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O MENINO QUE ABRIU A PORTA - CAPÍTULO 1 - O INÍCIO

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Autor Rudá Feliciano Araujo

Assunto Espiritualidade
Atualizado em 11/07/2018 11:06:16


CAPÍTULO 1 – MOMENTOS DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA

24/06/2018 – 22:53 – Brasil – São Paulo/SP

Caros leitores, não vou me alongar muito nesse capítulo pois ficaria muito massante e desinteressante para o objetivo a que me propus alcançar ao escrever esses textos. deu estar escrevendo esses textos. Resolvi escrever pois, desde o começo da minha vida, trilhei um caminho religioso muito forte, desde os 5 anos de idade.

Pelas casas do meu bairro, localizado na Vila Formosa, Zona Leste de São Paulo, acontecia a famosa Romaria do terço com a Santa[A1] , quando as pessoas entravam nas residências para rezar o Terço e entregar a Santa, que ficava durante uma semana com cada família, até ser entregue para um vizinho; desde os meus 5 anos era eu quem puxava o terço na minha casa e nesses encontros de Romaria.

Existia também uma vizinha que fazia trabalhos de Candomblé, assim como meu primo que morava próximo. Eram sobrados e morávamos de aluguel, uma parte da minha familia na parte de cima e a outra parte da família na parte de baixo. Esse meu primo já havia passado por muitas tribulações (lembrem-se dele, pois tambéms era peça chave nessa história), e atendia no seu “centro” improvisado, com suas entidades na linha de Umbanda. Lembro que, desde pequeno, tomava passes com o Preto Velho Pai João da Caridade e como sempre fui muito terrível, ficava bisbilhotando nos apetrechos dele de centro.

Às vezes, ao brincar com meu irmão mais velho na casa, víamos e conversávamos com espíritos; lembro que meu irmão viu um senhor de terno branco e chapéu (o seu Zé Pilintra que trabalhava com meu primo); lembro também de um episódio envolvendo uma amiga de minha família (a primeira a fazer transplante de fígado no Brasil), ela ficou hospedada em nossa casa e fiquei muito apegado a ela e ela a mim. Esta amiga, infelizmente veio a falecer, fato este que não me foi contado, de imediato; pois bem, fui dormir na noite de seu falecimento e sonhei que ela veio me dar um beijo e estava com “blush” roxo; ao acordar, perguntei a minha mãe o por quê da cor roxa em suas bochechas. Ela me contou mais tarde que a querida amiga havia falecido e, surpreendida explicou que a maquiagem que haviam feito nela após a morte era roxa mesmo. roxas quando pequeno perguntava pra minha mãe se alguém havia batido em uma amiga dela que havia falecido pois ela estava com a buchecha toda roxa, e minha mãe após eu ficar mais velho me contou que ela havia sido maquiada na buchecha com a cor roxa.

Enfim, vivi e convivi com uma mistura de religiões que poderia até afirmar que na Batina do Padre tinha Dendê. Depois destes acontecimentos, não me recordo mais de ter conversado e nem visto espíritos com tanta frequência como via antes.

Fui crescendo, saindo da infância e entrando na adolescência e, apesar de ter sido formado em uma escola católica, não possuía mais ligação alguma com nenhum tipo de religião; acreditava em alguns dogmas de diferentes religiões, respeitava, porém não seguia nenhuma delas.

Foi quando, com 19 anos, comecei a passar mal: treinava com meu irmão em um parque aqui em São Paulo, que todos nós conhecemos como CERET, e no meio do treino eu parava para vomitar; estava em casa com amigos e, sem explicação, ocorria a mesma coisa. Este mal estar estomacal durou perto de um mês.

Nesta época, uma amiga que gostava muito de centro espírita, insistiu comigo para que fôssemos ao centro de meu primo; ela não queria ir sozinha, pois se sentia envergonhada. Pois é, lembram aquele primo que tinha um projeto de centro no quintal da casa? Agora já estava casado, com duas filhas, montado um centro muito bem estruturado e com MUITO Axé!

