Não tem tu, vai tu!
Atualizado dia 09/07/2021 01:47:43 em Espiritualidadepor Rosana Ferraz Chaves
Segundo o que o professor apurou, esse ditado popular tem origem em outra expressão “Cléligo (forma arcaica de clérigo) com cléligo, leigo com leigo. Ou seja, “cada um no seu quadrado”.
Sabedoria popular à parte, você já teve a curiosidade de pensar quantas vezes alguém já invadiu o seu quadrado, e quantos quadrados você já invadiu?
Sabe aquela pessoa incrível que você conheceu assim do nada, que marcou um encontro, que por sinal foi maravilhoso, que vocês passaram horas trocando ideias, que fez você acreditar que finalmente havia encontrado sua alma gêmea, só que no dia seguinte a pessoa não te ligou, não retornou suas ligações, sumiu, nunca mais apareceu ou você soube depois que a criatura estava namorando com outra pessoa?
E teve também aquela(a) chefe muito bacana, que te valorizou desde o início, tomando a iniciativa de lhe oferecer um cargo melhor ou um aumento de salário, mas que depois, assim do nada, parece que te esqueceu e quando você soube, quem ganhou alguma coisa foi aquele colega mais inexpressivo do setor?
Perdoar é divino, mas lembra aquele(a) fulano(a), que vivia “dando mancada”, uma depois da outra, que você em constantes atos de bondade perdoava tudo, mas que no dia em que você disse uma frase que ele(a) não gostou de ouvir, te julgou, excluiu e ainda colocou todos contra você?
A coisa mais comum que já ouvi, são aquelas histórias de pessoas que ajudaram um colega de trabalho, que "assim do nada" aprontou um mexerico e ficou no lugar de quem lhe ajudou a aprender o serviço. É a famosa “puxada de tapete”!
E aquela sua amiga das redes sociais, hein?... Você curte tudo o que ela posta, mas ela não curte nada que venha de você!
Será que existe alguém que nunca passou por algo parecido?
Pois é, esse “assim do nada” nunca existiu. As pessoas sempre dão indícios de que uma desconexão já ocorreu. Nós percebemos sim, só que não acreditamos.
Tudo aquilo que você jamais faria para alguém, possivelmente alguém poderá fazer contra você.
Quando a pessoa fica diferente, “assim do nada”, não foi do nada. Foi tudo muito bem calculado, acredite!
Ou a pessoa te queria apenas por um tempo determinado, ou te queria apenas enquanto pudesse lucrar alguma coisa com a sua presença, ou ela já conseguiu o que queria de você.
É a coisa mais comum do mundo, homens que ficam até meses tentando conquistar uma mulher e depois que conseguem uma noite de amor, perdem o interesse e somem.
O interesse dele era a conquista e não a mulher. Assim que seu desejo é satisfeito, não existe necessidade de prosseguir. E na cabeça dele, isso é muito normal. Isso é coisa de homem.
Ela queria apenas se casar com ele. Assim que se casou, parou de se cuidar, virou uma “chata de galocha”, engordou demais e entrou em depressão.
A pessoa que gosta de “puxar o tapete”, o “colega fura-olho”, como diziam antigamente, também acha supernormal “cuspir no prato em que comeu”.
Dentro das anormalidades que existem no mundo, anormal é ser amigo, perdoar, ser justo e se pôr no lugar do outro.
Mas do nada é que não foi. O(a) cafajeste, o(a) usurpador(a), o controlador(a) e o invejoso(a, sempre dão algum indício, antes do ato final.
Se a pessoa começar a te tratar diferente, desconfie. Se for algum problema dela, com certeza, em breve a pessoa vai se abrir e esclarecer tudo.
Mas se da noite para o dia, a pessoa começar a te tratar diferente sem motivo e se afastar, ou ela se arrependeu de se aproximar de você por algum motivo, ou ela já conseguiu o que queria e ocorreu uma quebra de conexão.
Em neolinguística isso já foi tão bem estudado, que criou-se o termo “Rapport”.
Rapport é a conexão entre pessoas. Ela ocorre através de expressões corporais que se repetem entre as pessoas que estão conectadas, sem que elas percebam.
Quando o cérebro percebe que pode se nutrir ou fazer trocas com outra pessoa, automaticamente ele começa a repetir os mesmos padrões linguísticos e corporais entre os que estão conectados.
Sem perceber, você se vê sentado do mesmo jeito que o outro e repetindo os mesmos gestos.
Por outro lado, quando o cérebro percebe que a conexão foi interrompida, ela começa a quebrar todos os padrões. A isso chamamos de “quebra de Rapport”.
É isso o que os gatos fazem quando os incomodamos. Quando querem trocar carinho, se jogam no colo sem você precisar chamar, mas quando não querem sua atenção, viram a cara, fecham os olhos e fingem que estão dormindo. Gatos são doutores em quebra de Rapport!
Isso não significa que os gatos não amem, pelo contrário, amam seus cuidadores profundamente! Não maltrate os gatos! Esse é o jeito felino de ser.
Nós não podemos mudar o jeito dos outros. A pessoa pode ter se afastado por muitos motivos, até mesmo porque o ama. O amor assusta e a liberdade, também. Mas se a pessoa te ama, ela ainda vai te procurar.
O que você pode -e deve- é se manter longe disso. Precisa aprender a não carregar “caixão de desconhecidos”.
Se você não o(a) entende, então não o(a) conhece bem.
Se alguém se afastar de você, apenas aceite e se afaste também. Você não vai ter todas as respostas. Não pergunte. Deixe que o outro se explique.
Quem se afasta por medo, não está pronto.
Quem se afasta por inveja, não merece você.
Quem se afasta porque a necessidade terminou, nunca te mereceu.
Texto Revisado
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Conteúdo desenvolvido por: Rosana Ferraz Chaves Oraculista, sensitiva e escritora. Se dedica aos estudos de anjos, baralhos e tarots antigos, ministra cursos de oráculos, neurolinguística. Desenha mandalas e cria perfumes mágicos em seu atelier. Autora do livro Magid - O encontro com um anjo. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |