Nosso falso eu

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Autor Paulo Tavares de Souza

Assunto Espiritualidade
Atualizado em 4/1/2025 7:36:00 AM


O ego (ahamkara) é uma construção mental que surge na consciência e obscurece a percepção do verdadeiro Eu (Atman). Para dissolvê-lo, é essencial investigar suas raízes e reconhecer sua natureza ilusória. Essa investigação ocorre por meio da autoindagação (Atma Vichara), que revela a ausência de substância no "eu" individual e nos conduz à compreensão de nossa verdadeira natureza: o Ser Puro, a Consciência imutável.

Se o Ser é imutável, o que, então, está sujeito a mudanças? Apenas o falso eu, que, por não ter existência real, é mera aparência. O ego não passa de uma ideia com a qual nos identificamos. O sofrimento, nesse contexto, é uma ilusão gerada pelo apego a essa identidade transitória. Afinal, quem sofre, senão o ego? O Atman, sendo eterno, pleno e perfeito, permanece intocado por qualquer aflição.

Mas, se esse Eu verdadeiro existe, como acessá-lo?

Ramana Maharshi, um grande sábio do século XX, apontou um caminho: o Silêncio (mauna).

O silêncio é a mais elevada forma de ensinamento. A verdade do Ser não pode ser plenamente expressa em palavras, mas é reconhecida no silêncio interior.

Através da meditação, experienciamos esse silêncio, e é nele que as respostas surgem. Com a prática, aprendemos a testemunhar pensamentos e emoções sem nos identificarmos com eles, dissolvendo gradualmente as ilusões da mente.

A prática constante da meditação nos permite distinguir o real do ilusório, acessar estados de consciência mais sutis e reconhecer nossa verdadeira natureza. Ao nos tornarmos espectadores dos enredos mentais, eles perdem força e deixam de nos afetar.


Ninguém alcança a iluminação através da meditação; o verdadeiro trabalho consiste em remover os "véus" da ignorância. Afinal, já somos iluminados em essência. A ideia de evolução está equivocada-ninguém evolui, apenas reconhecemos e realizamos aquilo que já somos ao nos libertarmos da identificação com as construções mentais sobre nós mesmos. Tudo o que existe em nós já está completo e realizado. Somos seres divinos, dotados dos atributos da perfeição e da eternidade. Como disse o próprio Jesus: "O espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca." (Mateus 26:41).

A "carne fraca" representa nossa identificação com o mundo material, com as formas e com aquilo que nossos sentidos, iludidos, conseguem perceber. Paradoxalmente, buscamos realizar justamente essa carne fraca, sem perceber que estamos na contramão do processo. Em vez disso, deveríamos nos voltar para a consciência em seu estado puro, ao invés de nos apegarmos à impermanência do corpo.





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