Lembro-me como se fosse hoje: o ano era 2002; meu primo era uma pessoa extremamente ocupada, mal parava em casa com tantas obrigações. Copa do Mundo, oitavas de final, Brasil x Turquia, 0 x 0 e intervalo de jogo. Eu precisava devolver uma fita de vídeo na locadora (ou pagaria multa), e, pasmem, a locadora abria no dia de jogo do Brasil!!! O local era próximo de casa, portanto iria a pé. A casa do meu primo era por “coincidência” (pois não acredito nelas), a mais ou menos dez passos da minha casa hehe. No caminho de entregar a fita, vi meu primo cuidando do jardim, e falei pra mim mesmo:- “Na volta passo pra dar um abraço nele”!

Ao retornar, meu primo ainda estava retocando e arrumando seu jardim, suas ervas e foi quando fui lhe dar o abraço; ele se encontrava de costas e quando se virou os seus olhos se arregalaram como se tivessem visto uma assombração ou algo bizarro atrás de mim. Conversando com ele, explicou sobre o mal estar que vinha sentindo e ele me convidou para voltar àquela noite, pois iria ter gira de baianos e eu seria muito bem vindo.

Como eu havia me desligado totalmente da religiosidade, fiquei receoso, mesmo sendo o convite de alguém da minha família; considerava que aquele tipo de trabalho era para o mal, para enganar as pessoas e acabei comentando com a amiga que queria conhecer o centro. Nessa altura do campeonato a “doida” já estava em siricuticos para ir, e acabou me convencendo de tão insistente que foi!

Ao adentrar o centro, lembro de todos os médiuns de branco, algumas velas acesas; o local que, depois soube se chamar Congá, estava iluminado pelas velas e repleto de imagens, lindo e reluzente; as pessoas se deitavam de bruço batendo cabeça e levantavam colocando suas guias, esperando o início dos trabalhos. Naquele dia não entendia absolutamente nada, só queria estar na quadra do meu prédio jogando bola com os amigos, porém algo me segurava lá dentro.

Cheguei até a comentar com minha amiga que aquilo tudo era uma grande baboseira, que eles iriam ficar falando que eu estava com isso e com aquilo, para eu voltar e ser “enrolado” por eles. Enfim, os trabalhos já haviam sido iniciados, os médiuns recebendo seus mentores, e o som dos atabaques “pegando fogo”. Foi quando algo me deixou muito intrigado: o “Baiano” que estava incorporado no meu primo, chefe dos trabalhos, simplesmente atravessou o salão com os olhos fechados, não esbarrou em ninguém (e olha que o local estava lotado o local) e veio diretamente na minha direção, dizendo que precisava conversar comigo e tirar “as minhocas” que estavam na minha cabeça.

Naquela hora eu gelei, perdi a noção do tempo e do espaço, mas me fazia de durão, de machão, só pra não dar o braço a torcer, como um bom geminiano teimoso, Quando chegou minha vez de ser atendido, o “Baiano” disse que eu “estava com algumas coisas e uma “perna de saia” havia feito um trabalho pra me amarrar”, mas “como não pegou totalmente, eu estava sentindo as energias desse trabalho no meu corpo físico, por isso estava passando mal; alegou que ele iria desmanchar, porém eu teria que voltar no próximo trabalho”.

Acenei com a cabeça como positivo, mas nessa hora meu lado mais mental já havia se conectado com o que achava antes. Nos términos dos trabalhos, falei com minha amiga sobre o que havia acontecido, e ainda debochei alegando que eu estava certo e que era pra eu voltar e ser enrolado por um tempo, mas que como havia dado minha palavra, voltaria apenas uma vez só; afirmei que, mesmo a entidade pedindo pra voltar mais vezes, eu mesmo iria falar que não voltaria mais, pois não estava nem um pouco interessado em frequentar o centro.

Porém, algo dentro de mim começou a modificar: já não estava mais passando mal como antigamente e me sentia uma pessoa mais leve e menos ranzinza, pois, mesmo com 19 anos eu era muito teimoso, e havia percebido que, de uma certa forma essa sensação tinha amenizado dentro de mim.

Uma semana se passou, os trabalhos eram de sábados a noite, minha amiga não pode ir comigo aquele dia, e acabei indo sozinho ao centro, mas essa conversa fica para o próximo capítulo.
 

 [A1]
 

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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Rudá Feliciano Araujo   
Numerologia, Reiki (tradicional, Tibetano e Xamânico), Cristaloterapia e pedras preciosas, Tarot.
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