O Eco da Alma: Entre Silêncios e Caminhos



Autor Paulo Roberto Savaris
Assunto EspiritualidadeAtualizado em 3/9/2025 8:09:07 PM
Qual o sentido de seguir, sem questionar, os rastros dos que passam? Ser um reflexo da multidão, sem curvas, sem contrastes, sem luz e sombra? O que se edifica quando negamos o que fomos? E o que se esvai quando vivemos do efêmero? Não. O chamado vai além. Ele pulsa forte naquele que ousa ouvir sua própria voz.
Paulo conheceu o peso das expectativas, a voz coletiva que dita o certo e o errado, mas um dia parou. Olhou para dentro. E percebeu que a verdade não se encontra no ruído das multidões, mas no silêncio que ressoa na alma.
Se o livre-arbítrio nos foi concedido, por que aceitar amarras invisíveis, a pressão de ser um entre tantos? A liberdade não se vende, não se impõe, não se veste de aplausos. Ela mora no pensamento que ousa enxergar além da cortina de fumaça, no olhar que se recusa a ver apenas o que é mostrado.
Isolar-se não é fugir. É ter coragem de olhar a vida de cima, como quem sobrevoa a própria existência e vê, no horizonte, caminhos não trilhados. É escolher o silêncio quando o barulho do mundo ensurdece. É ouvir a própria consciência quando as vozes externas querem ditar o caminho.
Não clico no fácil. Não compartilho o que ecoa no vazio. Não sigo aqueles que correm para serem notados. Vejo, mas não me demoro. Caminho além. Respondo apenas aos que vêm com respeito e escutam com o coração.
Paulo entendeu que não precisa provar nada a ninguém. Não precisa gritar para ser ouvido, nem se perder nos ruídos do mundo. Sua busca é outra: a de quem caminha consigo mesmo, aprendendo com o tempo e com os silêncio entre as palavras.
Não sou bandeira. Não sou templo. Não sou extremismo. Decido conforme minha essência. E não discuto o que não pode ser sentido.
Não agrido. Mas não me calo diante do que desvirtua. Respeito, mas me permito discordar, em silêncio, se preciso for. Porque só eu sei o que me faz forte.
A transformação real começa quando nos afastamos do que não nos nutre. Quando decidimos trilhar o próprio caminho, guiados pela fé que não se impõe, mas se manifesta em cada ato, em cada escolha.
Deus não está sentado num trono esperando por mim. Ele pulsa em tudo o que sou. Não exige sacrifícios, não pede provas. Apenas sussurra: seja inteiro. Pleno. Autêntico.
Sem precisar agradar. Sem precisar aparecer. Sem pintar de ouro o que é barro. Sem esperar pelo que nunca virá.
Paulo caminha com o coração aberto, sem correntes, sem amarras. Porque aprendeu que a paz não se busca fora, mas dentro. No silêncio onde Deus habita. No choro da alma que não lamenta, mas se liberta
Um Sonhador, Caminhando com Francisco em Caminhos da Alma: A Jornada Interior de Paulo Inspirada em Francisco









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