O mendigo e o cão perdido
Atualizado dia 16/08/2021 22:53:46 em Espiritualidadepor Íris Regina Fernandes Poffo
Contou que morava em uma grande fazenda no interior, era o jardineiro responsável por cuidar das flores da madame, e amava o que fazia, principalmente cuidar das rosas. Então a madame vendeu a fazenda, e foi morar na cidade grande. Ela o dispensou, o dinheiro acabou, e não havia mais jardins para cuidar. Ficou muito triste! Sem emprego, sem casa e sem dinheiro, passou a viver nas ruas. Ele observou que havia poucos jardins, e poucas rosas na cidade, queria trabalhar mas não conseguia.
Com empatia, a moça exclamou que podia imaginar como toda esta mudança de vida deve ter sido difícil para ele. E, gentilmente, convidou-o a conhecer um abrigo, onde poderia tomar banho, vestir roupas limpas, e dormir em um lugar quentinho. Depois poderia ira para outro lugar melhor, onde havia um jardim para ele cuidar se quisesse.
Com visível alegria ele aceitou, prontamente, mas, abaixou a cabeça e perguntou, com timidez, se poderia levar seu cãozinho, pois era seu único e melhor amigo.
A moça disse que sim, poderia, que os animais de estimação eram muito bem vindos. Sem esconder sua felicidade, ele pediu ajuda para encontrá-lo, pois não sabia onde havia se metido. Contou que havia se assustado com um caminhão! Lulu, Lulu! Cadê você? – chamava ele. Ela perguntou se seria este cãozinho que estava procurando, e emocionado, ele o abraçou afetuosamente. O mendigo agradeceu muito, toda atenção e a ajuda que a moça estava dando para ele e, voltando sua atenção para o cachorrinho disse: Agora podemos ir juntos Lulu! Teremos uma casa!
Nota da autora:
Esta história é verdadeira. Mas, ela não aconteceu em uma rua, ou em alguma praça qualquer, com uma assistente social ou voluntária de uma instituição de caridade. Tudo se passou durante um trabalho de assistência espiritual*. O mendigo, desencarnado, foi trazido pelos amparadores para receber esclarecimento e tratamento em uma Casa Espírita, em uma sessão mediúnica. Ele falou por intermédio de um trabalhador, um médium, e a moça com quem conversou, também era uma médium, que pela intuição e clarividência, foi orientada pelos mentores a esse lindo acolhimento fraterno. O abrigo oferecido seria no Posto de Socorro Espiritual e, posteriormente, quando estivesse mais fortalecido, seria levado para alguma colônia espiritual, para trabalhar nos jardins. E o Lulu iria junto.
Destacamos o fato dele ter mencionado que não via o cãozinho desde que se assustou com o caminhão. Supomos que ambos foram atropelados e então ficaram distantes. Respeitando o sentimento afetivo que unia a ambos, os Auxiliares Invisíveis possibilitaram o feliz reencontro, no plano astral. Isto serve também para nos instruir sobre a espiritualidade dos animais. Demonstra também, que o vínculo de uma verdadeira amizade não tem fim, com a morte do corpo físico.
*Adaptação do texto apresentado na p. 289 do livro Diálogos Assistenciais: dicas e orientações para esclarecimentos de assistidos desencarnados na Casa Espírita. Por Iris R. F. Poffo. Editora Amiga. 2020.
Texto Revisado
Avaliação: 5 | Votos: 154
Conteúdo desenvolvido por: Íris Regina Fernandes Poffo Bióloga, espiritualista, terapeuta holística e escritora. E-mail: [email protected], | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Espiritualidade clicando aqui. |