O Despertar da Alma Coletiva
Atualizado dia 9/28/2012 10:11:14 AM em Espiritualidadepor Amigos da Teosofia
Um Diálogo Sobre a Dimensão Espiritual das Cidades
Joana Pinho (Coord.)
Semanalmente, os associados luso-brasileiros da Loja Unida de Teosofistas (LUT) debatem por e-mail um tema de estudo. A coordenação é rotativa. O texto a seguir reproduz um diálogo dos associados sobre a vida espiritual das cidades. Poucos dias depois do estudo, seu conteúdo foi transcrito na edição de julho de 2012 O Teosofista", mantendo-se a linguagem coloquial.
1. Joana Pinho, desde Santa Maria da Feira, Portugal
Caros Amigos,
Trago para o estudo da semana o tema do despertar coletivo da alma. Pela visão abrangente, e pela confiança na vida, escolhi o texto "A Feliz Cidade do Futuro"[1].
"A alma está presente em todas as coisas", diz o artigo. Os desafios individuais servem para evoluirmos também coletivamente. Na mesma medida em que vamos fortalecendo a proximidade com a nossa alma interior, torna-se possível perceber a alma no exterior. Nosso olhar vai ao encontro da natureza que o movimenta. Para ver, conhecer e trabalhar com a alma coletiva, temos de observar com a alma. O movimento das cidades reflete a alma, e nos dá mensagens sobre a sua evolução.
É certo que temos nas nossas cidades um ambiente asfixiante. Violência, poluição, egoísmo, são alguns dos elementos ambientais que sufocam a alma interior e exterior. Penso que a confusão vivida na maior parte das cidades resulta da falta de conhecimento do poder criativo e da ignorância da "essência sutil inspiradora".
Minha cidade sofre poluição psíquica, emocional e espiritual. Ela tem a sua prisão no culto ao sofrimento e à fofoca. Por desconhecimento do seu potencial, pessoas alimentam estados mentais inferiores. Quando se encontram, alguns entram em competição para ver quem possui mais e melhores bens e quem tem a doença mais grave.... Mais parece o muro das lamentações... mas a lamentação não procura a cura ou a correção; o que quer é roubar a atenção... como se criar mais lamentadores fosse a missão.
Contudo, é visível uma força maior. Santa Maria da Feira é uma cidade antiga. É povoada há milhares de anos. Devido à sua posição geográfica, tornou-se um local de encontro e de passagem de diversos povos. Temos um Castelo fora do vulgar e o espaço em torno dele é um belo jardim, repleto de velhas árvores, heras, esquilos, pássaros... um local onde a alma nos toca e nos sorri tranquilamente.
O castelo da Feira (foto) é famoso pelas suas quatro torres
Esta região da cidade, outrora um local de dor, é agora um espaço de encontro, de descoberta e celebração. Temos outro jardim de igual beleza no Europarque, um centro de congressos, de cultura e de lazer. Os ritmos da natureza estão bem presentes nestes espaços.
A alma da Feira é sábia, otimista, fraterna. Nesta cidade, e em todas as outras, um movimento é percebido: "o surgimento de novas relações de produção e novos laços humanos baseados em uma filosofia de vida que transcende o mundo visível dos cinco sentidos e busca valores permanentes". O despertar da alma coletiva resulta do alimentar desta tendência e assim as cidades vão resgatando os ritmos naturais da vida.
É impossível, a curto prazo, erguer uma cidade plenamente equilibrada, devido à complexidade dos desafios humanos. É certo que há muito a ser feito e que não conseguimos mudar o mundo de um dia para o outro. Isso é obtido com paciência, focando nossa atenção no novo, nas mudanças necessárias ao aperfeiçoamento, e agindo de acordo com o equilíbrio coletivo. Assim preparamos a cidade do futuro, solidária, justa, feliz: "o sonho de hoje é a realidade de amanhã". De forma gradual, o velho dá lugar ao novo. A alma desperta.
Despeço-me destacando as palavras de Robert Owen citadas em "A Feliz Cidade do Futuro":
"Chegou o momento em que uma mudança deve ser produzida. Uma nova era deve começar. O espírito humano, que até agora esteve envolvido nas trevas da ignorância, deve finalmente iluminar-se. É chegado o tempo em que todas as nações do mundo, em que todos os homens de todas as raças e de todos os climas sejam levados a um novo tipo de conhecimento. Haverá uma só linguagem e uma só nação. As grandes invenções modernas, os melhoramentos e o progresso contínuo das ciências técnicas e mecânicas (que, sob o regime do individualismo, aumentaram a miséria e a imoralidade dos produtores industriais) estão destinados, depois de ter causado tantos sofrimentos, a destruir a pobreza, a imoralidade e a miséria. As máquinas e as ciências são chamadas a fazer os trabalhos penosos e insalubres."
Obrigada. Abraços, Joana
NOTA:
[1] O artigo "A Feliz Cidade do Futuro" pode ser localizado através da Lista de Textos Por Ordem Alfabética emwww.FilosofiaEsoterica.com
Leia o artigo completo através do link: https://filosofiaesoterica.com/ler.php?id=1519#.UGWgbk3A-vg
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Texto revisado
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