O AMOR DE UM HOMEM E UMA MULHER
Autor Florencio Antonio Lopes
Assunto EspiritualidadeAtualizado em 5/11/2023 5:22:36 AM
Era uma vez um homem e uma mulher que se amavam muito. Na verdade, se amavam tanto que cada um enxergava no outro a perfeição de Deus.
Nos olhos do outro viam o mundo, pois suas almas eram uma só.
No coração do outro sentiam o ritmo da energia divina, pois, viviam e respiravam como uma só pessoa.
Nos ouvidos do outro, ouviam a mesma melodia, mas no corpo do outro eles percebiam a diferença.
A perfeita identidade que sentiam não exigia compreensão, por quanto enchia-os constantemente de alegria. Mas, as diferenças os deixavam confusos.
Logo, o homem e a mulher começaram a tomar consciência de si. O amor não havia mudado, mas as diferenças físicas fizeram com que passassem a pensar de forma diferente e a sentir de modo diferente um em relação ao outro.
Começaram então agir de modo estranho. Logo a unidade que sentiam um do outro foi empanada e obscurecida.
A uniformidade foi eclipsada pelas diferenças. A perfeição divina agora havia sido escondida pela percepção da própria imperfeição.
O homem quis saber se o corpo da mulher seria realmente o mais perfeito que poderia ter para si e a mulher ponderou a mesma coisa acerca do homem. Logo começaram a aumentar as imperfeiçoes físicas que descobriram um do outro.
Então, aumentaram também as divergências emocionais. Por fim começaram a analisar o amor que sentiam um pelo outro.
Com o passar do tempo, mal conseguiam perceber o próprio amor. O homem procurou outras mulheres e a mulher procurou outros homens, cada um tentou encontrar em outro ser o que estava faltando no outro.
Durante doze mil anos perambularam pela Terra, o homem encontrou belas mulheres e a mulher encontrou lindos homens. Ainda assim, parecia que faltava algo em cada nova pessoa que conheciam.
O tempo passou, eles se cansaram com outras pessoas e se desapontaram. As viagens haviam enfraquecido os seus corpos, os olhos haviam deixado de brilhar, os corações não conheciam mais o amor, pois, a desilusão levara-os aos desesperos. Os séculos haviam corroído o que eles pensavam procurar e nem lembravam mais o que era.
Então, um dia, eles voltaram a se encontrar e viram o corpo fadigado, fitaram-se nos olhos e perceberam algo que nunca tinham percebido antes, não viam mais as diferenças. Os seus olhos começaram a brilhar entre lágrimas de felicidades. Em meio da névoa bruxuleante da verdade, enxergaram além das evidentes imperfeições.
As suas jornadas os haviam ensinado a humildade e eles eram a perfeição do seu amor. Os céus se abriram misericordiosos, as nuvens das dúvidas se desfiaram e o Sol lançou os seus raios sobre o grande tesouro que eles haviam acabado de descobrir.
Ambos recuperam a juventude, os seus corpos voltaram a ser fortes, voltaram a ser um só e dessa unidade o amor floresceu como verdade eterna.
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Abraços
Florêncio Antonio Lopes
Mestre Espiritualista
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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Florencio Antonio Lopes FLORÊNCIO ANTONIO LOPES Mestre Espiritualista graduado "Senhor-Mestre" Ribeirão Preto - SP E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |
