Não se desgaste pensando em como vai ser o seu futuro
Atualizado dia 14/12/2009 20:13:29 em Espiritualidadepor Bernardino Nilton Nascimento
É melhor deixar para a boa sorte do que introduzir, às cegas, a mão dentro da caixinha de surpresas da vida por entre diversos papeizinhos, uns assinalando êxitos e outros fracassos para o “futuro”, arriscando tirar justamente o que mais lhe favorece, criando expectativas que, se não satisfeitas, causarão dor e sofrimento.
Não aspire adivinhar o que o futuro reserva para você e procure agir de acordo com as experiências legadas pelos seus antepassados e com as que você já adquiriu sozinho, procurando não se afastar do bom senso e do equilíbrio.
Seja qual for a nossa idade, é sempre tempo para aperfeiçoarmos nossa maneira de pensar, interpretar e agir, nas situações que a vida nos apresenta.
Os dias passam de qualquer maneira. O que podemos fazer é melhorar sempre um pouquinho mais em relação ao dia anterior, para que a nossa vida seja uma sucessão de bons dias. Assim, melhoraremos bastante a nossa atuação dentro do ambiente em que vivemos.
O interesse pela vida, pelas coisas do mundo exterior, em geral, não diminui à medida que vamos avançando pelos janeiros afora. O que tão somente acontece é que ao passo que nos tornamos mais velhos, nossos gostos, nossas pretensões vão se adaptando à possibilidade de realização no período de vida que estamos atravessando.
A vida pode oferecer bons momentos de felicidade a jovens e velhos. Não há dúvida de que os primeiros têm muito mais possibilidades para desfrutar dos prazeres físicos que o mundo oferece. Em compensação, pela inexperiência própria da idade e pela obstinação, muito humana, de quase todos os jovens não quererem aceitar seguir os conselhos dos mais velhos, muitos momentos que poderiam ser de intensa felicidade são arruinados por questões quase sempre fúteis e incontornáveis.
Já com as pessoas idosas não acontece a mesma coisa, até por que, muitas vezes, se fixam erradamente em um inútil saudosismo. E mais, se veem obrigados a aceitar uma condição de total dependência, assim como imposições e restrições que modificaram os seus antigos hábitos, por imposição do tempo.
Se fizermos um exame desapaixonado e retrospectivo de nossa vida, até onde possa alcançar a nossa memória, com o objetivo de recordarmos as causas que deram origem às nossas mais vivas contrariedades e desgostos, veremos que, talvez, mais de dois terços dessas causas eram insignificantes.
Desse modo, não convém nos interessarmos tanto pelo número de anos que ainda temos para viver, mas, principalmente, devemos nos preocupar com a maneira pela qual possamos vivê-los melhor e intensamente.
O ideal seria se pudéssemos aliar a saúde e o vigor físico da mocidade, à experiência e ao espírito de tolerância que, com o passar dos janeiros, vamos adquirindo através dos ensinamentos do grande livro da vida.
Em todo caso, você, qualquer que seja sua idade, comece, de hoje em diante, a racionalizar suas possibilidades de viver com mais inteligência e sabedoria. Desenvolva suas qualidades de observação para não incidir em erros já cometidos e tire ensinamentos dos erros dos outros. Se esforce para não se aborrecer por motivos insignificantes, para assim conseguir se ressarcir, pelo menos em boa parte, das armadilhas e desenganos que a vida já lhe proporcionou.
BNN
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