Morrer pra Viver




Autor Marisa Rosa
Assunto EspiritualidadeAtualizado em 05/07/2012 16:02:12
Para se viver de verdade, não devemos temer a morte, somente morrendo diversas vezes durante a vida, é que conseguimos viver de verdade.
O que é vivo segue uma ordem própria, totalmente alheia ao querer e a mente humana.
O que é vivo pulsa, arde, queima, toca, dói e ama.
Saber viver, é saber se entregar ao ilógico, ao irracional, ao desconhecido, e estar disposto a se jogar do precipício quantas vezes ouvir o chamado, e quantas vezes for necessário durante a vida.
É simplesmente estar disposto, por isso não existe meta, lugar a se chegar, certo a ser alcançado, fórmulas feitas de passos corretos e coerentes para se atingir um resultado, pois esse caminho já conhecemos de cor, e nos leva a um mesmo vale do ordinário, de seres todos iguais, um estado que não merece o nome de morte, pq morte faz parte da vida, e passar por estados de morte significa pulsar cada vez mais para vida.., e o estado do vale comum é algo diferente do estado-vida e do estado-morte, é como se fosse um estado-estático, que traz peso e inércia.
Por medo da morte verdadeira, nos arrastamos a vida inteira numa "morte-permanente", virando as costas para a própria vida que pulsa com sua força avassaladora e genuína.
Por medo, não vivemos nem o pior, nem o melhor, e sim nos contentamos a ficar em cima do muro, numa figura amigável e estável, esperando a verdadeira morte chegar.
Deixando o nosso ser no canto, sem ser exposto, e sem ser o ator principal da própria vida.
Porque o que queremos é o que o acaso traz, para que não tenhamos nenhuma responsabilidade sobre nada, para que tenhamos a sensação de dever cumprido, frente as necessidades de ninguém, e as cobranças coerentes da mente.
A alma nos assusta, porque dribla a mente, porque não tem lógica pra esse mundo, e porque está conectada a fonte da vida, e forças incríveis advém desse lugar, inclusive o ser genuíno.
Se não nos apegarmos aos conceitos que temos sobre tudo, podemos experimentar novos significados e conexões mais profundas com nós mesmos, como a morte que faz parte da vida, e que é a própria vida!
O que impulsiona, o que faz renascer, o que tem força!
Viva a morte!
Viva a vida!
Viva o ser genuíno que só é possível nascer, graças as mortes as quais foi possível viver!









Libriana, estudante de temas universalistas desde 2005 (IPPB). Praticante de atividades espiritualistas que me permitem VIVENCIAR o aprendizado, e SENTIR as experiências, que agregam o meu ser. Esse cantinho será para compartilhar esses aprendizados e expressar conteúdos sobre autoconhecimento, e equilíbrio entre corpo/mente/alma. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |