Nossa Natureza
Atualizado dia 12/01/2014 11:59:45 em Espiritualidadepor Maria Lúcia Pellizzaro Gregori
Quanto mais despertamos em nós a vontade de compreender nossa essência, mais nos ligamos aos ensinamentos que a natureza nos proporciona.
Refletindo sobre as etapas da vida de uma árvore frutífera, podemos encontrar semelhanças claras nas etapas da nossa vida humana.
Uma árvore, por exemplo, nos dá frutos e esses frutos são nosso alimento e, naturalmente, podem voltar para a terra através de suas sementes, após serem consumidos por nós.
Essas sementes darão origem a uma nova planta, que se tornará uma árvore, que dará novos frutos, que serão nosso alimento e assim, sucessivamente, vida e morte acontecem na sua sequência natural, nos mostrando que o fim e o começo são a continuação da mesma realidade.
E nós? Também temos nossas idas e vindas, cuja semente é o espírito, que tem a missão de se desenvolver cada vez mais até se tornar apenas Luz.
Podemos pegar, como exemplo da natureza, o bambu.
É uma planta aparentemente simples, resistente ao vento porque se curva, reverenciando-o e cedendo à sua força, numa atitude flexível e respeitosa, não enfrentando o que poderia destruí-lo mas curvando-se de um lado para outro para que possa se manter de pé.
O bambu se dobra diante de uma realidade da qual não pode fugir, uma das forças da natureza, o vento, e aceitando essa realidade, ele preserva sua vida.
Esse é um ensinamento precioso pois, muitas vezes, para fugir de uma situação que não conseguimos aceitar como real e necessária, nós vamos abrindo caminhos de fuga que nos levam à mesma realidade lá na frente, porém, mais difícil de ser enfrentada porque não tendo sido trabalhada, ela vai se enrijecendo e exigindo de nós mais empenho e muito sofrimento.
Quando nos dobramos às inevitáveis ocorrências da nossa vida, é como se fossemos o bambu, com espaço interno entre um nó e outro, para recebermos a realidade que está para nós e para não nos quebrarmos e, sim, nos fortalecermos para podermos enfrentar os ventos.
Como dizem os sábios, precisamos ter as xícaras vazias para recebermos um novo chá, para recebermos as graças e os ensinamentos que nos colocam num patamar evolutivo mais alto onde a consciência ampliada é nosso norte, amparando-nos no que precisamos e devemos cumprir.
O bambu cresce para o alto que é sua meta, o que deve ser a nossa também.
Podemos ir bem fundo nessa reflexão, para penetrarmos nesse vazio silencioso, que é um tempo de serviço e de entrega, de oração, de percepção das soluções mais acertadas, até que se apresente o próximo nó que poderá ser mais um veículo fortalecedor e não uma trava.
Nossa natureza permite muito mais do que aquilo que realizamos. Estamos emaranhados com o Criador e nossa meta é nos aprimorarmos ao máximo para que possamos chegar no poder que nos foi dado.
Depende apenas do caminho que escolhemos seguir.
Temos liberdade!
Temos escolha!
Texto revisado
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