão com o Budismo e suas práticas e os resultados em nossas vidas frenéticas e estressantes.
Até
Lucya
Texto Revisado
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Conteúdo desenvolvido por: Lucya Vervloet Astrologia (básico na Regulus/SP) e autodidata. Participei de workshops de Runas, Tarot místico/terapêutico com Veet Pramad. Estudei Numerologia e quirologia. Iniciei-me na energia Reiki. Estudei 12 meses do Curso de Psicanálise/ES. Com uma visão universalista da vida dediquei-me ao aprendizado de idiomas e culturas estrangeiras. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |